A terra treme
A terra treme, geme para não morrer de fome.
A água chora implora para não morrer de sede.
O ar inflama, clama para não morrer poluído.
O fogo arrefece, reza para não ser apagado. Ouvem-se ecos...
Sons de ondas furiosas, ruídos de ventos incontroláveis, brados de montanhas revoltadas.
Peixes borbulham quase afogados. Pássaros não cantam, censurados. Feras fogem de homens selvagens.
Ouvem-se ecos...
Clamores de mamíferos, ovíparos, répteis... todos assustados, escondidos.
Ouvem-se ecos...
Súplicas de árvores centenárias, apelos de girassóis indefesos e orquídeas machucadas.
Choram as florestas devastadas e as matas virgens queimadas.
Cantam no mar as robustas baleias, dançam os bailarinos golfinhos, brincam na neve os palhaços pinguins... mas somente em filmes, livros, revistas e álbuns de fotografia.
Será que vai ser assim amanhã?
Ouvem-se ecos... Ecos na atmosfera doente, que agoniza lentamente, intoxicada, asfixiada pelo efeito estufa.
Ecos nos rios poluídos, que outrora foram o cenário de passeios de barco.
Ecos nos ecossistemas aquáticos e terrestres.
Quanta dor e tristeza no país da biodiversidade!
Quantos crimes ambientais no país da impunidade!
No Ocidente e no Oriente, terremotos, maremotos, furacões destroem civilizações.
Epidemias são fatais. É o caos entre milhões de ecos globais.
E a natureza se vinga, explode, pune, castiga, devasta, reage, responde aos absurdos possíveis causados pelos homens insensíveis.
E muitos outros ecos ecológicos são captados e minimizados pelos cinco sentidos humanos.
Meu Deus!
O que estão fazendo com sua obra mais preciosa?
Como será o futuro das próximas gerações?
Como será o Planeta nos próximos anos?
Luizinho Bastos
Pesquisa: Arimatéa Porto
COMECE O DIA FELIZ
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