Novembro 25, 2024

SANTO DO DIA - 05 de março de 2020

São João José da Cruz
Religioso (1654-1734)

Nasceu na Ilha de Ísquia, na cidade de Ponte, Itália, com o nome de Carlos Caetano Calosirto, em 15 de agosto de 1654. Recebeu os ensinamentos básicos e os alicerces religiosos frequentando os colégios dos padres agostinianos, na própria ilha.

Aos 15 anos optou pela vida religiosa, pela grande vocação que sentia, ingressando na Ordem dos Franciscanos Descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos também como alcantarinos, dependentes do convento de Santa Lúcia, em Nápoles.

Tomou o nome de João José da Cruz e fez o noviciado sob a orientação monástica do padre José Robles. Em 1671, foi enviando com mais 11 sacerdotes, entre os quais era o mais jovem, para o Piedimonte d’Alife, para construírem um convento. Diante das dificuldades encontradas no local, não hesitou em juntar as pedras com suas próprias mãos; depois, usando cal, madeira e um enxadão, fez os alicerces, estimulando assim os outros sacerdotes e o povo, que no começo acharam que ele era louco, mas depois começaram a ajudá-lo, de modo que um grande convento foi edificado em pouco tempo. João José da Cruz ordenou-se sacerdote em 1677.

Ao completar 24 anos de idade, foi nomeado mestre dos noviços e, quase ao mesmo tempo, guardião da ordem do convento. Durante a sua permanência em Piedimonte, construiu, em um local isolado, na encosta do bosque, um pequeno convento chamado de “ermo”, ainda hoje meta de peregrinações, para poder rezar retiros. Conseguiu ainda, trabalhando de forma muito ativa e singular, construir o Convento do Granelo, em Portici, também em Nápoles.

João José da Cruz era muito austero, comia pouco, só uma vez ao dia, dormia poucas horas e tinha o hábito de se levantar à meia-noite para agradecer a Deus o novo dia. Tornou-se famoso entre o povo por sua humildade e foi venerado ainda em vida pela população, por causa de sua extrema dedicação aos pobres e aos doentes. Fazia questão de ser pobre na vida e na própria personalidade, como São Francisco de Assis, seu modelo.

Em 1702, foi nomeado vigário provincial da Reforma de São Pedro de Alcântara, na Itália. Assim, a Ordem, abençoada por Deus, foi de norte a sul, adquirindo um bem espiritual tão grande que chegou ao Vaticano, o qual tornou a reunir os dois ramos dos alcantarinos. Dessa forma, o convento de Santa Lúcia voltou para os padres italianos, e João José da Cruz retornou para lá. Nele viveu mais 12 anos na santa austeridade e, segundo os registros da Igreja e a tradição, realizando prodígios e curas para seus amados pobres e doentes. Morreu no dia 5 de março de 1734, sendo sepultado nesse mesmo convento.

Foi beatificado em 1789 e canonizado pelo papa Gregório XVI, em 1839. As relíquias de São João José da Cruz foram transferidas para o convento franciscano da Ilha de Ísquia, onde nasceu, e ele é venerado no dia de sua morte.

COMECE O DIA FELIZ
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