Santa Eudóxia
Mártir (século II)
Eudóxia nasceu na Samaria, Palestina, mas vivia na cidade de Heliópolis, na Fenícia, atual República do Líbano. Era uma jovem de extraordinária beleza, e seu ímpeto pagão a fez abandonar a família para levar uma vida libertina. Teve muitos noivos e admiradores ricos, que vinham de outros países à sua procura, e, por conta disso, enriqueceu.
Certa vez, pernoitou na casa de um de seus vizinhos cristãos um velho monge chamado Germano. De madrugada, como costumava fazer, o monge levantou-se para fazer suas orações em voz alta e ler o Evangelho, entoando cânticos ao Senhor. A leitura falava sobre a nova vinda do Redentor e sobre o juízo final. Eudóxia acordou com aquela voz, que chegava até ela através da parede, vinda da casa ao lado, e ficou escutando. O que ouviu a impressionou e perturbou o seu espírito.
Bem cedo, foi procurar o homem que ouvira rezando durante a noite e escutou por muito tempo suas orientações, sentindo sua alma se encher com a alegria e o amor de Cristo. Ficou isolada com o monge durante vários dias, somente ouvindo suas palavras e rezando, e teve, então, uma visão de São Miguel Arcanjo, presenciada pelo monge, o que confirmou seu arrependimento e sua conversão. O monge contou o ocorrido ao bispo de Heliópolis, Teodotos, que batizou Eudóxia. Posteriormente, ela doou os seus bens aos pobres, libertou seus escravos e ingressou em um convento feminino próximo da cidade, de onde só saiu para morrer.
Eudóxia viveu muitos anos e consagrou sua vida inteiramente ao jejum, às orações e à purificação da alma. Abraçou a fé com tanta convicção e dedicação que em pouco tempo alcançou a maturidade espiritual, recebendo muitos dons e realizando muitos prodígios.
A tradição conta que a fama e os prodígios de Eudóxia eram tão notáveis que o prefeito pagão Aureliano mandou alguns soldados ao convento para prendê-la. No entanto, São Miguel Arcanjo havia deixado seu dragão para guardar o convento onde ela estava, e os soldados foram impedidos de entrar pelo guardião, que soltava fogo pela boca à medida que tentavam se aproximar. Depois de três dias, desistiram, retornaram e relataram o ocorrido ao prefeito, que, irritado, mandou outro grupo liderado por seu filho. Desta vez, o dragão assustou os cavalos, e o jovem caiu e morreu na hora. O prefeito, consternado, decidiu enviar até o convento um tribuno, para pedir ajuda à santa prodigiosa. Eudóxia lhe respondeu com uma carta, e, quando ela foi colocada perto do jovem, ele ressuscitou. Aureliano, então, se converteu, bem como sua família e seus magistrados. Sua filha Gelásia foi envida ao convento, e o jovem ressuscitado se tornou diácono e, mais tarde, bispo de Heliópolis.
Eudóxia chegou a ser a superiora do convento e, nessa função, concentrou suas forças para auxiliar os pobres, curar os enfermos com seus dons, por meio das orações, e converter os pagãos, rezando e jejuando. Na época em que governava o imperador Trajano, ela foi denunciada pela disseminação da fé cristã, acusada de bruxaria e fraude e, sem julgamento, decapitada, em 1º de março de 114. Santa Eudóxia se tornou digna de ingressar no Reino dos Céus, especialmente pelo testemunho da fé em Cristo. O seu culto se manteve ao longo dos séculos e foi mantido pela Igreja no dia de sua morte.
COMECE O DIA FELIZ
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