Um grupo de pais de crianças de uma creche berçário da rede municipal de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, se reuniram para fazer uma cota financeira para compra de alimentos após a suspensão do fornecimento de merenda escolar na unidade. De acordo com o secretário de Educação do município, Rodolfo Gaudêncio, medidas para redistribuição dos alimentos foram adotadas e a situação deve ser regularizada nas próximas semanas.

À TV Paraíba, a direção da creche informou que desde dezembro do ano passado creches e escolas do municípios estavam sem receber a merenda. No ano passado, vários contratos de fornecedores de merenda foram cancelados depois da operação "Famintos", que investigou fraudes em licitações e desvio de verbas de merenda.

Conforme o relato dos pais, a iniciativa surgiu após a falta de merenda escolar na creche em que seus filhos estão matriculados. Os alunos não poderiam ficar sem os alimentos e os responsáveis pelas crianças chegaram à conclusão de que uma cota para compra da merenda seria mais viável do que a contratação de babás para cuidar delas.

De acordo com a Secretaria de Educação de Campina Grande, a falta de merenda escolar não aconteceu em todas as unidades de ensino e as medidas de redistribuição das merendas já foram adotadas.

"A secretaria já iniciou a logística de redistribuição de insumos na segunda-feira (2). O fornecimento está sendo regularizado inicialmente pelos itens vindos da agricultura familiar e já estão sendo providenciados alguns itens da licitação regular da merenda", explicou o secretário Rodolfo Gaudêncio.

Segundo o secretário, algumas instituições tomaram a iniciativa de conversar com os pais das crianças para evitar que as aulas fossem suspensas. "É uma iniciativa válida, mas que não deve persistir. Nessas próximas duas semanas, esperamos que possamos vencer esse obstáculo e regularizar a situação", disse.

G1 PB
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