Mais de 411 mil postos de trabalho e 80 mil empresas fechadas em quatro anos. Este é o saldo do comércio brasileiro em meio à retração econômica, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística (IBGE).
A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) trouxe os dados consolidados do comércio em 2017. Naquele ano, havia no país pouco mais de 1,5 milhão de empresas do ramo comerciário, que empregavam 10,2 milhões de trabalhadores. Em 2014, eram cerca de 1,6 milhão de empresas e mais de 10,6 milhões de ocupados no setor – uma queda, respectivamente, de 5% e 3,9% no período.
Com o fechamento de empresas, também diminuiu o número de lojas, expresso na pesquisa como "unidades locais com receita de revenda". Nos quatro anos de crise, 61,7 mil lojas fecharam as portas no país, o que corresponde a uma queda de 3,9% no período.
A receita operacional líquida do comércio também encolheu com a crise. Ela atingiu a cifra de R$ 3,4 trilhões em 2017, valor este, segundo o IBGE, 5,2% menor que o alcançado em 2014.
De acordo com o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Jordano Rocha, somente o setor varejista registrou perda acumulada da receita no período, de 3%. O atacado, por sua vez, acumulou alta de 19,7%, e o de veículos, 8,9%.
Mudança estrutural
Ao analisar os dados do comércio entre 2008 e 2017, o IBGE identificou uma mudança na estrutura do setor, com alteração da participação das três principais atividades comerciárias no país.
“Em termos estruturais, uma coisa que a gente pode chamar a atenção é que, em 2008, a atividade com maior participação na receita liquida era o atacado. Já em 2017 houve uma inversão, com o varejo assumindo a maior participação no setor”, apontou o pesquisador.
No início da década, segundo o IBGE, o atacado respondia por 44,4% do comércio no Brasil. Ao final, o varejo assumiu a liderança, com 45,5%.
“Esse aumento no varejo veio decorrente de uma queda na participação de veículos, que passou de 16% [em 2008] para 9,9% [em 2017]”, enfatizou Rocha.
O pesquisador pontuou ainda que a expansão do comércio varejista foi puxada pelo segmento de supermercados e hipermercados, cuja receita operacional líquida aumentou 2,7 pontos percentuais (p.p.) no período. Esse desempenho se deve, sobretudo, ao varejo de produtos alimentícios, que registou aumento de 2,6 p.p. em sua receita ao longo dos dez anos.
Como destaque negativo, Jordano Rocha apontou o comércio de peças de veículos autores, que registou um recuo de 5,5 p.p. da receita operacional líquida.
Sudeste perde participação
A PAC mostrou que também houve mudança na destruição regional do setor, com perda de participação da Região Sudeste.
Segundo o levantamento, em 2008 o Sudeste respondia por 53,1% da receita bruta de revenda [receita auferida com a venda de mercadorias antes de serem descontados os impostos, deduções e similares] do comércio nacional. Em 2017, esse percentual caiu para 50,5% - uma perda de 2,6 p.p.
O Sul também registrou perda de participação, passando de 20,3% para 20% (-0,3 p.p.). As demais regiões, porém, tiveram aumento dessa receita: o Nordeste, de 14,3% para 15% (0,7 p.p.); o Centro Oeste de 8,8% para 10,1% (1,3 p.p.), e o Norte de 3,5% para 3,6% (0,1 p.p.).
G1
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Pesquisa Anual de Comércio, divulgada hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o segmento varejista passou a ser o mais representativo na atividade comercial brasileira em 2017 em relação a 2008, quando o atacado era o segmento mais forte.
O varejo respondeu por 45,5% da receita operacional líquida de R$ 3,4 trilhões do comércio nacional em 2017, contra 44,6% do setor atacadista e 9,9% do comércio de veículos, peças e motocicletas.
Segundo o técnico da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Jordano Rocha, o aumento da participação do varejo ocorreu devido à diminuição da participação do segmento de veículos, peças e motocicletas.
Analisando os últimos dez anos, observa-se que o comércio varejista subiu de uma participação na receita operacional líquida de 39,6% em 2008 para 45,5% em 2017, enquanto o comércio de veículos caiu de 16% para 9,9%.
O atacado manteve-se praticamente estável. Em 2008, ele participava com 44,4% e subiu para 44,6%. A receita operacional líquida é obtida reduzindo-se da receita bruta as deduções relativas às vendas canceladas, descontos, abatimentos, impostos e contribuições, que somaram R$ 384,5 bilhões em 2017.
A pesquisa revela, ainda, que 1,5 milhão de empresas registradas no país em 2017, englobando 1,7 milhão de unidades locais comerciais, registraram receita bruta de R$ 3,8 trilhões, sendo R$ 1,7 trilhão auferido pelo varejo e atacado cada, e R$ 360,6 bilhões pelo comércio de veículos, peças e motocicletas.
O setor do comércio ocupou 10,2 milhões de pessoas, às quais foram pagos R$ 226,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O valor adicionado bruto obtido pela atividade comercial atingiu R$ 583,7 bilhões em 2017.
Variações
As principais variações de aumento na receita operacional líquida foram observadas em hipermercados e supermercados (2,7 pontos percentuais), passando de 9,8% para 12,5% em dez anos; no comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas, fumo e minimercados (2,6 pontos percentuais), de 2,2% para 4,8%; e no comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,1 pontos percentuais), de 6,3% para 8,4%.
No sentido inverso, as principais quedas da receita operacional líquida foram sentidas no comércio de veículos automotores (- 5,5 pontos percentuais), de 11,6% para 6,1%; no comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (-1,4 ponto percentual), de 12,7% para 11,3%; e no comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive tecnologia da informação (TI) e comunicação (-0,8 ponto percentual), de 4,5% para 3,7%.
Emprego
De acordo com a pesquisa, a maior parte, ou o equivalente a 74,3%, das 10,2 milhões de pessoas empregadas em 31 de dezembro daquele ano foram registradas no comércio varejista; 17% no comércio por atacado; e 8,7% no comércio de veículos, peças e motocicletas.
"Em emprego, não houve grandes mudanças na participação de cada segmento de 2008 para 2017. O varejo continua sendo o segmento que mais empregava, entre esses três. Em 2017, ocupava cerca de três quartos do pessoal ocupado em comércio", disse Rocha.
Em 2008, o varejo tinha 72% do pessoal ocupado; o atacado, 17,5%; e o comércio de veículos, peças e motocicletas, 10,6%. "Na participação do emprego, não houve grandes mudanças", disse.
Salários
O levantamento indica também que as empresas pagaram, em 2017, salário médio mensal de 1,8 salário mínimo, mostrando estabilidade em comparação a 2008 (1,9 salário mínimo/mês). Já a divisão por grupos de atividades revela variações significativas.
Jordano Rocha informou que essa queda de 1,9 para 1,8 salário mínimo foi puxada pelo salário do comércio de veículos, peças e motocicletas que, em 2008, era de 2,3 salários mínimos e passou para 2 salários mínimos mensais, em 2017.
Os principais indicadores de emprego das empresas comerciais sinalizam que a média de pessoas ocupadas em 2008 e 2017 permaneceu a mesma no comércio por atacado (9) e no comércio de veículos, peças e motocicletas (6), enquanto no comércio varejista houve acréscimo de uma pessoa, passando de uma média de cinco pessoas ocupadas, para seis por empresa.
Análise regional
O salário médio mensal das empresas comerciais brasileiras foi de 1,8 salário mínimo em 2017. As regiões Sudeste e Sul apresentaram salários médios mensais acima da média (2 e 1,9 salário mínimo, respectivamente). Por outro lado, pagaram salários inferiores à média nacional as regiões Norte e Centro-Oeste (1,7 salário mínimo/mês, cada); e Nordeste, (1,4 salário mínimo).
Jordano Rocha disse que as posições, em termos das grandes regiões, permaneceram constantes entre 2008 e 2017. "A gente vê que o Sudeste, para todas as variáveis expostas, tem a maior participação, seguida pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte". Destacou, porém, que embora não tenha havido mudança na posição de representatividade, ocorreu uma pequena desconcentração, já que o Sudeste teve redução na participação.
salário médio mensal das empresas comerciais brasileiras foi de 1,8 salário mínimo em 2017
Em termos de pessoal ocupado, por exemplo, o Sudeste reduziu sua participação de 52,7% em 2008, para 51,2% em 2017. Já as regiões Norte, Sul e Nordeste registraram elevação, passando de 3% para 3,1%, de 19,8% para 19,9%, e de 16,1% para 17,4%, respectivamente. O Centro-Oeste ficou estável no período de dez anos, com participação no pessoal ocupado de 8,4%.
Receita bruta
A avaliação da participação da receita bruta de revenda das unidades da Federação nas grandes regiões brasileiras evidencia que o Pará teve a maior participação no Norte do país em 2017 (38%), contra 34,9%, em 2008. Já o Amazonas caiu de 33,6% para 25,6%. No total, o Norte do Brasil aumentou sua participação na receita bruta de revenda de 3,5% para 3,7%, em dez anos.
No Nordeste, três estados mostraram as maiores participações da receita bruta de revenda da região, sendo que a Bahia caiu de 30,3% em 2008 para 26,8%; Pernambuco e Ceará tiveram expansão de 18,4% para 20,9%; e de 15,3% para 16%, respectivamente.
Nessa variável, a Região Nordeste elevou sua participação em dez anos de 14,3% para 15,7%. Os três estados nordestinos representaram 63,7% da receita bruta de revenda em 2017. Em 2008, 64%.
Já o Sudeste é caracterizado pela concentração no estado de São Paulo. Em 2017, ele representava 61,4% do total da receita bruta de revenda. Em 2008, tinha 62,4% da revenda. Outro destaque é Minas Gerais, que tinha 17,6% em 2008, e passou para 19,1%, em 2017. No Sudeste, observa-se queda na participação da receita bruta de revenda: de 53,1% para 50,5% na década encerrada em 2017.
Na Região Sul, os três estados têm participação mais uniforme, da ordem de um terço cada um para cima ou para baixo. Em Santa Catarina, foi apurada expansão de participação na variável, que passou de 24,7% para 27,6%. No Paraná, caiu de 38,9% para 37,8%, e no Rio Grande do Sul, de 36,4% para 34,6%. No Sul como um todo, a participação na receita bruta de revenda recuou de 20,3% para 20%.
No Centro-Oeste, o destaque ficou com Mato Grosso e Goiás que, juntos, representaram 67,6% da receita bruta de revenda em 2017, contra 61,5% em 2008. Mato Grosso passou de uma participação de 25,1% para 32,4%. "Aumento de 7,1 pontos percentuais", ressaltou Rocha.
Goiás e o Distrito Federal tiveram participação diminuída de 36,4% para 35,2% e de 23,1% para 17,3%, respectivamente. A região ampliou sua participação na receita bruta de revenda em dez anos de 8,8% para 10,1%.
Agência Brasil
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O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2% para 0,8%. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (27).
Entre os fatores para a redução da projeção, o BC cita o crescimento menor do que o esperado no primeiro trimestre deste ano, o que reduziu o “carregamento estatístico [herança do que ocorreu no período anterior] para o restante do ano”. Outros fatores para a redução são a ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores econômicos para o segundo trimestre e o “recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento”.
Além disso, o BC destaca que a perspectiva de crescimento em 0,8% está “condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e incorpora expectativa de recuperação da atividade em ritmo crescente ao longo do restante do ano”.
Setores
De acordo com o BC, a produção da agropecuária deverá crescer 1,1% no ano, permanecendo praticamente estável ante estimativa de elevação de 1% prevista em março. Esse aumento da projeção para a agropecuária contrasta com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores.
A projeção para o desempenho da indústria foi reduzida de 1,8% para 0,2%. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%. A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5% em razão das incertezas sobre os impactos do rompimento da barragem de mineração em Brumadinho (MG).
O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de 1,0%, mas, em sentido oposto, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido à expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano e de cenário favorável de chuvas.
O BC estima crescimento de 1% para o setor terciário (comércio e serviços) em 2019, com reduções nas estimativas para o desempenho da maioria das atividades. Em março, a previsão era 2%.
Também houve recuo na projeção para o consumo das famílias, de 2,2% para 1,4%, “compatível com a expectativa de recuperação mais gradual da massa salarial”. A estimativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – investimentos – recuou de 4,3% para 2,9%, enquanto a projeção para o consumo do governo deverá crescer 0,3%, ante projeção de crescimento de 0,6% em março, “consistente com expectativa de piora na arrecadação tributária em cenário de crescimento econômico menor”.
As exportações e as importações de bens e serviços devem variar, na ordem, 1,5% e 3,8% em 2019, ante projeções respectivas de 3,9% e 5,6% do Relatório de Inflação de março. “O recuo na projeção para as exportações reflete reduções adicionais em prognósticos para o crescimento mundial, incertezas sobre a exportação de minério de ferro e aprofundamento da crise na Argentina, importante destino de bens industrializados”, diz o BC.
A diminuição na estimativa para as importações decorre de redução nas projeções de crescimento da indústria de transformação e da FBCF, “com consequente decréscimo nas aquisições de insumos e de máquinas e equipamentos, bem como da redução na projeção para o consumo das famílias”.
Inflação
No cenário com taxa de juros (Selic) e câmbio da pesquisa com instituições financeiras (Focus), a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2019 em 3,6%. Em março, a projeção era 3,9%. O BC também projeta que a inflação deve chegar a 3,9% em 2020 e 2021. Em março, essas estimativas eram de 3,8% para 2020 e 3,9% para 2021.
Para fazer as projeções atuais, o BC considerou a taxa câmbio em R$ 3,80, em 2019 e 2020, e R$ 3,85, em 2021. Para a taxa Selic, a previsão do mercado é que termine 2019 em 5,75% ao ano, em 6,50% ao ano no fim de 2020, e em 7,50% ao ano, em 2021.
No cenário com Selic e dólar constantes, em 6,5% ao ano e R$ 3,85, respectivamente, o BC estima para este ano 3,6% de inflação. Nessa trajetória, a inflação sobe para 3,7% em 2020 e para 3,9% em 2021. Nesse cenário, a previsão divulgada em março era um pouco maior, de 4,1% em 2019 e 2021 e de 4% em 2020.
Agência Brasil
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O dólar opera em alta nesta quinta-feira (27), com investidores à espera de novos desdobramentos sobre a reforma da Previdência e de olho no cenário político do país, e tendo o exterior como pano de fundo.
Às 14h43, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,8628, em alta de 0,41%.
A sessão da comissão especial da Câmara prevista para esta quinta-feira foi adiada, o que leva a votação da matéria no colegiado também para a próxima semana. Está previsto para a próxima terça-feira um encontro com governadores, ocasião em que os chefes dos Executivos estaduais levarão um levantamento do número de votos que conseguiriam mobilizar e uma sugestão do texto que consideram adequado para que Estados e municípios possam ser incorporados pela reforma.
Ainda no front político, um assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi preso nesta manhã na investigação da Polícia Federal sobre supostas candidaturas de laranjas do PSL – partido do presidente – em Minas Gerais.
As expectativas para a economia brasileira também seguem piorando e contribuem para o pessimismo dos mercados: nesta quinta, relatório mostrou que o Banco Central já espera um crescimento de apenas 0,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Investidores também têm no radar o exterior, em especial a cúpula do G20, que começa na sexta-feira. O foco é o encontro bilateral entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e norte-americano, Donald Trump, quando se espera que os líderes das duas maiores economias globais achem uma resolução para a guerra comercial.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,11%, vendido a R$ 3,847.
G1
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A Câmara Criminal do 2º Tribunal do Júri, em João Pessoa, decidiu por unanimidade nesta quinta-feira (27), que Marvin Henriques Correia, acusado de ser cúmplice da chacina da família brasileira em Pioz na Espanha, deve aguardar o julgamento na prisão. A decisão, que teve como relator o juiz convocado Tércio Chaves de Moura, segue o parecer do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que indicou uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, que o acusado usa desde 2016, quando passou a responder o processo em liberdade, cumprindo medidas cautelares.
O advogado de Marvin, Sheyner Asfora, informou que ficou surpreso com a decisão da Justiça e alegou que não há nenhum fato concreto que justifique a mudança no estado do processo. Sheyner diz que Marvin nega que tenha tentado romper a tornozeleira e que o aparelho sofreu desgaste por conta do uso. A defesa vai aguardar a publicação do acórdão para recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Marvin Correia é acusado de homicídio qualificado. Segundo a Justiça, ele deu dicas e incentivou Patrick Gouveia a matar o tio dele, Marcos Nogueira. Em novembro de 2018, Patrick foi condenado a prisão permanente revisável na Espanha pela morte dos tios e dos dois primos pequenos, no crime que aconteceu em agosto de 2016. No dia 21 de novembro do ano passado, um laudo psiquiátrico confirmando que Marvin não tem nenhum tipo de doença mental foi anexado ao processo, que tramita na Justiça da Paraíba.
Consta nos autos do processo uma informação do Centro de Movimentação Eletrônica comunicando que Marvin tentou cortar a cinta da tornozeleira eletrônica, sendo determinada uma realização de perícia para averiguar se houve violação proposital do equipamento ou desgaste natural.
Tanto a defesa de Marvin quanto o Ministério Público da Paraíba pediram a perícia no equipamento, que ainda não foi feita. O advogado de Marvin explica que o próprio acusado procurou o Centro para informar o problema. “Não tem como dizer que foi por vontade própria que ele rompeu a tornozeleira. Não há comprovação nos autos”, disse Sheyner.
Segundo Sheyner, Marvin está em casa aguardando ser expedido o mandado de prisão, que deve sair ainda nesta quinta-feira. Após a expedição, ele vai até a autoridade competente e deve passar por audiência de custódia, para só então ser definida a unidade prisional em que ele vai cumprir pena.
Além do processo por participação no caso conhecido como a chacina da Espanha, Marvin Henriques Correia responde a um outro processo por estupro de vulnerável, quando estava em liberdade condicional em João Pessoa. Nenhum do dois processos tem data de julgamento marcada.
Condenação de Patrick Nogueira
No dia 15 de novembro, a Justiça espanhola condenou à prisão perpétua o brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia, que admitiu ter matado dois tios e dois primos em 2016 na cidade de Pioz. A sentença foi lida pela juíza Maria Elena Mayor Rodrigo, do tribunal de Guadalajara.
Patrick está detido desde 2016, quando se entregou às autoridades e confessou ter assassinado e esquartejado os tios Janaína Américo, de 40 anos; Marcos Campos Nogueira, de 39 anos; e os filhos do casal, de 1 e 4 anos de idade. No início de novembro, ele foi considerado culpado por um júri popular.
A prisão perpétua é a punição mais grave existente na Espanha, e pode ser revista a cada 25 anos. Patrick foi condenado à pena três vezes: pelas mortes dos primos e de Marcos. Pelo assassinato de Janaína, a punição é de 25 de anos prisão, segundo o jornal espanhol "El Mundo".
G1 PB
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A Polícia Civil de Soledade, no Agreste da Paraíba, está investigando o desaparecimento de uma mulher e os dois filhos dela desde o dia 5 de junho deste ano, após a família registrar um Boletim de Ocorrência. De acordo com o delegado Seccional de Solânea, Diógenes Fernandes, a mulher e os filhos estão desaparecidos após saírem da cidade com um homem foragido da Justiça.
Conforme Diógenes Fernandes, a família de Ana Cristina de Oliveira, de 34 anos, foi até a polícia após ela deixar de manter contato com os parentes. Segundo relato da família à polícia, em maio deste ano a mulher levou o homem até a casa dos parentes e ele se apresentou como delegado da Polícia Federal.
Dias depois da mulher apresentar o homem à família, o casal foi embora da cidade com os filhos da mulher e, desde o dia 5 junho, os parentes não têm notícia nenhuma dela e não conseguem manter contato. “As informações que a gente recebeu é de que ele se apresentou à família da mulher, e levou ela e os dois filhos, um adolescente de 16 anos e uma adolescente de 14. Eles viajaram juntos com destino ignorado”, informou Diógenes Fernandes.
Conforme o delegado, apesar da família registrar o boletim, a polícia ainda não tem indícios de que o desaparecimento seja criminoso. “O desaparecimento ainda não está sendo tratado como criminoso porque, antes da família perder o contato com a mulher, a polícia fez análise de fotos e vídeos em redes sociais e descobriu que a mulher levou o homem e os filhos para visitar parentes dela no Rio de Janeiro, então não há ainda qualquer demonstração de ela e os filhos tenham sido levados forçados”.
Diógenes Fernandes explicou que o desespero da mãe de Ana Cristina começou dias depois que ela viajou com os filhos e o homem. “A mãe contou que desde o início desse mês eles desligaram os telefones, não retornam qualquer contato. Além disso, o desespero aumentou quando a família dela descobriu tudo sobre o homem, que até então tinha se apresentado como delegado da PF”.
“Infelizmente, a Polícia Civil não tem dúvidas de que o fim dessa história não será feliz, dado ao perfil criminoso desse homem com quem a mulher foi embora com os filhos dela. Ele é um estelionatário com excelência, um criminoso procurado em diversos lugares do país, que usa das pessoas para pôr em prática diversos crimes”, afirmou o delegado.
Mulher sumiu com homem foragido da Justiça
De acordo com o delegado Diógenes, o homem com quem Ana Cristina desapareceu com os filhos é Allan Júnior, de 28 anos, foragido da Justiça. O delegado relatou que o homem, natural do Paraná, é procurado por crimes em pelo menos 10 estados do país.
“Já estamos divulgando fotos da mulheres, dos filhos dela e do foragido em redes sociais e às polícias dos outros estados. O foco agora é a prisão dele, porque como o desaparecimento ainda não é considerado criminoso, se prendermos ele podemos localizar essa família ou entender o que de fato pode ter acontecido com ela”, destacou o delegado.
Foragido saiu da cadeia para encontro com mulher
Ainda conforme Diógenes Fernandes, Allan Júnior, que estava preso na Cadeia Pública de Solânea desde agosto de 2018, saiu do local no dia 17 de maio deste ano. O homem teria sido liberado para ir ao um encontro com a mulher em um motel da cidade. “As investigações revelaram que quem foi buscar ele em um carro em frente à cadeia foi a Ana Cristina, a mulher que agora está desaparecida com ele e os filhos”.
Após sair da cadeia para o encontro com a mulher, Allan Júnior não retornou. “No dia seguinte, a direção da cadeia comunicou à delegacia da cidade o desaparecimento do homem e todos os seus pertences, além de uma arma de fogo, uma pistola .40, pertencente ao sistema Penitenciário, que sumiu da cadeia”, contou o delegado.
Investigações revelaram regalias para preso em cadeia
Após a fuga de Allan Júnior da cadeia de Solânea, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial que, segundo o delegado, foi concluído no dia 19 de junho deste ano. “As investigações foram concluídas com o indiciamento do diretor da cadeia por crime de prevaricação, e com o indiciamento também do agente penitenciário plantonista, por crime de corrupção passiva e crime de facilitação de fuga dolosa”, salientou.
Segundo Diógenes Fernandes, foi comprovado que, além da fuga ter sido criminosa, a saída de Allan Júnior da cadeia foi facilitada por um agente penitenciário plantonista. “A fuga dele teve apoio de quem tinha o dever de custodiar e ainda foi fornecido um celular para ele sob a remuneração de R$ 1 mil, além de outros valores pagos pelo preso aos agentes penitenciários”.
Ainda de acordo com o delegado, fotos de Allan Júnior dentro da cadeia comprovaram que ele vestia até as roupas dos agentes penitenciários. “Todos os envolvidos com as regalias foram afastados da Cadeia Pública de Solânea pelo Sistema Penitenciário, em maio deste ano, do diretor aos agentes, todos os envolvidos. Agora a cadeia está sob um comando interventor”, informou.
Homem preso após fugir da polícia e atropelar três pessoas
Allan Júnior, que levou Ana Cristina e os filhos dela de Soledade, estava preso desde o dia 17 de agosto de 2018. Conforme o delegado, o homem foi preso em Solânea após várias denúncias recebidas pela Polícia Civil de que ele estaria praticando golpes na cidade e região.
“O Allan é um estelionatário com excelência. Ele foi preso aqui em Solânea porque ele estaria praticando golpes, se passando por empresário e contratando moças fingindo oportunidade de emprego para elas. Ele usava o nome e documentos das vítimas para abrir contas em bancos e fazer empréstimos”, relatou Diógenes Fernandes.
Ao ser abordado pela polícia, Allan Júnior teria tentado fugir em um carro e, na fuga, acabou atropelando três pessoas. “Durante perseguição da polícia, ele atropelou três pessoas, entre elas uma idosa, e acabou sendo preso. Foi então que a gente descobriu que ele respondia por estelionato em vários lugares do país, havendo mandados de prisão contra ele em pelo menos 10 estados”, frisou.
Na época, o homem acabou preso em Solânea e foi autuado por estelionato e lesão corporal no trânsito. Ainda segundo o delegado, a prisão dos crimes na cidade acabou sendo revogada, mas o homem permaneceu preso pelos outros crimes cometidos em outros estados e pelos mandados que havia contra ele.
Agora, além dos crimes de estelionato e lesão corporal no trânsito, Allan Júnior vai responder pelo furto da pistola do Sistema Penitenciário e corrupção ativa. “Tudo já foi encaminhado à Justiça, agora precisamos prender ele para só então conseguir localizar essa mulher e os filhos dela”, concluiu o delegado.
G1 PB
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O 2º sargento da Polícia Militar Edson Lira, acusado de matar um policial militar dentro do Centro de Educação da PM, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após não comparecer a uma audiência marcada nesta quarta-feira (26). O advogado do sargento Lira também não esteve presente, nem apresentou justificativa.
O sargento José Lúcio foi morto enquanto dormia na madrugada do dia 15 de março de 2018, dentro do alojamento da Centro de Educação da Paraíba Militar da Paraíba, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O sargento Lira foi preso em flagrante e dividia o alojamento com José Lúcio.
Após faltar a audiência de inquirição de testemunha e interrogatório, realizada no Fórum Criminal de João Pessoa, o juiz da Vara da Justiça Militar da capital, Eslú Eloy Filho, determinou a imediata expedição do mandado de prisão e designou a próxima audiência para dia 11 de julho, às 14h, para continuidade da instrução processual.
O sargento está sendo tratado como acusado de crimes previstos no Código Penal Militar (CPM), que estabelece uma pena de 12 a 30 anos de reclusão, por matar alguém à traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
Na audiência de custódia, ele foi beneficiado com a liberdade provisória e, cumulativamente com a medida, com três cautelares, dentre elas a proibição de se ausentar da comarca por mais de oito dias, sem prévia comunicação e autorização da Justiça Militar.
Conforme o juiz Eslú Eloy Filho, até hoje o suspeito não cumpriu qualquer uma das cautelares. “Deixou de comparecer em Juízo mensalmente e ausentou-se da Comarca por mais de oito dias, para ser internado em clínica particular no Estado de Pernambuco, sem autorização da Junta Médica Militar”, explicou. O magistrado acrescentou que o sargento Edson Lira deixou de comparecer, pelo menos, a duas audiências nesse processo.
Relembre o caso
O sargento da PM José Lúcio Júnior, natural de Campina Grande, foi morto com dois tiros enquanto dormia no interior do alojamento do Centro de Educação da PM, no bairro de Mangabeira. De acordo com a direção do Centro de Ensino, o suspeito dos disparos é o sargento Lira, que estava embriagado e pouco antes estava em um bar próximo ao local do crime.
Os disparos atingiram o tórax e braço do sargento J. Lúcio. A vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo pouco depois do atendimento.
O sargento Lira foi detido em flagrante e transferido para a carceragem do 1° Batalhão da Polícia Militar. O enterro do sargento José Lúcio Júnior aconteceu no dia 16 de março, em Campina Grande.
G1 PB
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Nenhum apostador acertou as seis dezenas sorteadas no concurso 2.163 da Mega-sena. Com isso, o prêmio de R$ 6,2 milhões acumulaou e a estimativa da Caixa Econômica Federal é de pagar R$ 10 milhões em prêmio, no próximo sorteio.
Os números sorteados foram: 8, 18, 20, 24, 36 e 45. O certame ocorreu no Espaço Loterias Caixa, na cidade de São Paulo.
Setenta e cinco apostas acertaram a quina e prêmio foi de R$ 23 mil para cada uma. Já a quadra, 4.748 apostas vão receber R$ 519 em prêmio.
Agência Brasil
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O menor preço da gasolina comum em João Pessoa subiu cinco centavos, de acordo com uma pesquisa comparativa feita pelo Procon-JP. O combustível pode ser encontrado por R$ 4,40. Na última pesquisa, feita no dia 28 de maio, o menor preço era de R$ 4,35. A pesquisa também incluiu valores do álcool, gás natural e diesel em postos de combustíveis da capital paraibana.
O preço da gasolina varia de R$ 4,40, no Auto Posto Valentina (Valentina), a R$ 4,80, no posto de combustível GF (Centro). Segundo a autarquia, no final de maio, o maior preço registrado foi de R$ 4,69. Em comparação com essa pesquisa, dos 102 postos em atividades em João Pessoa, dois aumentaram, 96 reduziram e três mantiveram o preço do produto do levantamento anterior.
O álcool varia de R$ 3,45, no posto de combustível GF (Centro), até R$ 3,79, no posto Select (Tambaú). Já o diesel pode ser encontrado por R$ 3,44 no posto São Luiz (Cristo) e R$ 3,79 nos postos Canaã (Água Fria) e Texas (Funcionários I).
O gás natural veicular (GNV) tem o menor preço de R$ 3,66, no posto Metrópole (Torre), e o maior de R$ 3,71 no postos Z (Cidade Universitária).
G1 PB
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Foi adiada a mudança nas contas de energia das cidades de Campina Grande e João Pessoa, que a partir do dia 1º de julho passariam a ser boleto bancário. De acordo com a Energia, a novidade permanece e ainda acontecerá no mês de julho, mas sem data prevista.
O objetivo da mudança é tornar o processo de pagamento mais fácil e rápido, já que o boleto amplia a rede de recebimento da fatura, permitindo que o pagamento seja realizado em qualquer agência bancária, independente de convênio, casa lotérica, correspondente bancário e meios eletrônicos.
Com a mudança, o formato da conta fica um pouco maior e o cliente pode pagar o boleto bancário mesmo após o vencimento, sendo que a cobrança de encargos por atraso no pagamento será feita apenas na próxima fatura.
Cristiana Rios, gerente corporativa de Recursos Financeiros, destaca que o cliente também pode escolher onde pagar. "É fundamental que o cliente fique atento na hora de pagar pelo internet banking, aplicativo de celular ou no caixa eletrônico: em vez de escolher a opção ‘água, luz, telefone e gás’, ele deve optar por boleto bancário”, orienta.
Para tirar dúvidas sobre a mudança, o cliente tem à disposição um guia explicativo no site da Energisa, além dos outros Canais de Atendimento, como o 0800 083 0196, o aplicativo Energisa On ou em uma das 223 agências de atendimento presencial, em todos os municípios da Paraíba.
G1 PB
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