Em janeiro, a poupança teve a maior retirada de recursos já registrada em um mês. Dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (6) mostram que os saques superaram os depósitos nas cadernetas em R$ 12,356 bilhões.
A série histórica do BC começa em 1995. Até então, o maior saque líquido (diferença entre retiradas e depósitos) tinha sido registrado em janeiro de 2016, quando R$ 12 bilhões foram sacados das aplicações.
Em janeiro, foram aplicados na poupança R$ 216,9 bilhões. Já os saques totalizaram R$ 229,3 bilhões.
Baixo rendimento
Janeiro é um mês em que, tradicionalmente, há um grande volume de retirada de recursos da poupança.
Ainda assim, o saque recorde registrado no mês passado é fortemente influenciado pelo baixo rendimento da aplicação. Com a taxa básica de juros, a Selic, em 4,25% ao ano – o menor patamar desde 1999 – as cadernetas rendem menos.
Isso porque a regra em vigor prevê que, quando a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da taxa, mais a Taxa Referencial (TR), calculada pelo Banco Central.
Por isso, com juros em 4,25% ao ano, a correção da poupança é de 2,975% ao ano, mais a TR.
Como o Banco Central já indicou que a taxa Selic deve ser mantida neste patamar por um período, a previsão dos economistas é de que o rendimento das cadernetas fique abaixo da inflação em 2020 – o que desestimula novas aplicações.
A ampliação do acesso a investimentos mais rentáveis – como fundos, títulos públicos e de renda fixa –, mediada por bancos e corretoras, tem levado poupadores a retirar o dinheiro das cadernetas.
G1
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