O dólar opera com instabilidade nesta quarta-feira (5), de olho na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que vai decidir a nova taxa básica de juros do país.
Às 14h48, a moeda norte-americana tinha alta de 0,02%, a R$ 4,2588. Na mínima até o momento, marcou R$ 4,2272. Na máxima, chegou a R$ 4,2603.
Na terça-feira, o dólar encerrou o dia em alta de 0,21%, vendido a R$ 4,2580.
A expectativa do mercado é de que o Copom corte a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, levando-a para 4,25%, o que seria uma nova mínima histórica. A leitura de investidores é de que a redução dos juros prejudicaria a atratividade da moeda brasileira como moeda de investimento.
O UBS estima que o Copom não apenas reduzirá a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana como também na reunião de março. Os sucessivos cortes nos juros que ocorrem há vários meses reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papéis norte-americanos -- considerados os mais seguros do mundo.
Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa brasileira, o que tem prejudicado o fluxo cambial e jogado contra melhora na oferta de dólar no país, destaca a Reuters.
Apesar disso, o UBS ainda projeta queda do dólar até o fim do ano para US$ 4, baseada em expectativa de recuperação econômica, de aprovação de mais reformas e em ajuste a expectativa de elevação do juro em 2021. A última vez que o dólar ficou perto de R$ 4 foi em 30 de dezembro de 2019, quando fechou a última sessão do ano passado em R$ 4,0129. Desde então, a moeda acumula alta de 6,1%.
Coronavírus
A epidemia chinesa, que motivou uma disparada recorde do dólar na semana passada, a níveis próximos de 4,30 reais, já não assustava tanto os investidores, que se confortavam com os amplos esforços das autoridades globais para conter a disseminação da doença.
Nesta quarta-feira, notícias sobre possíveis remédios e vacinas contra o vírus também animavam os investidores, embora a Organização Mundial da Saúde tenha descartado a existência de "tratamentos eficazes conhecidos".
"O coronavírus está numa situação estável, ou pelo menos não tão preocupante quanto na semana passada", disse à Reuters Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus. "O dia por enquanto está tranquilo com a abertura refletindo a tranquilidade dos mercados globais."
G1
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