Novembro 25, 2024

Dólar opera em queda após bater novo recorde na semana passada

O dólar opera em queda acentuada nesta segunda-feira (3), após bater novo recorde nominal (sem considerar a inflação) da história, de olho nos desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus e seu possível impacto econômico na China.

Às 14h25, o dólar tinha queda de 1,06%, a R$ 4,2394.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,65%, vendida a R$ 4,2850. Na semana, o dólar acumulou alta de 2,42%. Em janeiro, subiu 6,86%. Foi a maior alta para qualquer mês desde agosto de 2019 (8,51%) e a mais intensa para meses de janeiro desde 2010 (8,86%), segundo a Reuters.

No radar dos investidores estava o surto de coronavírus na China, com a falta de manchetes muito pessimistas durante o fim de semana ajudando na recuperação do sentimento do mercado, apesar da permanência de certa cautela.

"A realidade imposta pelo surto do novo coronavírus –originado na China– tem apresentado motivos de sobra para o mercado se preocupar, tanto no curto quanto no médio prazo, sendo consensuais as apostas de sérios impactos negativos no desempenho da segunda maior economia global", disse em nota a corretora Commcor.

No entanto, a operadora citou que uma recuperação nos mercados europeus e futuros norte-americanos mostram "algum sinal de resiliência" diante do surto de coronavírus. No exterior, outro indício de melhora do sentimento era a queda de divisas consideradas refúgios seguros, como iene japonês e franco suíço.

Ante moedas arriscadas, o dólar apresentava tendência de queda, perdendo contra peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano.

No cenário doméstico, a XP Investimentos citou em nota a abertura do ano legislativo no Brasil --que marca a volta do funcionamento do Congresso em 2020-- como foco dos investidores neste início de mês, com as PECs do pacote Mais Brasil, a reforma administrativa e a reforma tributária no centro das atenções.

Esta semana, a reunião do Copom também se destaca, com possibilidade de corte da Selic a nova mínima histórica.

Mercados asiáticos
Em todo o mundo, investidores se preocuparam com as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo.

O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, uma vez que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China

Nesta segunda, as bolsas da China reabriram após o feriado do ano novo lunar, estendido por preocupações com o coronavírus – os mercados do país estavam fechados desde 24 de janeiro. A reabertura foi caótica: os principais índices caíram mais de 7%, no maior recuo diário desde 2015.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

G1
Portal Santo André em Foco

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