O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), em meio à redução de aversão a risco nos mercados globais após temores sobre um surto de coronavírus na China.
Às 15h39, a moeda norte-americana caía 0,49%, a R$ 4,1842.
Na terça-feira (21), o dólar subiu 0,39%, a R$ 4,2050. Este foi maior patamar de fechamento do dólar desde 3 de dezembro do ano passado, quando a moeda norte-americana foi cotada a R$ 4,2051. Neste ano, a moeda acumula alta de 4,87%.
Os temores de uma disseminação do coronavírus foram levemente amenizados nesta quarta, após uma entrevista do vice-ministro Li Bin à imprensa televisionada da Comissão Nacional de Saúde da China.
Durante a transmissão, Li Bin afirmou que o governo está intensificando as medidas de contenção em hospitais e ampliando a cooperação com a Organização Mundial de Saúde. Com o pronunciamento, as ações chinesas conseguiram recuperar as perdas da véspera.
"Houve uma grande mudança no número de casos, o que está relacionado ao nosso maior entendimento da doença, melhorando os métodos de diagnóstico e otimizando a distribuição de kits de diagnóstico", disse Li Bin.
O coronavírus já levou a óbito 9 pessoas e já infectou 440 pessoas na China, segundo as autoridades de saúde do país asiático.
"Há duas coisas que se deve levar em consideração sobre os movimentos de ontem e hoje. Segunda-feira foi feriado nos EUA, e a abertura de ontem refletiu a estabilidade vista na segunda, juntamente com a aversão a risco por conta do coronavírus da China", explicou Alexandre Almeida, analista de economia da CM Capital Markets, à Reuters.
"Na abertura de hoje já começa a ocorrer o movimento contrário: a aversão a risco passa a se dispersar", acrescentou.
Também no radar dos investidores, Almeida citou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que disse nesta quarta-feira, no Fórum Econômico de Davos, que os EUA não têm prazo definido para concluir a próxima fase de negociações comerciais com a China.
G1
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