O dólar opera em queda nesta terça-feira (14), após subir mais de 1% na véspera e chegar a bater R$ 4,16 no início da sessão.
Às 15h21, a moeda norte-americana recuava 0,24%, vendida a R$ 4,1306. Na máxima da sessão até o momento chegou a R$ 4,1611.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,19%, negociado a R$ 4,1412. É a maior cotação de fechamento desde 10 de dezembro (R$ 4,1483). Na parcial do mês, o dólar tem valorização de 3,28% sobre o real.
Sem atuação do BC
Segundo analistas, a falta de sinalização de oferta de dólares pelo Banco Central eleva a procura pela moeda dos Estados Unidos.
"A falta de sinalização do Banco Central em relação à oferta de dólares no mês de janeiro, seja através dos leilões de swaps e/ou vendas no mercado à vista, tem gerado larga procura pela moeda norte-americana, especialmente após o início do conflito geopolítico entre Estados Unidos e Irã", disse em nota Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora.
"Aparentemente o BC está buscando a autorregulação do mercado, até porque não há sinais de ataque à moeda nacional", completou.
Desde o início do ano, o Banco Central deixou de leiloar contratos de swap reverso e dólares à vista como forma de injetar liquidez nos mercados, destaca a Reuters.
Cena local e doméstica
Nesta segunda-feira, os investidores também estavam reagindo a dados sobre o setor de serviços nacional, que interrompeu dois meses de ganhos e registrou o pior resultado para novembro em três anos, pressionado principalmente pelo setor de transportes.
Ainda na cena doméstica, o Ministério da Economia elevou nesta terça-feira a sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,32% para 2,40% em 2020. Já a expectativa para o IPCA deste ano, a inflação oficial, avançou de 3,53% para 3,62%.
O mercado financeiro, por sua vez, estima uma alta de 2,3% para o PIB de 2020, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.
No exterior, o dólar subia 0,11% contra uma cesta de moedas importantes e avançava contra moedas arriscadas, como o peso mexicano, a lira turca e o dólar australiano. A força da moeda norte-americana pode ser atribuída ao otimismo global em relação à assinatura de um acordo comercial inicial entre EUA e China.
Na quarta-feira, o governo norte-americano realizará uma cerimônia para a assinatura da "fase um" do acordo comercial com a China, em um evento amplamente aguardado depois de 18 meses de conflito entre as duas maiores economias do mundo.
G1
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