A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro, atingindo 11,9 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a segunda queda seguida do indicador, que ficou em 11,6% nos três meses até outubro. Com isso, a taxa de desemprego é a menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%. Em maio e abril de 2016, a taxa foi de 11,2%.
Segundo o IBGE, contribuíram para a queda no desemprego no mês passado as vagas temporárias abertas no comércio para fazer frente às datas comemorativas de final de ano. Com isso, a população ocupada chegou ao recorde de 94,4 milhões de pessoas.
Em nota, a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, aponta que o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017.
“Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, explicou.
Ocupados e com carteira assinada
Na comparação com os três meses encerrados em agosto, o número de pessoas ocupadas cresceu em 785 mil. Destes, 338 mil foram no comércio, uma alta de 1,8%. Houve crescimento também no setor de alojamento e alimentação, com 204 mil ocupados a mais, seguido pela construção, com 180 mil vagas.
Também na mesma comparação, houve alta de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria.
Já o número de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estatisticamente estável, em 11,8 milhões de pessoas.
Informalidade e novo recorde na conta própria
Apesar da melhoria no emprego com carteira, houve crescimento também nos indicadores de informalidade. Nos três meses até novembro, houve alta de 1,2% no número de trabalhadores por conta própria, que chegou a 24,6 milhões de pessoas – novo recorde na série histórica do IBGE.
Com isso, a população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.
“Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, apontou Adriana Beringuy.
Queda na subutilização
Segundo o IBGE, a taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,3%, uma queda de 1 ponto percentual frente aos três meses anteriores. Já a população subutilizada somou 26,6 milhões de pessoas, uma queda de 4,2% na mesma comparação.
A população desalentada (que desistiu de procurar trabalho) ficou em 4,7 milhões, estatisticamente estável, e equivalente a 4,2% do total da população na força de trabalho ou desalentada.
Rendimento teve leve alta
O IBGE apontou que, na comparação com os três meses anteriores, rendimento médio real habitual teve leve alta, de 1,1%, alcançando R$ 2.332.
Na mesma base, houve alta nos rendimentos recebidos por quem trabalha com alojamento e alimentação (4,4%) e outros serviços (4,3%), com estabilidade nos demais.
G1
Portal Santo André em Foco
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