O dólar opera em leve alta sexta-feira (13), após China e EUA anunciarem irão suspender a aplicação de novas tarifas sobre importações que deveriam entrar em vigor neste domingo.
Às 13h32, a moeda norte-americana subia 0,37%, a R$ 4,1091. Mais cedo, recuou a R$ 4,0756.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,58%, a R$ 4,0939. Foi a primeira vez que o dólar terminou o dia abaixo de R$ 4,10 desde o dia 7 de novembro.
Na parcial do mês, o dólar acumula um recuo de 3,44%. No ano, a valorização ainda é de 5,67%.
O Banco Central vendeu nesta sexta-feira todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso e todos os US$ 500 mil em moeda spot ofertados.
Adicionalmente, na quinta-feira o BC anunciou para esta sexta e para 16 de dezembro leilões de linha de dólar com compromisso de recompra para rolagem do vencimento janeiro de 2020. Segundo a autoridade monetária, serão realizados dois leilões de rolagem de linhas de dólar, simultaneamente, por dia, com o banco aceitando o valor máximo de 1,65 bilhão de dólares em cada um dos dias.
Cenário externo
Os Estados Unidos concordaram em retirar gradativamente as tarifas impostas aos produtos chineses, segundo anunciaram nesta sexta-feira autoridades da China.
Com isso, os dois países vão suspender a aplicação de novas tarifas sobre importações que deveriam entrar em vigor neste domingo.A China também se comprometeu a incrementar a importação de energia e produtos agrícolas (incluindo trigo e milho) e farmacêuticos, além de serviços financeiros dos EUA.
Em uma rede social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os dois países concordaram com uma "grande primeira fase" do acordo.
Embora tenham sido suspensas as tarifas que entrariam em vigor neste domingo, as tarifas já existentes de 25% "continuarão como estão", afirmou Trump. Essas tarifas são aplicadas a cerca de US$ 250 bilhões em produtos chineses. Outros cerca de US$ 120 bilhões serão taxados a 7,5%.
Na prática, segundo operadores, o acordo é apenas para evitar uma nova rodada de tarifas.
Questionado sobre o volume de compras de produtos agrícolas dos EUA, o vice-chefe do órgão de planejamento estatal da China disse que os números serão anunciados numa data futura, num sinal de que alguns pontos parecem não ter sido decididos.
Investidores também comemoravam nesta sexta a probabilidade de um Brexit organizado depois da vitória esmagadora nas eleições britânicas do atual primeiro-ministro Boris Johnson. Com a maioria, os conservadores aumentaram significativamente seu poder, o que deve, inclusive, facilitar a aprovação do projeto de Johnson para o Brexit e garantir que o Reino Unido deixe a União Europeia em 31 de janeiro de 2020.
G1
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