O dólar opera em queda nesta quarta-feira (4), com as esperanças renovadas sobre um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China e dados positivos sobre a produção industrial no Brasil.
Às 14h, a moeda norte-americana caía 0,39%, vendida a R$ 4,1886. Na mínima até o momento chegou a R$ 3,1864.
Esta é, até o momento, a terceira sessão seguida de queda do dólar, após ter disparado 5,7% no mês de novembro.
No dia anterior, a moeda dos EUA caiu 0,18%, vendida a R$ 4,2051. Na semana, o dólar tem queda de 0,82%. No acumulado no ano, a moeda já subiu 8,54%.
Neste pregão, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso todos os US$ 500 milhões em moeda à vista ofertados em leilão.
Acordo comercial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que as negociações comerciais com a China estão indo "muito bem", soando mais positivo do que na terça-feira, quando disse que um acordo comercial poderia ter que esperar até depois das eleições norte-americanas de 2020.
"As discussões estão indo muito bem e vamos ver o que acontece", disse Trump a repórteres em uma reunião de líderes da Otan perto de Londres.
De acordo com a Bloomberg, EUA e China estão mais perto de concordar com a quantidade de tarifas que seriam revertidas na "fase um" de um pacto comercial.
Na véspera, Trump disse que o acordo poderia ter que esperar até depois das eleições norte-americanas de novembro de 2020, com um projeto de lei dos EUA protegendo a minoria muçulmana em Xinjiang, na China, aumentando a incerteza.
"Essa notícia da Bloomberg parece sugerir que os dois países podem ter um desacordo político sobre o que está acontecendo em certas áreas, por um lado, mas isso não afetará necessariamente como eles avançam em termos das negociações comerciais", disse Connor Campbell, analista financeiro da Spreadex.
Bolsonaro nega alta artificial
Na cena doméstica, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (4) que o governo não está "aumentando artificialmente" a cotação do dólar, após afirmação de Donald Trump na segunda-feira (2) de que Brasil e Argentina "têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas".
A declaração do presidente dos EUA levantou avaliações no mercado financeiro de que o governo brasileiro poderia estar valorizando o dólar de forma artificial. Em novembro, o real foi a quarta moeda no mundo que mais perdeu valor na comparação com o dólar.
Também favorecendo a moeda brasileira nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do Brasil cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, no terceiro mês seguido de ganhos e no melhor resultado para o mês em sete anos.
"A produção industrial melhor no Brasil acaba melhorando o otimismo e favorecendo o real", afirmou à Reuters Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.
G1
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