Novembro 25, 2024

SP é único estado com queda do desemprego no 3º trimestre, diz IBGE

O estado de São Paulo foi a única unidade da federação a registrar queda na taxa de desemprego no 3º trimestre, na comparação com os 3 meses anteriores, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A taxa de desocupação de São Paulo foi a única a recuar entre os estados, caindo para 12% no terceiro trimestre de 2019, após registrar 12,8% no segundo trimestre. Na outra ponta, a desocupação cresceu apenas em Rondônia e atingiu 8,2%, uma alta de 1,5 ponto percentual. Os demais estados mantiveram-se estáveis", informou o IBGE.

As maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).

A taxa de desemprego no país ficou em 11,8% no 3º trimestre, atingindo 12,5 milhões de brasileiros, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE. Já o número de trabalhadores por conta própria e sem carteira assinada permaneceram em patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

“Nessa divulgação nos chamou a atenção que o processo de redução da desocupação no Brasil só foi mais intenso na região Sudeste, ou seja, as demais regiões do país ainda permanecem num cenário de estabilidade ou estagnação da população desocupada”, destacou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Setor de construção puxa queda do desemprego em SP
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu em São Paulo em função de uma redução significativa da população desocupada, que diminuiu em 217 mil pessoas no trimestre.

“São Paulo tem um mercado produtivo mais dinâmico e um mercado consumidor bastante ativo. Além disso, tem uma renda do trabalho mais elevada”, destacou a pesquisadora do IBGE.

De acordo com o IBGE, na passagem do 2º para o 3º trimestre foram geradas 254 mil vagas nas atividades de construção no país, sendo 118 mil somente em São Paulo – alta, respectivamente, de 3,8% e 7,8%. Segundo Adriana, a grande maioria destas novas vagas na construção são informais já que não foi observado aumento no número de empregados com carteira assinada no setor privado.
“Apesar da construção ter sido o único setor com aumento significativo no 3º trimestre, as demais atividades também estão tendo uma trajetória de crescimento, embora não seja suficiente para movimentar o cenário de ocupação total”, avaliou a pesquisadora.

Veja outros destaques da pesquisa:

  • Santa Catarina é o estado com o maior percentual de trabalhadores com carteira: 87,7%;
  • Maranhão é o estado que com a maior taxa de subutilização da força de trabalho (41,6%) e com o maior percentual de trabalhadores sem carteira (50,1%);
  • Amapá é o estado com o maior percentual de trabalhadores por conta própria: 36,7%;
  • Os maiores contingentes de desalentados (aqueles que desistiram de procuram emprego) estão na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil);
  • A taxa de desemprego chegou a 25,7% na faixa de 18 a 24 anos.
  • A taxa de desemprego é maior entre as mulheres (13,9%); entre os homens é de 10%;
  • Taxa de desemprego de pretos (14,9%) e pardos (13,6%) é superior a da média nacional; a de brancos é de 9,2%;
  • Pretos ou pardos são quase dois terços dos desempregados (65,2% do total);
  • O percentual da população ocupada que contribui para Previdência caiu para 62,3%, ante 63,1% no 3º trimestre de 2018; na região Norte, o índice é de apenas 43,5%

Informalidade em alta
Ainda que puxada pela informalidade, a população ocupada chegou a 93,8 milhões no 3º trimestre, um recorde na série histórica que teve início em 2012.

A taxa de informalidade da população ocupada – que inclui empregados sem carteira assinada no setor privado, trabalhador doméstico sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador auxiliar familiar – vem crescendo no país e ficou em 41,4% no 3º trimestre. Chegou a 57,9% nos estados do Norte, 53,9% no Nordeste, 38,5% no Centro Oeste, 35,9% no Sudeste e 32,2% no Sul.

Já o rendimento médio foi estimado em R$ 2.298 no 3º trimestre, o que representa uma estagnação em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.297) e frente ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.295). O maior valor foi registrado no Distrito Federal (R$ 3.887) e o menor no Maranhão (R$ 1.333).

G1
Portal Santo André em Foco

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