O dólar opera em alta nesta quarta-feira (13), dando sequência ao movimento do dia anterior, com os sinais conflitantes do presidente norte-americano Donald Trump sobre o estágio das negociações comerciais com a China.
Às 15h03, a moeda norte-americana tinha de alta de 0,33%, vendida a R$ 4,1818. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,1852. Na terça-feira, o dólar subiu 0,64%, fechando o dia vendido a R$ 4,1679.
A sessão era marcada ainda pela decepção dos investidores em relação a um discurso de Trump no dia anterior, que era alvo de expectativas de detalhes sobre a assinatura de um acordo para resolver a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Trump não ofereceu novos detalhes sobre as negociações com a China, e disse que aumentará "substancialmente" as tarifas sobre produtos chineses se o país asiático não fizer um acordo com os EUA.
"Há um fator mais externo, com um clima mais cauteloso depois das declarações recentes de Trump, que esfriaram o otimismo sobre um acordo mais encaminhado entre Estados Unidos e China", explicou à Reuters Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.
"Internamente, também há ruídos políticos interferindo no dólar, colocando a moeda em alta contra o real", acrescentou.
Incertezas políticas no Brasil e agitação recente nos países vizinhos também contribuíam para pressionar o câmbio, segundo operadores. A maioria das moedas emergentes caíam contra o dólar devido à maior aversão ao risco. O peso chileno liderava as perdas.
Segundo Campos Neto, "o fator Chile pesa sobre as moedas da região", o que explica parte do comportamento do dólar contra o real.
O Banco Central vendeu nesta quarta-feira todos os 12 mil contratos de swap cambial reverso e todos os US$ 600 milhões em moeda spot ofertados.
G1
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