Novembro 23, 2024

Correios fecharão mais 161 agências no país

Os Correios anunciaram o fechamento de mais 161 agências próprias até o dia 5 de julho. Os motivos são “readequação da rede de atendimento e da força de trabalho”. A maior parte das agências é no estado do Rio de Janeiro, sendo 24 na capital fluminense. Em seguida vem o estado de São Paulo, com 26 agências, sendo 15 na capital paulista.

De acordo com os Correios, “o atendimento será absorvido por outras agências próximas, sem prejuízo da continuidade e da oferta de serviços e produtos”.

A maioria das unidades que serão desativadas ocupa imóveis alugados e está próxima de outras agências.

Os empregados dessas agências serão transferidos para outras unidades com vagas em outros municípios ou poderão optar pelo reenquadramento de atividade. Quem for atendente comercial das agências que serão fechadas pode pedir transferência para o cargo de carteiro, segundo comunicado interno dos Correios.

Outra opção aos atendentes comerciais é aderir ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV) anunciado este mês, cujas inscrições vão até 12 de junho. Os Correios esperam a adesão de 7,3 mil empregados.

Para os demais cargos, até a data de fechamento das agências, haverá orientação sobre a transferência para unidades que abrangem a atividade ou especialidade do cargo.

"A iniciativa tem, dentre outros objetivos, assegurar maior produtividade e garantir unidades rentáveis, sem comprometer, no entanto, a universalização dos serviços postais", informa a empresa pública. Os Correios têm cerca de 11 mil pontos de atendimento em mais de 5.500 municípios brasileiros.

Corte de custos e privatização
A empresa pública está tentando enxugar sua estrutura administrativa em meio à crise financeira – entre 2015 e 2016, a estatal acumulou prejuízos de R$ 4 bilhões. Uma das medidas foi fechar agências no país. Em 2017, foram 250 unidades localizadas em municípios com mais de 50 mil habitantes. No ano passado, foram 41 agências fechadas.

Além disso, os Correios reduziram sua parte nos custos do plano de saúde dos funcionários e anunciaram a implantação de unidades compactas dentro de estabelecimentos comerciais.

O presidente da estatal, general Juarez Cunha, declarou que estão sendo feitos estudos para a abertura de capital da empresa.

A abertura de capital seria uma alternativa à privatização da empresa pública, a que Cunha se opõe. No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro teria dado aval para a privatização dos Correios.

G1
Portal Santo André em Foco

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