O lucro líquido dos bancos subiu 5% em 2023, para R$ 145 bilhões, e bateu novo recorde histórico, informou nesta quinta-feira (6) o Banco Central. A instituição não informou qual o valor ajustado exato do lucro de 2022.
O aumento do lucro das instituições financeiras aconteceu em um ano no qual a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central para conter a inflação, ficou em 13,75% ao ano até meados junho do ano passado – um patamar elevado, em termos reais, na comparação internacional.
A taxa Selic começou a cair somente em agosto de 2023, terminando o último ano em 11,75% ao ano, nível ainda alto na comparação internacional.
"Ao longo de 2023, o retorno do crédito aumentou, influenciado pelo peso das safras recentes nas receitas de crédito contratadas a taxas mais altas. O custo de captação também se elevou no período, mas apresentou redução no quarto trimestre em decorrência da queda da taxa Selic a partir de agosto", informou o BC.
Segundo o Banco Central, a elevação da margem bruta de lucro das instituições financeiras "tende a continuar à medida que os efeitos da queda da taxa Selic permaneçam reduzindo o custo de captação de forma mais rápida que o retorno do crédito".
Racha no Copom
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em maio, registrou divisão na diretoria do Banco Central sobre o ritmo de corte da taxa de juros – o que gerou nervosismo no mercado financeiro.
À ocasião, o Copom decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano.
Entenda o que ocorreu:
g1
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