O dólar opera em alta na tarde nesta segunda-feira (30), último pregão do mês de setembro. Pela manhã, a moeda subia em relação ao real. O mercado continua monitorando os desdobramentos das relações comerciais entre Estados Unidos e China, em semana marcada pela divulgação de importantes dados econômicos norte-americanos e pela da votação da reforma da Previdência no cenário doméstico.
Às 15h28, a moeda norte-americana caía 0,28%, vendida a R$ 4,1437.
Na sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em baixa de 0,15%, a R$ 4,1557, acumulando alta de 0,34% na parcial do mês. No ano, tem valorização de 7,27% frente ao real.
Para Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, o cenário externo permanece dando a direção do câmbio, com investidores atentos a todos os potenciais focos de incertezas comerciais e geopolíticas.
"Há bastante cautela no mercado. As relações comercias, como sempre, estão em foco, mas agora o mercado também está de olho na troca de farpas entre o Irã e a Arábia Saudita", disse à Reuters.
A China alertou nesta segunda-feira sobre a instabilidade nos mercados internacionais após qualquer "dissociação" da China e dos Estados Unidos, depois de notícias de que o governo norte-americano estaria considerando deslistar as empresas chinesas das bolsas de valores norte-americanas.
A notícia vem antes do 70º aniversário da República Popular da China, que provocará o fechamento dos mercados no país por uma semana a partir de 1º de outubro. As conversas de alto escalão entre os países seguem previstas para o começo de outubro.
As atenções também seguem voltadas para a divulgação do relatório mensal de empregos e a balança comercial dos Estados Unidos, que darão mais sinais sobre a saúde da economia norte-americana, destaca a Reuters.
No Oriente Médio, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, alertou em uma entrevista transmitida no domingo que os preços do petróleo podem atingir "números inimaginavelmente altos" se o mundo não se unir para deter o Irã, mas disse que prefere uma solução política a uma opção militar.
As tensões entre os dois países agitaram os mercados financeiros neste mês, após um ataque de drones às instalações de petróleo da Arábia Saudita. Os EUA acusaram o Irã pelos ataques que interromperam metade da produção do país, mas o governo iraniano negou o envolvimento.
Previdência e Perspectiva de novo corte de juros
Do lado doméstico, os mercados de câmbio seguem atentos à votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça-feira, com expectativa de que a votação da reforma em primeiro turno no plenário do Senado aconteça no mesmo dia, aponta a Reuters.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,95 para R$ 4 por dólar, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Os economistas, pela primeira vez, passaram a estimar também que a taxa básica de juros terminará 2019 abaixo de 5% ao ano.
Na semana retrasada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos da economia de 6% para 5,5% ao ano - novo piso histórico.
G1
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