O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira (22) que "não há nada pior para a "questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente alta".
Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio Exterior, falou com jornalistas na porta do ministério.
Na noite de quarta (21), o Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central, decidiu manter a Selic (taxa básica de juros da economia), em 13,75%.
Na avaliação do governo, a Selic já deveria ter caído há meses. O governo entende que a economia brasileira comporta juros mais baixos e que, com a atual Selic, o país não cresce como poderia. O Banco Central, por outro lado, argumenta que o cenário para a inflação ainda é preocupante e, por isso, é necessário manter os juros no atual patamar.
"É importante destacarmos que não há oposição de governo ao Banco Central nem ao Copom mas a crítica é importante a qualquer instituição", disse Alckmin.
Ele argumentou que, além de deter o crescimento da economia, a Selic alta é ruim para a dívida pública, que é atrelada à taxa básica de juros.
"A manutenção da Selic não prejudica só a atividade econômica, mas também tem outro impacto, que é o compromisso fiscal. Porque quase metade da dívida pública é 'selicada'. Cada um ponto percentual da Selic custa R$ 38 bilhões. Não há nada pior para a questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente alta", ponderou o vice.
g1
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