O Ministério das Relações Exteriores informou nesta sexta-feira (7) que a Rússia anunciou o fim do embargo à carne bovina brasileira produzida pelo Pará.
O embargo havia sido anunciado pelo país no mês passado, após a confirmação de um caso atípico de "vaca louca" em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará, no dia 22 de fevereiro.
Vale destacar que a restrição se deu apenas à produção paraense, e outros estados brasileiros puderam seguir exportando sua produção à Rússia.
O caso paraense foi considerado atípico, isto é, sem risco de disseminação ou risco à saúde pública (relembre o caso mais abaixo).
"O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio hoje, 7 de abril, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará", informou o Itamaraty.
"O anúncio, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas, lograda em 28 de março, e à reabertura de outros mercados (nota no. 109/2023), representa a plena normalização do comércio do produto com a Rússia", acrescentou o governo brasileiro.
Segundo o governo brasileiro, em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de US$ 165 milhões, o equivalente a 24 mil toneladas do produto.
Outros embargos
Além da Rússia, países como China e Filipinas também anunciaram embargo à carne bovina brasileira após o caso atípico de "vaca louca".
Esses países, no entanto, já haviam retomado a compra do produto.
De acordo com o Itamaraty, embaixadas brasileiras e representações do Ministério da Agricultura e Pecuária em países considerados "estratégicos" têm atuado desde que o caso foi registrado no Pará a fim de evitar fechamentos "indevidos" de mercados.
O que aconteceu:
Outros casos atípicos
Em 2021, o Brasil deixou de exportar a carne para a China por mais de 100 dias. Na época, o governo havia comunicado dois casos atípicos da doença registrados em Mato Grosso e Minas Gerais.
No ano passado, a receita das exportações de carne bovina registrou alta de 42% em relação a 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
g1
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