O Banco Central informou nesta quinta-feira (5) que os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 103,23 bilhões em 2022.
Essa é a maior retirada de recursos da série histórica, que tem início em 1995. Até então, a maior saída líquida havia sido registrada em 2015 (-R$ 53,56 bilhões).
Ao todo, segundo a instituição:
Endividamento e inadimplência em alta
A retirada de recursos da caderneta de poupança coincide com um momento de alta no endividamento e na inadimplência dos brasileiros.
Segundo dados do Serasa Experian, quase 70 milhões de brasileiros e brasileiras – um recorde – estão inadimplentes e devem começar o novo ano no vermelho.
De acordo com o BC, o endividamento das famílias com os bancos, em relação à renda acumulada em 12 meses, atingiu 49,7% em outubro deste ano (último dado disponível).
Apesar de alto, o valor representa queda em relação ao recorde da série histórica, registrado em julho do ano passado (50,1%).
Em fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias estava em 41,7%.
Para endereçar o problema do endividamento, o governo eleito, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prepara um programa de refinanciamento das dívidas - que deverá englobar, também, o consignado do Auxílio Brasil.
g1
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