O dólar opera em queda nesta terça-feira (20), depois de encerrar em seu maior nível em três meses na véspera, com agentes do mercado monitorando as medidas de estímulos de bancos centrais para afastar o risco de uma recessão global, ainda em meio as incertezas comerciais.
Às 15h57, a moeda norte-americana caía 0,63%, a R$ 4,0399. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,0737 e, na mínima, a R$ 4,0264.
No pregão do dia anterior, o dólar fechou em alta de 1,58%, a R$ 4,0657 – o maior patamar de fechamento desde 20 de maio (R$ 4,1033), em meio ao fortalecimento da moeda norte-americana no exterior diante de discussões sobre o espaço para mais cortes de juros nos Estados Unidos.
Na parcial de agosto, a moeda dos EUA tem alta de 6,48%. No ano, acumula avanço de 4,94%.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,75 para R$ 3,78 por dólar, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central divulgada.
Para o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, o mercado de câmbio está se ajustando depois de uma valorização exagerada na véspera, mas ainda segue monitorando todas as questões externas, como os possíveis estímulos dos principais países para conter uma desaceleração global.
"O quadro ainda é de muita incerteza e volatilidade justamente por conta dessas questões externas. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China afeta o apetite por ativos mais arriscados, como é o caso do real, além das preocupações com uma possível recessão global", afirmou Campos à Reuters.
Segundo analistas da XP Investimentos, os investidores continuam à espera de quaisquer sinais do Federal Reserve sobre o futuro da taxa de juros nos EUA. A ata da última reunião do Fed será divulgada na quarta-feira.
Na cena doméstica, o Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019.
G1
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