O Ministério da Economia divulgou, nesta quarta-feira (1º), a 5ª Certificação do Indicador de Governança IG-Sest, um instrumento de avaliação das estatais federais que verifica o cumprimento de dispositivos legais, infralegais e de boas práticas de governança corporativa.
No total, 60 estatais foram avaliadas, sendo 45 de controle direto e 15 subsidiárias. Dentre as estatais avaliadas, 16 foram classificadas no grau de governança de nível 1 e outras 15, no nível 2.
As demais não receberam classificação. As empresas classificadas no nível mais alto obtiveram notas de 9,08 a 10, calculadas conforme metodologia prevista no regulamento. A média geral de todas as empresas avaliadas foi superior a 8. Confira aqui a lista completa.
Ações de governança
Na cerimônia de premiação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou o trabalho dos gestores das estatais e destacou que as estatais converteram um prejuízo de R$ 35 bilhões em 2015 para um superávit de R$ 135 milhões nos primeiros nove meses de 2021 com ações de governança. “O desafio é cuidar bem do patrimônio da União. Essas estatais são patrimônio, isso foi feito com muito trabalho por gerações passadas”, disse o ministro.
Segundo Guedes, foi preciso mudar a gestão para chegar ao bom resultado de hoje. “Esse esforço é extraordinário. Esse esforço prepara, recupera as estatais para elas poderem ter um valor de mercado cada vez melhor, uma gestão cada vez melhor”, destacou.
“Vamos trabalhar nesses termos, como erradicar a pobreza, como reduzir o endividamento e baixar as taxas de juros no Brasil, como transformar o capital público”, disse o ministro.
“As empresas estatais representam pouco mais de 5% do valor do PIB no Brasil. Então é um valor muito alto, é uma responsabilidade muito alta”, destacou o secretário-executivo substituto do Ministério da Economia, Miguel Ragone de Mattos. “O dia de hoje representa a importância de trabalhar a gestão nessa área específica.”
“A importância do Igsest é realmente a trazer o reconhecimento para as empresas estatais pelo trabalho de governança e transparência que foi feito no último ano”, disse o secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord de Faria
“Sabemos que infelizmente boa parte dessas empresas estatais num passado não tão distante estavam envolvidas nos maiores escândalos de corrupção que o mundo já viu e hoje nós já recebemos o reconhecimento da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] pelo estabelecimento de boas práticas de governança nessas mesmas empresas estatais”, diz Mac Cord de Faria.
Caixa
A Caixa tirou nota 10 no Nível de Governança 1 pela segunda vez. Em 2019, a empresa também recebeu a nota. Em 2020, a avaliação não foi feita.
“Recebemos a nota 10 e, mais do que isso, a Caixa foi a única estatal que teve todas as subsidiárias avaliadas também no grupo 1. Isso demonstra a diferença da Caixa”, disse o presidente da empresa, Pedro Guimarães. “Hoje a Caixa nunca teve tanto lucro, nunca emprestou tanto, e tem notas excelentes em todos os órgãos de avaliação, no Banco Central, na CGU [Controladoria Geral da União], no TCU [Tribunal de Contas da União], nos auditores externos e agora na Sest. É grande o orgulho para nós na Caixa Econômica Federal esse reconhecimento e a gente fica muito feliz”, destaca Guimarães.
Nível 1
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi uma das agraciadas com o reconhecimento Nível 1 do Ciclo 5 do IG-Sest. A empresa ficou com a nota 9,332 Para o diretor-presidente da EBC, o bom resultado é fruto de um trabalho de toda a equipe da empresa.
“Na verdade é o reconhecimento da governança da EBC, ou seja, que a gente está entre os tops das estatais do Brasil. Eu vejo isso como um reflexo da contribuição de todos os colaboradores da EBC que contribuem, com seu trabalho do dia a dia, para mostrar que a gente é uma empresa eficiente e que tem uma governança no Nível1. Isso é muito importante”, destacou Valente.
Conforme o diretor-presidente, para 2022 os desafios para manter a boa governança da empresa no sexto ciclo serão ainda maiores, e a EBC continuará trabalhando para manter o Nível 1. “O nosso principal objetivo é fazer comunicação para a população brasileira. E a gente está fazendo isso de uma maneira real. E além disso eles têm que ter gestão. Aqui o sinal de comprovação, um carimbo que a gestão está sendo muito eficiente”, destaca.
Para o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Ricardo Faria, a certificação auxilia as empresas a identificar aspectos em que há espaço para melhorias, de maneira eficiente e transparente. “A Sest tem, de forma proativa, apoiado e promovido iniciativas para que todas as empresas possam atingir, integralmente, os requisitos legais previstos e o desenvolvimento das melhores práticas de governança”.
Agência Brasil
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