O agronegócio brasileiro bateu recorde de receita com exportações em agosto, US$ 10,90 bilhões. Foi o melhor desempenho do setor para o mês na história. Somente em 2013, teve desempenho similar, alcançando o patamar de US$ 10 bilhões.
Segundo o Ministério da Economia, frente ao mesmo período de 2019, o agosto de 2020 registrou um aumento de 26,7% no faturamento com as vendas internacionais.
As exportações de carne bovina, por exemplo, cresceram 10,1% na mesma comparação e atingiram neste ano US$ 1,17 bilhão em negócios.
Já a de soja, que inclui os grãos, o farelo e o óleo, atingiram US$ 4,02 bilhões.
A China continua sendo o principal destino dos produtos, com quase 34,9% do total vendido no mercado internacional.
“Temos uma sequência, uma continuidade de bons resultados. Então, mesmo com a pandemia, que começou no ano passado, neste ano não verificamos um grande impacto na exportação de produtos alimentares que são justamente aqueles que deram essa sustentação”, explica o economista da Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Ezequiel Resende.
Ele aponta que as projeções indicam que em 2021 as exportações do setor vão se manter positivas e com receita recorde. “Vai fechar com a maior receita já registrada para um ano e para o próximo ano a tendência pela demanda sustentada que temos observado e pelo preço médio que vem se mantendo em patamares elevados, é que esses resultados tendem a permanecer bastante positivos”.
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Mas, um problema antigo ainda persiste, os custos com a logística para o transporte de cargas ainda incomodam os produtores rurais.
Para se ter uma ideia, 95% de tudo o que é produzido em Mato Grosso do Sul é escoado pelas rodovias.
Um sistema de transporte que se torna mais caro para médias e longas distâncias.
Um outro gargalo das exportações brasileiras é que faltam containers para atender a demanda internacional.
“O aumento do comércio entre determinados países e de determinados produtos também prejudicou essa questão logística do comércio internacional. Então sim, hoje é um problema...Mas expectativas dos especialistas que seguimos acompanhando é que isso somente se normalize no começo de 2022”, aponta a coordenadora de Inteligência Comercial da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori.
Segundo a CNA, apesar dos bons números das exportações ainda é necessário aumentar a oferta de outros produtos e para outros países.
“Com acordos comerciais temos que promover uma abertura. O Brasil tem que se abrir mais para melhorar a questão das barreiras tarifárias, claro, que quando você abre você tem que abrir nas duas vias. Tem que abrir para exportar e abrir para importar, e esse é um processo que o Brasil tem que caminhar rapidamente”, comenta Sueme Mori.
g1
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