A safra de café do Brasil deste ano foi estimada nesta terça-feira (21) em 46,9 milhões de sacas de 60 kg, quase 2 milhões de sacas abaixo da previsão de maio, com uma colheita de grãos arábica menor do que a esperada, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com isso, a produção total de café do Brasil, incluindo arábica e robusta/conilon, cairá 25,7% na comparação com o recorde de 2020, de mais de 63 milhões de sacas.
Segundo a Conab, a redução se deve ao ciclo de bienalidade negativa do café arábica, que alterna anos de alta e baixa produtividade, e ao impacto da seca.
"Além disso, as condições climáticas no início do ciclo foram desfavoráveis, principalmente, com relação às chuvas, ficando abaixo do esperado em várias regiões produtoras", disse a Conab.
A safra de café arábica no maior produtor e exportador global foi prevista em 30,7 milhões de sacas, ante 33,36 mi sacas na estimativa anterior. Tal previsão sinaliza redução de 36,9% na comparação com o ciclo passado.
De outro lado, a Conab elevou a previsão de safra 2021 de café canéfora (robusta/conilon) do Brasil para 16,15 milhões de sacas, ante 15,44 milhões na projeção de maio. Esse volume representa crescimento de 12,8% ante o ciclo anterior.
Segundo a Conab, a área em produção, atualmente estimada em 1,8 milhão de hectares, é 4,4% menor que na safra anterior, também colaborando para a colheita menor.
O terceiro levantamento da safra foi realizado entre agosto e setembro. Na ocasião, a colheita da safra 2021 já estava em fase final de execução.
Reuters
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