O dólar opera em queda em relação ao real nesta quarta-feira (24), acompanhando correção global após forte alta na véspera. Investidores continuam à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu e do anúncio sobre a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Às 11h15, a moeda norte-americana caía 0,40%, vendida a R$ 3,7571.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,94%, vendida a R$ 3,7728.
Nesta quarta-feira, as atenções estão voltadas para a reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira (24), a primeira de outras decisões de bancos centrais na sequência.
As expectativas de que o BCE corte juros – que não são consenso entre participantes do mercado – subiram depois que a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu inesperadamente para uma mínima de três meses de 51,5 em julho, de 52,2 em junho.
Economistas consultados pela Reuters esperavam um ligeiro declínio para 52,1.
"Os números da zona do euro voltaram a decepcionar. Acho que à luz desses dados, os mercados começam a apostar fichas que o BCE já divulgue algo de efetivo amanhã", afirmou à agência o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
No cenário doméstico, o governo vai anunciar às 16h as regras para a nova liberação de saques do FGTS. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na véspera que a liberação deve ficar em torno de R$ 30 bilhões neste ano, chegando a R$ 12 bilhões de reais no ano que vem.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quarta-feira que os trabalhadores poderão sacar até R$ 500 de cada conta que tiverem no FGTS, tanto ativas quanto inativas, e que o período para a retirada será de agosto de 2019 a março de 2020.
Esse anúncio não deve ter grande impacto no câmbio nesta quarta-feira, de acordo com a Reuters, já que os investidores aguardam desdobramentos de matérias econômicas de maior calibre e continuam em compasso de espera pela reforma da Previdência.
"O foco de curto prazo é um compasso de espera pela volta do Congresso e antes disso o Copom, como tem uma dúvida pelo tamanho do ajuste. Fora isso, fica muito dependente e reativo aos movimentos globais", disse Campos Neto à agência, referindo-se à reunião de política monetária do Banco Central na próxima quarta-feira.
G1
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