A dÃvida pública federal em tÃtulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou aumento de 0,99% e atingiu R$ 5,059 trilhões em janeiro, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (24). Em dezembro do ano passado, a dÃvida somava R$ 5,009 trilhões.
A dÃvida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
No mês passado, de acordo com o governo, a dÃvida subiu porque as emissões de tÃtulos públicos somaram R$ 155,35 bilhões – superando o volume dos resgates de papéis do mercado, que alcançaram R$ 148,54 bilhões no perÃodo.
"Destaca-se que, pela primeira vez na série histórica, foi registrada emissão lÃquida no mês de janeiro, que tipicamente concentra volumes maiores de vencimentos", informou a instituição.
A emissão lÃquida (acima do volume dos resgates) totalizou R$ 6,81 bilhões no mês passado. As despesas com juros, que também atuaram para elevar o endividamento, totalizaram R$ 42,94 bilhões em setembro, informou o Tesouro Nacional.
Previsão para 2021
Após a dÃvida pública registrar um crescimento recorde de R$ 761 bilhões em 2020 por conta dos gastos emergenciais relacionados com a pandemia do novo coronavÃrus, a previsão da Secretaria do Tesouro Nacional é de nova expansão neste ano.
A expectativa da área econômica é de que o endividamento do governo federal em tÃtulos poderá chegar a 5,9 trilhões no fim deste ano. Nesse caso, a alta seria de R$ 891 bilhões.
O Tesouro Nacional também informou que o crescimento pode ser menor, de R$ 591 bilhões, o que levaria a dÃvida pública a R$ 5,6 trilhões. Esse valor representa o piso, ou seja, o aumento mÃnimo previsto pelo Tesouro para a dÃvida em 2021, o que equivale a uma alta de 11,79%.
Cenário para a dÃvida
De acordo com o Tesouro Nacional, o ano de 2021 iniciou com "volatilidade" (forte variação dos indicadores, como câmbio e juros futuros) por conta da piora nos cenários externo e doméstico.
"No externo, ainda que a vacinação tenha avançado em diversos paÃses, a descoberta de variantes do Covid-19 voltou a trazer apreensão aos mercados. No doméstico, a curva de juros [no mercado futuro] apresentou alta nas taxas, reagindo à s expectativas em relação à polÃtica monetária [expectativa do mercado de alta da taxa Selic pelo BC] e à s discussões sobre a prorrogação do auxÃlio emergencial e seu impacto nas contas públicas", informou a instituição.
Segundo o Ministério da Economia, houve elevação nas taxas médias de juros pedidas pelo mercado financeiro, e aceitas pelo Tesouro Nacional, nos leilões de tÃtulos públicos de janeiro "embora permaneçam em nÃveis historicamente baixos".
No mês de fevereiro, acrescentou o Tesouro, tem sido marcado, até o momento, "pela recuperação no mercado externo, com avanço nas discussões de pacotes fiscais em algumas economias e avanço nas campanhas de vacinação, produzindo uma melhora na percepção de risco de emergentes".
Entretanto, a instituição observou que o risco Brasil (juros cobrado pelos investidores acima dos tÃtulos do Tesouro norte-americano) teve performance pior que os outros paÃses emergentes "principalmente em função das preocupações sobre a trajetória fiscal [das contas públicas] e avanço da agenda de reformas".
G1
Portal Santo André em Foco
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