Acionistas da Fiat Chrysler (FCA) e da PSA, dona da Peugeot, aprovaram nesta segunda-feira (4) a fusão iniciada em 2019. Este é um dos últimos passos para a criação da quarta maior montadora de veículos do mundo.
Em uma assembleia especial de acionistas, o acordo para formar a nova empresa chamada Stellantis foi apoiado pelos principais investidores, incluindo a família Peugeot, a chinesa Dongfeng e o Estado francês, via Bpifrance.
Todos os outros acionistas da PSA apoiaram o negócio em uma segunda reunião realizada online com uma taxa de aprovação de 99,85% entre os votos expressos.
"Estamos prontos para esta fusão", disse o presidente-executivo da PSA, Carlos Tavares, acrescentando que a data para o fechamento do negócio será anunciada em breve se todas as aprovações dos acionistas forem concedidas. Ele disse que o acordo agora passou em todos os testes regulatórios.
Tavares, que assumirá o comando do grupo resultante da fusão, terá de recuperar os negócios da montadora na China, racionalizar o grupo em expansão e lidar com um enorme excesso de capacidade, bem como se concentrar em novas tecnologias como eletrificação, direção autônoma e conectividade.
A Stellantis terá 14 marcas, incluindo Fiat, Chrysler, Maserati, Jeep, Abarth, Alfa Romeo, Lancia, Dodge e Ram, da FCA, além de Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DS da PSA.
Detalhes sobre a fusão
Em 2019, quando anunciaram as negociações para a fusão, PSA e FCA divulgaram números e ações a serem executadas pela Stellantis. A pandemia do coronavírus, porém, pode alterar alguns desses planos, mas nenhuma novidade foi revelada até o momento. Com isso, veja os últimos detalhes sobre a fusão:
No Brasil, união tem que passar pelo Cade
Como qualquer processo de fusão feito no Brasil, a união entre FCA e PSA terá que ser submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também no país, independente do processo no exterior.
"O Cade tem poder para intervir em operações que criem ou aumentem significativamente o poder de mercado das empresas. A apuração parte do grau de concentração, ou da participação de mercado da empresa resultante da fusão", aponta o advogado Juliano Maranhão, especializado em fusões de empresas.
G1
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