O dólar opera em alta nesta sexta-feira (14), com dados fortes dos Estados Unidos concentrando atenções e com investidores monitorando os próximos passos da tramitação da reforma da Previdência em dia marcado por protestos contra as mudanças e também cortes do governo na educação ao redor do país.
Às 14h20, a moeda norte-americana subia 1,12%, vendida a R$ 3,8969. Na máxima da sessão até o momento chegou a R$ 3,9135.
Cenário externo
Investidores monitoravam o noticiário externo após dados mostrarem que a produção manufatureira dos Estados Unidos avançou em maio, no primeiro ganho mensal neste ano, além de um aumento nas vendas no varejo dos EUA.
Os dados trazem alívio às preocupações de que a economia norte-americana está desacelerando sob pressão do cenário global.
Com os dados desta sexta-feira, crescem as expectativas pela reunião do Federal Reserve na próxima semana, para a qual agentes financeiros globais já montam posições em que é esperado que o banco central norte-americano dê indicações sobre o que fará com os juros dos EUA.
No entanto, permanece a cautela ligada à disputa comercial norte-americana com a China e, mais notadamente, com o novo conflito geopolítico com o Irã, o que impulsionou os preços do petróleo.
Cenário local
Internamente, o pregão também mostra algum movimento de correção e de proteção usual por parte de investidores antes do fim de semana.
"Aqui há movimento de correção técnica pelo fim de semana. Nada acentuado demais, porque o nosso ambiente local está mais ou menos tranquilo, em função de relatório da Previdência", explicou à Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Após apresentação do parecer do relator na comissão especial na véspera, o mercado se volta agora para os próximos passos da tramitação da reforma.
O impacto fiscal total da reforma da Previdência deve ficar em torno de R$ 1,13 trilhão, mas o parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) ainda não tem uma data para ser votado pela comissão especial da Câmara dos Deputados.
Além da boa recepção do impacto fiscal, o otimismo vem também do entendimento de que, retirados pontos que vinham sendo questionados pela oposição, aumentam as chances de que o texto seja aprovado com rapidez e sem obstruções.
"Com a oposição conseguindo algumas de suas reivindicações, o termômetro de aprovação da PEC na Câmara começa a ficar cada vez mais 'animador'", avaliaram economistas da corretora H.Commcor, em nota.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,32%, a R$ 3,8538, acumulando queda de 0,61% na parcial da semana. No mês, tem queda de 1,81%. No acumulado no ano, o recuo é de 0,53% ante o real.
G1
Portal Santo André em Foco
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