A exportação de café do Brasil em julho recuou na comparação com o mesmo mês do ano passado, registrando o segundo maior volume para o período da história, apesar da pandemia de coronavírus, disse o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta quarta-feira (12).
As vendas externas de café verde do país no mês somaram 2,7 milhões de sacas de 60 quilos, com recuo de 11% na comparação anual. Com exceção da temporada anterior, é o maior volume registrado ao menos desde 2016, segundo os dados do Cecafé.
As exportações de arábica somaram 2,26 milhões de sacas, com queda de 7,4% frente ao ano anterior, enquanto as da variedade robusta alcançaram 446,4 mil sacas, com queda de 25,8% ano a ano.
No total, considerando também café solúvel e torrado & moído, as exportações somaram 3 milhões de sacas, destacou o Cecafé.
Entre janeiro e julho, as exportações totais de café atingiram 22,9 milhões de sacas, também o segundo maior volume para o período da história, disse a entidade. As exportações de café verde no período somaram 20,57 milhões de sacas.
"Apesar do cenário de crise gerado pela pandemia, os resultados indicam que o agronegócio café irá se consolidar nos próximos meses com qualidade e sustentabilidade e, principalmente, tomando os cuidados necessários", disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em nota.
"Temos informações dos estados produtores de que a colheita está em um ritmo muito bom, tanto em volume quanto em qualidade, o que sinaliza uma boa performance para o ano cafeeiro", acrescentou ele.
A receita cambial com as exportações de café somou US$ 3 bilhões entre janeiro e julho, ou R$ 14,7 bilhões , com crescimento de 29% na moeda nacional na comparação com mesmo período do ano passado.
O preço médio foi de US$ 128,9 dólares, com alta de 3,2% no período, disse o Cecafé.
O arábica representou 78,4% do total exportado nesses sete meses, com 18 milhões de sacas, enquanto o robusta representou 2,6 milhões de sacas.
Principais destinos
Os principais destinos do café brasileiro no acumulado de 2020 foram os Estados Unidos (4,3 milhões de sacas), a Alemanha (3,9 milhões) e a Itália (1,8 milhão).
O Cecafé destacou ainda que o Brasil exportou até o momento no ano 3,8 milhões de sacas de cafés "diferenciados", com qualidade superior ou certificados de sustentabilidade, o segundo maior volume embarcado para o período nos últimos cinco anos.
A receita cambial desses negócios somou US$ 625,6 milhões, o equivalente a 21% das dividas geradas pelo Brasil com as exportações de café no ano, segundo a entidade.
Reuters
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