O dólar opera com pequenas variações nesta segunda-feira-feira (10), com investidores de olho no cenário político local e nas negociações entre o Executivo e o Congresso em torno da tramitação de reformas.
Às 14h52, a moeda norte-americana caía 0,04%, a R$ 3,8758. Na máxima do dia até o momento chegou a R$ 3,8989.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,13%, vendida a R$ 3,8775. Na parcial do mês, o dólar acumula queda de 1,20%. No ano. tem alta de 0,09%.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de R$ 10,089 bilhões.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 ficou estável em R$ 3,80 por dólar, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda. Para o fechamento de 2020, permaneceu em R$ 3,80 por dólar.
Cenário político
A tensão política volta a rondar o governo nesta segunda-feira, após uma série de reportagens do site Intercept Brasil revelarem, na véspera, uma suposta colaboração entre o então juiz Sergio Moro e o coordenador da operação Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, destaca a Reuters.
"Internamente o que está pesando não é nem essa incerteza política de reforma da Previdência, da votação orçamentária, é a questão dos desdobramentos que não sabemos quais serão em relação à conversa do Moro", afirmou à Reuters a economista da CM Capital Markets, Camila Abdelmalack.
O mercado também traz no radar a expectativa pela apresentação do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) sobre a reforma da Previdência na comissão especial, o que deve ocorrer na quinta-feira, segundo reportaram jornais.
Cenário externo
No exterior, havia bom humor entre agentes financeiros após Estados Unidos e México chegarem a um acordo na sexta-feira para evitar uma guerra tarifária, com o México concordando em expandir rapidamente um polêmico programa de asilo e enviar forças de segurança para conter o fluxo de imigrantes ilegais da América Central, destaca a Reuters.
A tensão política na cena doméstica, segundo Camila, faz com que o real não seja tão beneficiado quanto outros pares emergentes pelo ambiente mais propício para ativos de risco pelos desdobramentos comerciais entre EUA e México.
Já com relação à disputa entre EUA e China, há expectativa de que ocorra algum avanço mais concreto entre os dois países na reunião de líderes mundiais do G20 no fim do mês, quando os presidentes dos dois países devem se encontrar.
G1
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