O dólar oscila nesta terça-feira (16), após cair na abertura em meio a esperanças de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos para apoiar uma retomada da atividade pós-pandemia.
Às 12h48, a moeda norte-americana subia 0,31%, a R$ 5,1580. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,2110, e na mínima foi a R$ 5,0484.
Nesta segunda-fira, o dólar encerrou o dia em alta de 2%, vendido a R$ 5,1421 – maior cotação desde 2 de junho (R$ 5,2116). No mês, a moeda ainda acumula queda, de 3,64%. No ano, a alta chega a 28,24%.
Cenário externo e interno
Depois de uma segunda-feira difícil para ativos arriscados, o clima nos mercados globais amanheceu mais otimista nesta sessão depois que o Federal Reserve anunciou que começará a comprar títulos corporativos por meio de instrumento de crédito corporativo do mercado secundário nesta terça-feira, uma das várias ferramentas de emergência recentemente lançadas para melhorar o funcionamento do mercado na esteira da pandemia do coronavírus.
No cenário doméstico, permanecem as incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio a um cenário de permanente avanço do número de novos casos diários da Covid-19 e elevadas tensões políticas.
No radar dos investidores na semana está também a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 3% ao ano, e a expectativa do mercado é que a taxa básica deverá cair para a mínima de 2,25% ao ano nesta quarta-feira, com o BC ampliando um esforço emergencial para revigorar a atividade econômica prejudicada pela pandemia de coronavírus.
Na agenda do dia, dados do IBGE mostraram que as vendas do comércio tiveram queda recorde de 16,8% em abril, acima do esperado pelo mercado.
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,48% para um tombo de 6,51%.
O dólar já perdeu muito terreno desde que tocou máximas recordes em meados de maio, mas também recuperou alguma força após ter ficado abaixo de 5 reais pela primeira vez em mais de dois meses na primeira semana de junho.
A projeção do mercado brasileiro para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, caiu de R$ 5,08 para R$ 5 por dólar. Já a estimativa para a inflação em 2020 foi elevada, de 1,53% para 1,60%.
G1
Portal Santo André em Foco
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