O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) — que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos — apresentou uma variação de apenas 0,04% em abril, após ter registrado taxa de 0,49% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com este resultado, o indicador acumula alta de 1,11% no ano e 3,17% nos últimos 12 meses.
Já o IPC-Br, que mede a variação de preços para famílias com renda de um a 33 salários mínimos mensais, registrou deflação de 0,18% em abril. Em 12 meses, porém, a taxa do indicador ficou em 2,60%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.
Ou seja, a inflação em 2020 tem pesado mais no bolso da população com menor renda.
Segundo a pequisa, 7 das 8 classes de despesa do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação em abril: Transportes (-0,08% para -1,87%), Alimentação (1,63% para 1,29%), Educação, Leitura e Recreação (-0,17% para -0,76%), Habitação (0,26% para 0,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,29%), Vestuário (0,00% para -0,24%) e Comunicação (0,16% para 0,05%).
Entre os destaques do mês, a FGV destacou a variação dos itens: gasolina (-1,13% para -6,83%), hortaliças e legumes (13,27% para 5,88%), passagem aérea (-2,25% para -7,26%), móveis para residência (-0,34% para -1,23%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,89% para 0,40%), calçados (0,24% para -0,55%) e tarifa de telefone residencial (0,76% para 0,18%).
Em contrapartida, o grupo Despesas Diversas (0,00% para 0,34%) apresentou avanço em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o item alimentos para animais domésticos (-0,58% para 2,07%).
G1
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