O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte alta nesta terça-feira (7), chegando a disparar mais de 7%, novamente apoiada no sentimento mais positivo nos mercados globais em relação ao ritmo de contágio do Covid-19.
Às 11h37, o Ibovespa subia 6,04%, a 78.550 pontos. Na máxima até o momento chegou aos 79.855 pontos.
Entre os destaques do dia, Qualicorp saltava mais de 7% e MRV subia acima de 6%.
Na véspera, a Bolsa fechou em alta de 6,52%, a 74.072 pontos.
Na sexta, a bolsa recuou 3,76%, a 69.537 pontos. Na parcial do mês, o índice acumula alta de 1,44%. No ano, porém, a queda é de 35,95%.
Cena externa e interna
Nos EUA, as bolsas de Nova York atingiram nesta terça máximas de quase um mês, um dia depois de os três principais índices terem saltado mais de 7%, quando os governadores de Nova Iorque e Nova Jersey disseram que os seus estados estavam a mostrar sinais preliminares de um "achatamento" do surto do vírus.
"A melhora no quadro de mortes relacionadas ao Covid-19 na Europa e nos EUA continua promovendo a volta do apetite pelo risco nos mercados", observou a equipe da Guide Investimentos, em relatório a clientes mais cedo nesta terça-feira.
No Brasil, o setor de varejo surpreendeu e registrou alta das vendas em fevereiro, no melhor resultado para o mês em quatro anos, ainda sem registrar os efeitos do fechamento de lojas e comércios devido às medidas de combate ao vírus. O volume de vendas no varejo teve em fevereiro alta de 1,2% em relação a janeiro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para os analistas da corretora Guide, as disputas internas na política atrapalham, mas a bolsa deve continuar se beneficiando da melhora da dinâmica no exterior.
Na véspera, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que permanecerá no cargo. De acordo com o Blog do Camarotti, Bolsonaro havia decidido demitir o ministro, mas voltou atrás depois da reação de ministros do governo, dos presidentes de Senado e Câmara e de parlamentares.
O Santander Brasil revisou para baixo suas expectativa para o desempenho do PIB neste ano, passando a ver contração de 2,2% em seu cenário-base, ante projeção anterior de crescimento de 1%, devido aos efeitos do coronavírus sobre a atividade.
G1 PB
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