O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, engatava a segunda alta consecutiva nesta sexta-feira (20), em linha com a recuperação nos mercados no exterior, com os mercados avaliando as medidas anunciadas por bancos centrais e governos, que estão prometendo grandes quantidades de dinheiro para amenizar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus.
Às 15h17, o Ibovespa subia 1,27%, a 69.196 pontos. Veja mais cotações.
Entre os destaques de alta, Azul e Gol subiam mais de 20%, após fortes perdas recentes, amparadas em medidas para o setor de aviação civil, além de ações das próprias companhias. Até a quarta-feira, os papéis acumulavam perdas de mais de 80% cada uma.
Já o dólar é negociado em queda, voltando a se aproximar do patamar de R$ 5.
Na quinta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta de 2,15%, a 68.331 pontos, em uma trégua nas fortes quedas recentes, que fizeram o índice tocar mínima intradia desde julho de 2017 mais cedo na sessão da véspera. Na semana, porém, o índice acumula perda de cerca de 17%, com o desempenho no ano negativo em mais de 40%.
Cenário global e doméstico
No exterior, as bolsas europeias saltavam pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira.
A redução do pessimismo se refletia em todos os mercados de ações globais, à medida que diversos países debatem medidas de ajuda financeira direta para empresas e trabalhadores.
"A ação conjunta de governos e bancos centrais promove uma espécie de otimismo cauteloso em meio ao agravamento da crise”, destacou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes.
Para a agência de classificação de risco Moody´s, uma forte contração da economia global, pelo menos no segundo trimestre, se mostra praticamente certa. "A incerteza permanecerá por pelo menos vários meses quanto ao tempo necessário para conter a propagação do vírus e como as empresas e as famílias vão lidar com as perdas financeiras resultantes", destacou.
No Brasil, o governo anunciou na véspera que planeja pagar um auxílio para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e forem afetados pela redução de jornada e salários proposta nesta semana pelo governo federal. Também anunciou que pretende pagar os primeiros 15 dias de afastamento se o trabalhador tiver contraído o coronavírus.
G1 PB
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