Novembro 25, 2024

Saques da poupança superam depósitos em R$ 3,57 bilhões em fevereiro

O Banco Central informou nesta quinta-feira (5) que as retiradas de recursos da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 3,57 bilhões no mês de fevereiro.

Esse foi o segundo mês seguido de retirada líquida de recursos da caderneta de poupança. Em janeiro, R$ 12,356 bilhões já haviam saído da modalidade de investimentos.

Nos dois primeiros meses deste ano, ainda segundo o Banco Central, R$ 15,927 bilhões deixaram a poupança (saques menos depósitos). O valor ficou acima dos R$ 15,253 bilhões retirados no mesmo período de 2019.

A retirada de recursos da poupança acontece em momento de aumento de gastos pelas famílias, com compra de material escolar e férias. Esse movimento foi registrado nos últimos cinco anos.

Volume total de recursos
Com a retirada de recursos no mês passado, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado na poupança, registrou queda em fevereiro.

Em janeiro de 2020, o saldo da poupança estava em R$ 835,614 bilhões. Em fevereiro, recuou para R$ 834,428 bilhões.

Além dos depósitos e dos saques, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança. Em fevereiro deste ano, os rendimentos somaram R$ 2,384 bilhões.

Rendimento da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia para 4,25% ao ano, a caderneta de poupança passou a render menos, assim como outros investimentos em renda fixa, como fundos de investimentos, CDB´s e Tesouro Direto.

Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.

Com a taxa Selic atualmente em 4,25% ao ano, a remuneração da poupança está hoje em 2,975% ao ano, mais Taxa Referencial.

Analistas avaliam ainda que o Tesouro Direto, programa que permite a pessoas físicas comprar títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, pode ser uma boa opção para os investidores que buscam um risco menor.

Uma alternativa para os investidores conseguirem uma remuneração mais alta é a renda variável, ou seja, a bolsa de valores. Nesse caso, porém, o risco assumido é maior, pois pode haver perda de recursos.

A bolsa foi a aplicação financeira que apresentou o maior retorno em 2019, superando até mesmo o investimento em ouro. Entretanto, diante das tensões por conta do coronavírus, o investimento em renda variável tem registrado perdas em 2020.

G1
Portal Santo André em Foco

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