Novembro 25, 2024

Dólar vai a R$ 4,56 no 11º dia de alta, com BC e PIB no radar

O dólar volta a operar em alta nesta quarta-feira (4), batendo pela primeira vez R$ 4,55, de olho na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que registrou alta de 1,1% em 2019, e com os investidores atentos aos próximos passos do Banco Central do Brasil após corte de juros surpresa pelo Federal Reserve.

Às 14h46, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,5614, em alta de 1,12%. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,5624 (novo recorde nominal intradia), e na mínima, a R$ 4,5035.

Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,7495, sem considerar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Já o Ibovespa operava perto da estabilidade nesta quarta-feira, após subir mais de 1% pela manhã.

Na terça-feira, o dólar subiu pela décima sessão seguida, e fechou a R$ 4,5109, renovando o patamar recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), reagindo a medidas contra os efeitos do coronavírus na economia global. Na semana, a moeda acumula alta de 0,67%. No ano, já subiu 12,50%.

Na noite de terça, o Banco Central informou, por meio de nota, que uma análise 'mais precisa' dos efeitos do coronavírus na economia será possível em duas semanas. A nota abriu a possibilidade de uma nova redução da taxa básica de juros (Selic) - atualmente, em 4,25% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá em 17 e 18 de março para deliberar sobre a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.

No mesmo dia, de forma extraordinária, o BC dos Estados Unidos cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país, estabelecida entre 1% e 1,25%, em resposta aos possíveis impactos do coronavírus na economia do país.

Os recentes cortes da Selic a mínimas históricas reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papéis norte-americanos --considerados os mais seguros do mundo. Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa local, o que prejudica o fluxo cambial e recentemente colaborou para a alta do dólar a sucessivas máximas recordes, destaca a Reuters.

Segundo Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus, comentários da presidente do Fed de Cleveland nesta quarta-feira, sugerindo a possibilidade de ainda mais cortes de juros, animavam alguns agentes do mercado.

"O PIB brasileiro não decepcionou tanto, mas também não animou; não tirou muita pressão do dólar, e o mercado segue em espera", disse Laatus à Reuters.

G1
Portal Santo André em Foco

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