Novembro 26, 2024
Arimatea

Arimatea

Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Fundou a Congregação das Filhas da Imaculada Conceição (1865-1942)

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus ou Amábile Lúcia Visitainer nasceu em Vigolo Vattaro, na Itália, no dia 16 de dezembro de 1865. Sua família era muito pobre, mas profundamente cristã. Seus irmãos chamavam-se Ernesto Giovanni e Giuseppina. Em 1875, muito cedo quando ela tinha somente 10 anos de idade, seus pais migraram para o Brasil estabelecendo-se no estado de Santa Catarina, onde havia muita terra para ser colonizada. Depois de fazer a Primeira Eucaristia, aos 12 anos Amabile começou a frequentar a Igreja, presidida pelos sacerdotes jesuítas que haviam chegado na região em 1979. Ela percebeu que era impossível entregar-se totalmente a Deus como era o seu desejo, ficando com a família.

Amábile e sua colega Virgínia Rosa Nicolodi se comoveram ao ver a situação da dona de casa Angela Lúcia Viviani que fora visitar parentes em Vígolo estando gravemente enferma e não podia mais ser transferida para nenhum hospital. Esta senhora foi a primeira doente tratada no casebre que deu origem à congregação das Filhas da Imaculada Conceição e a data da fundação ficou marcada para o dia 12 de Julho de 1890. A obra caritativa e educativa de Madre Paulina foi prosperando e assim em 1895, Amábile e duas companheiras, fizeram os primeiros votos religiosos, recebendo o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. A congregação se estabelecera em Nova Trento, SC, tendo recebido anteriormente a aprovação da Congregação pelo bispo de Santa Catarina e de Curitiba.

Em 1903 com o apoio do padre Luigi Maria Rossi, jesuíta, fundou uma casa em São Paulo. Nesta mesma oportunidade foi eleita madre geral da Congregação, porém, seis anos depois, foi deposta deste cargo pelo Arcebispo de São Paulo. Ela aceitou com humildade as decisões do prelado, conformando-se por ser vontade de Deus. Madre Paulina viveu sempre um grande espírito de humildade, numa profunda intimidade com Jesus.

Madre Paulina ficou gravemente enferma 1938 quando também foi acometida pela cegueira, em consequência da diabetes. Cada dia mais frágil fisicamente, mas a sua santidade e vida em Deus, cresciam aos olhos de todos. Ela viveu doando-se a todos sem olhar quem necessitasse de sua ajuda preciosa. Madre Paulina viveu para Deus, amava os seus irmãos e de qualquer forma queria ajudá-los. Aceitava também com amor e resignação os sofrimentos que apareciam em consequência da sua saúde fragilizada. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus faleceu no dia 9 de julho de 1942.

Vígolo é a pequena vila de Nova Trento situada em Santa Catarina. Até hoje centenas de pessoas curadas sobem os degraus do novo Santuário de Santa Paulina para agradecer os benefícios alcançados. A cura de uma pessoa foi a prova necessária para que João Paulo II a beatificasse, no ano de 1991. O milagre exigido pela Igreja para sua canonização aconteceu no dia 19 de março de 2002, pelo mesmo papa João Paulo II. A festa litúrgica de Santa Paulina é celebrada pela Igreja no 10 de julho.

COMECE O DIA FELIZ
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O plenário da Câmara dos Deputados começa nesta terça-feira (9) a discussão da proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19). Aprovada na madrugada de sexta-feira (5) na Comissão Especial, após 16 horas de debates, o texto precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação para ir à análise do Senado.

Com a aprovação na comissão, as negociações para votação no plenário se intensificaram. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem recebido líderes partidários, após um fim de semana de conversas na residência oficial da Presidência da Casa. Nesta terça, às 9h, será realizada uma reunião do colégio de líderes.

Otimista com a aprovação da matéria, Rodrigo Maia afirmou que a elaboração do texto que será analisado a partir de hoje se deve à capacidade de diálogo e ao equilíbrio do Congresso.

“Vamos viver uma semana decisiva. O grande desafio nosso é a votação no plenário. Temos que mobilizar um número enorme de parlamentares, deputados, deputadas, para um tema que é fundamental e decisivo, mas a gente sabe que foi uma construção”, disse Maia em um podcast publicado em suas redes sociais.

No domingo (7), após encontro com Rodrigo Maia, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também demonstrou otimismo com a possibilidade de aprovação da PEC. Na análise do ministro, a proposta deve receber cerca de 330 votos favoráveis.

“Temos um cálculo realista ao redor de 330, com o pé bem no chão, caminhamos para ter algo em torno de 330 e pode ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser possível”, afirmou.

Tramitação
Para acelerar o processo de tramitação da reforma, é possível que os deputados aprovem um requerimento para quebrar esse interstício. “Dependendo de quando começa o processo de discussão, talvez não seja necessário [a quebra]. Se for necessário, os partidos da maioria e o partido do governo têm votos para quebrar [o interstício] e vamos trabalhar para ter votos para a aprovação da emenda”, disse Rodrigo Maia.

Entre o primeiro e o segundo turno de votação também é necessário um interstício, de cinco sessões. Segundo Maia, caso haja “vitória contundente” no primeiro turno há “mais respaldo político para uma quebra [do interstício] do primeiro para o segundo [turno]".

Se validado pelos deputados, o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.

Economia
Pelo texto aprovado na comissão especial, o impacto fiscal corresponderá a R$ 1,074 trilhão no período de 10 anos. A estimativa inclui a redução de despesas de R$ 933,9 bilhões e o aumento de receitas (por meio de alta de tributos e fim de isenções) de R$ 137,4 bilhões. A proposta original, enviada pelo governo em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,236 trilhão em uma década, mas não incluía elevação de receitas.

Oposição
Apesar do otimismo do presidente da Câmara e do governo, partidos de oposição trabalham para inviabilizar a aprovação da medida. Na avaliação da líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), ainda não há o número necessário de votos para aprovação da medida no plenário.

“Na nossa avaliação, eles não têm mais de 260 votos. Estamos mapeando todas as bancadas e todos os partidos e temos hoje uma posição muito favorável a não aprovação da reforma. Nós estamos trabalhando para garantir a não aprovação e o alargamento desse cronograma”, afirmou Jandira.

Parlamentares de partidos da oposição já adiantaram que usarão o “kit obstrução” para tentar adiar a votação da proposta. O objetivo é inviabilizar a análise do texto antes do recesso legislativo, que começa no dia 18 de julho.

PSB
Nessa segunda-feira (8), o PSB Nacional anunciou o fechamento de questão contra a proposta. A decisão vincula a votação dos 32 deputados que compõem a bancada na Câmara e também se estenderá aos três senadores da sigla. O parlamentar que descumprir a decisão pode sofrer sanções que vão desde a censura até a expulsão do partido.

Pela resolução aprovada por ampla maioria, o partido considera que a proposta “imporá medidas cruéis aos trabalhadores mais sofridos e às classes médias de nosso país”, “diminuirá o poder de compra dessa parcela da população” e “agravará o principal problema brasileiro, que é a acintosa desigualdade que se verifica entre os brasileiros”.

Agência Brasil
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Os ministros Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, foram exonerados nesta terça-feira (9). Eles voltarão à Câmara dos Deputados para votar a proposta de reforma da Previdência. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União.

O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, antecipou na segunda-feira (8) que os ministros de Estado que têm mandato na Câmara dos Deputados seriam exonerados temporariamente para que eles possam participar da votação em plenário.

Além de Lorenzoni e Marcelo Álvaro, o governo conta com mais dois ministros com mandato na Câmara: Tereza Cristina (Agricultura) e Osmar Terra (Cidadania). Até a publicação desta reportagem, porém, não havia sido publicada a exoneração de Tereza Cristina. Osmar Terra não voltará à Câmara porque o seu suplente, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), é favorável à reforma.

Onyx e Tereza Cristina são filiados ao DEM; Antônio é filiado ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro; e Terra é do MDB.

"Os ministros que têm mandato já estão liberados para participar da votação. O presidente entende que a presença deles em plenário há de reforçar a presença do governo em plenário", disse o porta-voz durante o briefing diário à imprensa no Palácio do Planalto.

As assessorias de Onyx Lorenzoni, Tereza Cristina e Marcelo Álvaro Antônio confirmaram que os ministros deixariam temporariamente o cargo para participar da votação.

O suplente de Onyx é o deputado Marcelo Brum (PSL-RS); a suplente de Tereza Cristina é a deputada Bia Cavassa (PSDB-MS) e o suplente de Álvaro Antônio é Enéias Reis (PSL-MG).

Durante a votação na comissão especial da reforma da Previdência, PSL, MDB e PSDB votaram favoravelmente à proposta.

Porta-voz diz que governo confia em aprovação
Na conversa com a imprensa, o porta-voz da Presidência ressaltou a confiança do governo na aprovação da proposta de reforma da Previdência.

Segundo Rêgo Barros, nas conversas que ministros mantiveram com deputados, o clima é de confiança na aprovação da PEC na Câmara ainda nesta semana.

"O presidente [da Câmara] Rodrigo Maia está confiante que os dois turnos de votação no plenário sejam concluídos ainda nessa semana", disse o porta-voz.

Sobre eventuais mudanças que o governo desejaria no relatório que será votado, o porta-voz repetiu o que tem dito nos últimos dias. Segundo ele, apesar de o presidente ter suas "percepções pessoais" sobre pontos que poderiam ser aperfeiçoados, Bolsonaro entende que a responsabilidade é do Congresso Nacional.

Questionado especificamente sobre mudanças para flexibilizar a aposentadoria de integrantes de carreiras policiais, que Bolsonaro defendeu publicamente, Rêgo Barros afirmou que, apesar de o presidente entender as "peculiaridades" dessas carreiras, ele defende que cada deputado vote de acordo com a sua consciência.

"O presidente gostaria de ratificar a importância que ele atribui ao trabalho dos órgãos de segurança pública, em especial aos órgãos de segurança federais, ele entende as suas peculiaridades, até porque as vivencia também em família e pelo conhecimento de quase 28 anos de mandato, mas ele também entende que o Congresso tem neste momento o condão para decidir o que é melhor sob o ponto de vista da casa que legisla para que a nova Previdência seja o mais rápido possível aprovada", afirmou.

"O presidente tem as suas percepções pessoais, mas entende que, neste momento, [mudar o relatório] é de responsabilidade da Câmara", concluiu o porta-voz.

G1
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A líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse nesta segunda-feira (8) que, embora não seja impossível, "não é grande" a chance de inclusão de servidores estaduais e municipais na reforma da Previdência durante discussão e votação no plenário da Câmara.

O texto original da proposta de emenda à Constituição (PEC) enviado em fevereiro à Câmara pelo Executivo incluía estados e municípios na reforma. Mas essa parte foi retirada durante a tramitação na comissão especial criada para analisar o tema. A comissão aprovou o texto do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e agora a proposta será submetida ao plenário da Câmara. A discussão deve começar nesta terça-feira (9).

Houve uma articulação com governadores, conduzida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a fim de que esse ponto fosse reincluído, sem sucesso.

"Eu acho que a chance não é grande. A chance não é grande porém não é impossível, não", disse Joice Hasselmann ao chegar para uma reunião com Maia e líderes partidários na residência oficial da presidência da Câmara.

Segundo informou o blog de Valdo Cruz, governadores estão sendo orientados por líderes partidários a priorizar o Senado na tentativa de reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência.

A avaliação, de acordo com o blog, é que, neste momento, se o tema for levado ao plenário da Câmara, o risco é o de a reforma perder votos, em vez de ganhar, o que prejudicaria a votação ainda antes do recesso parlamentar.

Joice Hasselmann afirmou ainda que trabalha para que o PSL, partido dela e do presidente da República, Jair Bolsonaro, não apresente destaques (sugestões para alterar o texto), a fim de não atrasar a votação da matéria no plenário.

"Estou trabalhando para que não. Tenho conversado com o presidente do partido, com o líder do partido, para que não haja destaque. Porque a gente precisa focar em aprovar esse texto. Chega, já deu. A gente tem que aprovar esse negócio", disse.

Durante a tramitação do texto na comissão, o PSL chegou a apresentar um destaque a fim de afrouxar as regras para os policiais, mas sem sucesso, embora a negociação tenha contado com o envolvimento do próprio presidente Jair Bolsonaro. Joice Hasselman afirmou que, ainda que o presidente seja a favor das mudanças, será preciso "combinar com o Congresso".

"O presidente [Bolsonaro] quer que avance, nós queremos que avance. Mas tem que combinar com o Congresso. Avançar é conseguir fazer alguma coisa que seja pela categoria, porém que não ofenda os outros que estão contribuindo. Não podemos simplesmente retirar uma categoria do processo ou manter paridade, integralidade para uma única categoria. O presidente já fez alguns acenos, mas a categoria não aceitou, especialmente os policiais federais", afirmou a deputada.

Pressão de policiais
Em entrevista a jornalistas na noite desta segunda, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também disse que o governo "está trabalhando" para que aliados não apresentem destaques (propostas de alteração no texto).

Questionado por repórteres sobre a pressão de policiais e agentes penitenciários para serem retirados da reforma previdenciária, Onyx afirmou que a atual versão assegura a integralidade (direito a se aposentarem com o último salário) para integrantes da PF, da PRF, da Polícia Civil do DF e das polícias legislativas que estiverem em atividade até a promulgação da PEC, desde que atendam à idade mínima de 55 anos.

"Existe um artigo na proposta que garante a integralidade para todas as categorias que estão presentes na lei complementar 51 de 1985. Essas categorias são PF, PRF, a Polícia Civil do DF e as polícias legislativas. Esse direito vai estar garantido desde que amanhã a gente tenha a votação em primeiro turno da PEC. Até a data da promulgação desta PEC, todos os que estão na ativa serão afetados por esse dispositivo", argumentou o chefe da Casa Civil.

Na mesma linha, Joice afirmou que o texto de Samuel Moreira "atende à questão da integralidade para os policiais". A líder do governo na Câmara disse que explicou essa questão ao líder do PSL na Casa, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), e que ele ficou de conversar com a bancada.

Representantes dos policiais defendem a aprovação de um destaque que possibilitaria que os integrantes das carreiras ligadas à segurança pública passassem a ter a possibilidade de se aposentar com os seguintes critérios:

  • Mulheres: 52 anos de idade, 25 anos de contribuição, 15 anos de atuação no cargo
  • Homens: 55 anos de idade, 30 anos de contribuição, 20 anos de atuação no cargo
  • cumprimento de pedágio de 17% na regra de transição (igual ao previsto para os militares das Forças Armadas)
  • direito à integralidade (possibilidade de se aposentar com o último salário do período de atividade) e à paridade (direito a reajuste na mesma proporção e no mesmo período em que ocorrer para servidores da ativa) na concessão da aposentadoria
  • integralidade no valor da pensão por morte decorrente do exercício do cargo e no caso de incapacidade permanente para o trabalho

Um destaque com esse teor foi rejeitado durante a análise da reforma na comissão especial.

Votos
Para Joice Hasselmann, a reforma da Previdência será aprovada em dois turnos na Câmara até o fim desta semana com um placar de pouco mais de 340 votos.

“Até sexta-feira, a gente tem a Previdência aprovada todinha na Câmara. Segundo turno também”, afirmou.

Ao chegar para a reunião, o líder do PP, Arthur Lira (AL), se mostrou mais cauteloso e não quis arriscar dizer se a reforma será aprovada até o fim desta semana.

"Se tudo correr bem, pode começar a votar na quarta-feira. No máximo, amanhã [terça] à noite, mas não garantia que se termine. Ninguém pode dizer como é que vem a obstrução, como é que vai ser essa questão toda", afirmou.

Sobre o mapa de votos para aprovar a matéria, Lira desconversou e afirmou não ter o cálculo, mas fez uma crítica indireta ao atual governo ao compará-lo com a reforma aprovada na comissão no governo Michel Temer.

"Eu tenho a impressão de que o governo deve estar monitorando isso. Cada líder está tomando conta da sua bancada. Eu não estou vendo, por enquanto, nessa Previdência, o monitoramento de votos como a gente tinha no governo passado, em que a gente sabia exatamente como votava, que partido votava", disse.

G1
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Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (9) pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostra os seguintes percentuais de apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro:

  • Contra: 44%
  • A favor: 47%
  • Não sabe: 6%
  • Indiferente: 3%

A pesquisa foi realizada nos dias 4 e 5 de julho com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro.

Na pesquisa anterior do instituto, realizada em abril, os resultados foram os seguintes:

  • A favor: 51%
  • Contra: 41%
  • Não sabe: 7%
  • Indiferente: 2%

A queda na rejeição e o crescimento do apoio à reforma entre abril e julho ocorreram entre homens e mulheres, e em todas as faixas de idade, escolaridade e renda familiar, segundo o Datafolha (veja nos recortes abaixo).

Após cinco meses de tramitação, a proposta do governo deve começar a ser discutida – e, para parlamentares mais otimistas, votada – no plenário da Câmara dos Deputados.

Para garantir votos, o governo exonerou dois dos quatro ministros que também são deputados, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo). Tereza Cristina (Agricultura) também deve deixar o cargo provisoriamente. Apenas Osmar Terra (Cidadania) informou que não voltará à Câmara, pois seu suplente, Darcísio Perondi (MDB-RS), é favorável à reforma.

Por sexo
Homens

  • A favor: 57% (eram 48% em abril)
  • Contra: 38% (eram 45%)

Mulheres

  • A favor: 39% (eram 34%)
  • Contra: 50% (eram 56%)

Por faixa etária
16 a 24 anos

  • A favor: 41% (eram 37%)
  • Contra: 50% (eram 50%)

25 a 34 anos

  • A favor: 43% (eram 37%)
  • Contra: 50% (eram 56%)

35 a 44 anos

  • A favor: 44% (eram 41%)
  • Contra: 50% (eram 50%)

45 a 59 anos

  • A favor: 53% (eram 40%)
  • Contra: 38% (eram 52%)

60 anos ou mais

  • A favor: 54% (eram 48%)
  • Contra: 36% (eram 41%)

Escolaridade
Fundamental

  • A favor: 51% (eram 42%)
  • Contra: 39% (eram 47%)

Médio

  • A favor: 44% (eram 40%)
  • Contra: 47% (eram 52%)

Superior

  • A favor: 48% (eram 40%)
  • Contra: 48% (eram 54%)

Faixa de renda
Até 2 salários mínimos

  • A favor: 43% (eram 37%)
  • Contra: 47% (eram 53%)

Mais de 2 salários mínimos

  • A favor: 48% (eram 41%)
  • Contra: 46% (eram 51%)

Mais de 5 a 10 salários mínimos

  • A favor: 55% (eram 47%)
  • Contra: 40% (eram 46%)

Mais de 10 salários mínimos

  • A favor: 69% (eram 50%)
  • Contra: 26% (eram 47%)

G1
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O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta segunda-feira (8) 11 empresas e 42 pessoas por formação de cartel em licitações públicas de trens e metrôs em, pelo menos, 26 projetos nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

Prática considerada crime, o cartel se configura quando empresas concorrentes se associam para fixar preços ou dividir mercados com o objetivo de eliminar a concorrência ou aumentar os preços dos produtos.

O tribunal do Cade decidiu aplicar multas para as empresas envolvida no esquema de cartel que somam R$ 515,59 milhões. Já a multa determinada pelo conselho às 42 pessoas físicas envolvidas nas irregularidades atinge R$ 19,52 milhões.

Além disso, os conselheiros do Cade também decidiram que a Alstom Brasil Energia – acusada de ser a líder do cartel de trens e metrôs – seja proibida de participar de licitações, por cinco anos, para fornecimento e manutenção junto às administrações públicas federais, estaduais e municipais.

O tribunal do Cade emitiu ainda uma recomendação aos órgãos públicos para que a Alstom, a Bombardier Transportation Brasil e a CAF Brasil Indústria e Comércio não sejam beneficiadas, por cinco anos, por programas de parcelamento tributários e programas de subsídios públicos.

As empresas condenadas
Ao votar, o relator do caso, conselheiro João Paulo Resende, propôs a condenação de 12 empresas. No entanto, durante o julgamento, o conselheiro Maurício Bandeira Maia propôs a retirada da Serveng-Civilsan Empresas Associadas de Engenharia.

Como o voto de Bandeira Maia foi seguido pela conselheira Polyanna Vilanova e pelo presidente do Cade, Alexandre Barreto, a Serveng-Civilsan acabou absolvida.

Veja abaixo a lista das empresas condenadas pelo Cade:

  • Alstom Brasil Energia
  • Bombardier Transportation Brasil
  • CAF Brasil Indústria e Comércio
  • MGE Equipamentos e Serviços Rodoviários
  • IESA Projetos Equipamentos e Montagens
  • Mitsui & Co Brasil
  • MPE - Montagens e Projetos Especiais
  • TC/BR Tecnologia e Consultoria Brasileira
  • TTrans Sistemas de Transportes
  • Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços
  • Temoinsa do Brasil

Entenda o caso
O caso do cartel de trens e metrôs começou a ser investigado com base nas informações reveladas em acordo de leniência (uma espécie de delação premiada de empresas) entre o Cade e a multinacional alemã Siemens. Seis ex-executivos da companhia colaboraram com as investigações.

De acordo com o Cade – órgão responsável pelo combate a abusos do poder econômico –, as empresas alvo do processo dividiram concorrências e combinaram valores de propostas apresentadas em licitações.

Ainda segundo as investigações, as fraudes incluíram institutos formalmente legais – como a formação de consórcio e a subcontratação – para dar uma aparência de competição ao cartel.

Em dezembro, a Superintendência-Geral do Cade solicitou a condenação de 16 empresas acusadas de envolvimento no esquema. Na ocasião, o parecer do órgão apontava que as empresas envolvidas no suposto cartel e os funcionários suspeitos de operar o esquema interferiram no resultado das licitações em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.

No acordo de leniência, os representantes da Siemens revelaram que os contatos entre as empresas que disputavam as licitações de trens e metrôs ocorriam, pelo menos, desde 1998. O objetivo desta aproximação, conforme os delatores da Siemens, era eliminar a competição em licitações públicas de projetos do sistema ferroviário.

'Único e amplo cartel'
O relator do processo afirmou nesta segunda-feira, ao apresentar o voto no plenário do Cade, que concordava com o entendimento da Superintendência-Geral do órgão de que o caso se trata de um "único e amplo cartel", apesar de se tratar de várias licitações em diferentes estados.

João Paulo Resende destacou ainda que, na avaliação dele, o cartel era comandado pela empresa Alstom.

"Quanto à liderança do cartel, eu entendo que tal papel era evidentemente ocupado pela Alstom. A empresa iniciava e incentivava a prática do cartel", enfatizou.

A proposta inicial de João Paulo Resende previa a aplicação de uma multa maior às empresas acusadas de cartel. Ele havia proposto a cobrança de R$ 968,61 milhões das empresas e R$ 22,54 milhões das pessoas físicas envolvidas no esquema criminoso.

G1
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou por unanimidade nesta segunda-feira (8) um acordo com a Petrobras para estimular a concorrência no mercado de gás natural e, consequentemente, promover uma abertura no setor.

Pelo acordo, a estatal se compromete a uma série de ações para minimizar condutas anticompetitivas no setor. Em contrapartida, o Cade vai arquivar investigações sobre a estatal na área. Até que a Petrobras cumpra os compromissos assumidos no acordo, as investigações ficarão suspensas.

Entre as ações que a Petrobras se comprometeu a executar estão:

  • vender as transportadoras Nova Transportadora do Sudeste (NTS, com participação da Petrobras de 10%), Transportadora Associada de Gás (TAG, com participação de 100%) e Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG, com participação de 51%)
  • alienar sua participação acionária indireta em companhias distribuidoras, seja alienando suas ações na Gaspetro, seja buscando a alienação da participação da Gaspetro nas companhias distribuidoras.
    O desinvestimento deve ser concluído até o fim de 2021, com possibilidade de ser estendido por mais um ano.

O presidente do Cade e relator do processo, Alexandre Barreto de Souza, afirmou que as medidas serão realizadas “em cronograma factível”, a ser estabelecido em conjunto pelo conselho e a empresa. A previsão é que o desinvestimento da Petrobras se conclua até o fim de 2021, mas o prazo pode ser estendido por mais um ano.

Barreto de Souza disse ainda que o acordo vai ampliar o mercado de gás natural "a novos agentes econômicos e a investimentos nacionais e internacionais, em vários níveis da cadeira produtiva"

O acordo é considerado pelo governo um ponto essencial para a abertura do mercado de gás e para a redução dos preços. Numa reunião no fim de junho, o Conselho de Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução com medidas para abrir o setor. Algumas das ações previstas são atendidas pelo acordo homologado pelo Cade nesta segunda.

Atualmente a Petrobras é responsável por 77% da produção nacional de gás e é responsável por 100% da importação. A empresa detém toda a capacidade na malha de transporte e participação acionária em todos os dutos de transporte. A empresa é sócia de 20 das 27 distribuidoras de gás.

"A Petrobras está empenhada em sair do transporte e distribuição de gás", disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, após a sessão do Cade.

Reflexo no preço da energia elétrica
O governo diz que, com a abertura do mercado, o preço do gás natural poderá cair e, consequentemente, o preço da energia elétrica. Isso porque parte das usinas térmicas usam o combustível para gerar eletricidade.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, mais de 80% do gás natural são consumidos pela indústria e por usinas térmicas. Em março deste ano, por exemplo, os consumidores residenciais responderam por 1% da demanda, e os automóveis, 9%.

G1
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Quem nunca ouviu falar na infância que é importante tomar leite para fortalecer os ossos?

A teoria faz algum sentido. Leite contém cálcio. E o cálcio é conhecido por melhorar a densidade mineral óssea.

Mas demonstrar uma relação conclusiva entre o consumo de leite e a posse de ossos fortes é mais difícil do que parece.

O estudo ideal analisaria dois grupos com um número significativo de participantes - um deles tomaria uma grande quantidade de leite diariamente por várias décadas, enquanto o outro beberia algum tipo de placebo. Obviamente, isso é muito complexo de colocar em prática.

Em vez disso, o que podemos fazer é pegar milhares de pessoas, perguntar a elas a quantidade de leite que consumiram ao longo dos anos e, na sequência, monitorá-las por pelo menos uma década para ver se quem bebe leite regularmente é menos propenso a sofrer fraturas com o passar dos anos.

Este foi o método utilizado por uma pesquisa publicada em 1997 pela Universidade Harvard, nos EUA. Os cientistas acompanharam 77 mil enfermeiras por dez anos. E não encontraram nenhuma diferença significativa no número de fraturas de braço ou quadril entre as participantes que bebiam um copo de leite por semana ou menos e aquelas que tomavam dois ou mais.

Quando a equipe fez um estudo semelhante com 330 mil profissionais de saúde do sexo masculino, mais uma vez o consumo de leite não pareceu fazer diferença nas taxas de fratura.

Foram realizados ainda estudos clínicos randomizados controlados em que a dieta dos participantes era propositadamente fortificada com cálcio - muitas vezes por meio do consumo de leite.

Em 2015, uma equipe de pesquisadores da Nova Zelândia revisou, combinou e reanalisou 15 estudos deste tipo. E descobriu que durante dois anos foi registrado um aumento na densidade mineral óssea, mas após esse período o crescimento parou.

Uma alternativa seria tomar suplementos de cálcio. Diante do receio de efeitos colaterais decorrentes da ingestão de suplementos no longo prazo, a mesma equipe na Nova Zelândia combinou os dados de 51 estudos randomizados controlados para avaliar se os benefícios superavam eventuais riscos.

Mais uma vez, eles constataram que o reforço no fortalecimento dos ossos é interrompido após um ano ou dois, e que os suplementos de cálcio só eram capazes de retardar - em vez de impedir - a perda de densidade mineral óssea na velhice.

E concluíram que isso provavelmente se traduziria em apenas uma pequena redução em termos de taxas de fratura.

Estudos internacionais
Quando diferentes países examinaram os mesmos dados, chegaram a conclusões muito diferentes sobre a ingestão diária recomendada de cálcio. Os EUA, por exemplo, recomendam tomar três copos de 227 ml por dia, quase o dobro do Reino Unido ou da Índia.

Para confundir ainda mais, em 2014 foram publicados os resultados de dois grandes estudos suecos que ganharam as manchetes dos jornais ao dizer que tomar mais de três copos de leite por dia - mais do que a maioria das pessoas bebe - não só não favorecia os ossos, como poderia até fazer mal.

Para esse estudo, pesquisadores da Universidade de Uppsala e do Instituto Karolinska, ambos na Suécia, elaboraram questionários para os participantes responderem sobre o consumo de leite em 1987 e, novamente, em 1997. Em 2010, eles analisaram as taxas de mortalidade.

As pessoas ficaram alarmadas ao saber que beber um copo de leite por dia parecia estar associado tanto com mais fraturas quanto mortes precoces.

Mas antes de jogar o leite fora, há algumas ressalvas importantes.

Nos estudos suecos, os participantes foram obrigados a estimar seu consumo de leite durante os anos anteriores, o que não é uma tarefa fácil. É difícil saber o quanto você toma de leite com cereal, no chá ou na comida.

O estudo também levanta a eterna questão da correlação versus causalidade. Talvez as mulheres que sabiam que tinham osteoporose bebessem deliberadamente mais leite na esperança de fortalecer seus ossos.

O estudo não mostrou que tomar leite estava sem dúvida causando as fraturas. E para complicar ainda mais a situação, a equipe sueca descobriu que o consumo de queijo e iogurte estava associado a menores taxas de fratura.

Os próprios pesquisadores deixaram claro que seu estudo precisaria ser replicado antes de ser usado como base para eventuais recomendações alimentares. Outros advertiram que a população deve ser cautelosa em mudar seus hábitos de consumo a partir destes resultados.

Então, até sabermos mais, as evidências atuais sugerem que não tem problema continuar a beber leite, se você gosta. Provavelmente apresenta benefícios para a saúde dos ossos, embora esses benefícios sejam menores do que você esperava.

Também vale a pena fortalecer seus ossos por meio de outros métodos, como exercícios físicos, e obter vitamina D suficiente a partir da alimentação, da luz solar ou (dependendo de onde você mora) de suplementos durante o inverno.

Observação: Todo o conteúdo desta reportagem é fornecido apenas para informação geral e não deve ser tratado como um substituto para a orientação médica de um profissional de saúde.

BBC
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Apesar de existir uma vacina segura e barata contra a doença, o sarampo ainda causa mais de 100 mil mortes por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a doença havia sido completamente erradicada em 2016, mas voltou com força em 2018 graças à diminuição da cobertura de vacinação.

Em 2018, foram mais de 10 mil casos de sarampo confirmados no país todo, de acordo com o Ministério da Saúde. E neste ano, até 5 de junho, o Brasil registrou 123 casos.

Quem é vacinado está imunizado e não corre o risco de contrair a doença. "Basta não estar imunizado e você tem risco de se contaminar", afirma a médica Lessandra Michelin, coordenadora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Mas há um grupo grande de pessoas que não podem receber a vacina por causa de eventuais riscos à saúde. Entre eles, crianças menores de um ano, pessoas com o sistema imunológico comprometido, grávidas e idosos que não foram vacinados antes e pessoas com alguns tipos de alergia.

O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Ele é transmitido da mesma forma que o vírus da gripe, de pessoa para pessoa, através do contato direto e pelo ar. O vírus pode ficar no ar ou em superfícies por horas.

Segundo a Organização Pan Americana de Saúde (Opas), os sintomas mais comuns são tosse persistente, febre, corrimento no nariz, irritação nos olhos e mal-estar extremo. Logo depois do surgimento desses sintomas iniciais, também costumam aparecer manchas avermelhadas na pele do rosto, que progridem para as pernas, e manchas brancas dentro da bochecha. Também podem ocorrer febre, conjuntivite, convulsões e perda do apetite.

"Doenças respiratórias, como resfriados, não tem como sintomas irritação nos olhos e manchas na pele e na boca. Então a presença desses sintomas, em conjunto com a tosse, a coriza ou a febre deve ser um sinal de alerta", explica Michelin.

Nesse caso, diz a infectologista, é extremamente importante procurar um médico.

Casos graves de sarampo sem tratamento podem ter consequências que afetam a pessoa para o resto da vida – desde cegueira e perda auditiva a danos cerebrais permanentes, diz a Opas.

"O risco da doença levar a complicações de saúde - e até mesmo à morte - é maior em crianças pequenas, mas eu já vi acontecer com pessoas em diversas situações", diz ela.

O sarampo ainda é uma grande causa de mortalidade infantil em muitos países de baixa renda, apesar de se acreditar que a vacina evitou mais de 20 milhões de mortes entre 2000 e 2017

  • Sintomas
  • Tosse persistente
  • Corrimento no nariz
  • Irritação nos olhos
  • Mal-estar
  • Febre
  • Conjuntivite
  • Convulsões
  • Perda do apetite
  • Manchas avermelhadas na pele do rosto
  • Manchas brancas dentro da bochecha

Embora a doença não tenha um tratamento específico - como antivirais que combatam especificamente vírus do sarampo - o acompanhamento médico, a ingestão de líquidos e o controle da febre são importantes para evitar complicações.

Entre essas complicações podem estar meningite e pneumonia, por isso o acompanhamento médico para monitorar o avanço da doença é importante, explica Michelin.

Calendário de vacinação
Para evitar a doença, é importante seguir o calendário de vacinação em crianças disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

A vacina contra sarampo faz parte da tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), cuja primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade. A segunda dose deve ser tomada entre os 12 e 19 anos. Aos 15 meses, deve ser tomada a vacina tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), em dose única. As vacinas estão disponíveis de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).

Se você não sabe se já tomou a vacina porque não tem o registro de sua vacinação na infância, deve se vacinar mesmo assim - uma dose adicional não gera nenhum tipo de risco para a saúde, explica Michelin.

A vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas que receberam transplante ou que estejam com o sistema imunológico deprimido. Pessoas acima de 60 anos devem consultar um médico.

Pessoas que sofrem de alergias devem procurar um médico ou serviço de saúde para saber se podem ou não tomar a vacina. "A maioria das alergias - a antibióticos, certos tipos de comida - não tem nada a ver com a vacina", diz Michelin.

Porque a cobertura de vacinação caiu?
A partir dos anos 1980, quando a vacina contra sarampo se tornou amplamente usada, o número de casos caiu significativamente no mundo – alguns países conseguiram até erradicá-lo. O Brasil ganhou o certificado em 2016, para perdê-lo dois anos depois.

Antes da ampla utilização da vacina, grandes epidemias de sarampo aconteciam de tempos em tempos. No Brasil, por exemplo, houve mais de 129 mil casos de sarampo notificados em 1986.
Nos anos 1970, havia cerca de 2,6 milhões de morte por sarampo no mundo a cada ano.

Nos últimos anos, a doença tem voltado a se espalhar pelo mundo, sem chegar, no entanto, aos níveis históricos. Houve um aumento de 31% nos casos em 2017 na comparação com o ano anterior, levando a cerca de 110 mil mortes no mundo todo.

De acordo com o Unicef (braço da ONU para a infância), 98 países registraram um aumento de casos de sarampo em 2018, com quase três quartos disso ocorrendo em 10 países.

Os novos surtos de sarampo ocorrem em locais onde a cobertura da vacinação tem caído, ou seja, onde não houve o chamado efeito de "imunização de rebanho", em que o alto número de vacinados impede que a doença alcance os não vacinados.

Os motivos da queda na vacinação variam muito de um lugar para o outro.

O movimento antivacinação influenciou muitas pessoas em partes dos Estados Unidos e da Europa. Apesar de abundantes evidências científicas a favor da vacinação, os chamados antivaxxers acreditam que vacinas são desnecessárias ou prejudiciais.

No Brasil e em países em desenvolvimento, esse movimento ainda é muito pequeno e tudo indica que a diminuição da cobertura de vacinação resultou de uma conjunção de fatores.

De acordo com dados do Datasus, coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização. No caso da tríplice viral, a segunda dose da vacina não bate a meta de vacinação, de 95%, desde 2012.

Segundo o Unicef, não há evidências suficientes para apontar um único culpado, mas as hipóteses apontam para o desfinanciamento do SUS - por causa da PEC do Teto dos Gastos -, que gerou uma diminuição nas campanhas de conscientização e diminui a disponibilidade de vacinas em algumas regiãos.

"Pode ter a ver também com mudanças sociais, culturais e econômicas no mundo, como as dificuldades das famílias em imunizarem as crianças em horário comercial", disse a chefe da área de Saúde e HIV do Unicef no Brasil, Cristina Albuquerque, à BBC News em fevereiro.

BBC
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O curso intensivo do programa "Se Liga No Enem" está com inscrições abertas para 300 estudantes. As vagas são destinadas a alunos da rede estadual de ensino em João Pessoa, Guarabira e Campina Grande.

As aulas para o preparatório serão presenciais e começam dia 15 de julho, de segunda a quinta-feira, das 19h às 21h30. Os participantes terão direito a revisão presencial, material didático, acesso à plataforma para revisão online, simulados preparatórios, núcleo de redação, ferramenta de gestão de desempenho e a presença no Se Liga no Enem Festival.

Em João Pessoa, as aulas acontecerão no Liceu Paraibano, no Centro da cidade, e no Centro de Formação de Educadores Professora Elisa Bezerra Mineiros, no bairro de Mangabeira; em Guarabira será na Escola Cidadã Integral Técnica Emiliano Cristo; e em Campina Grande, na Escola Normal Estadual Padre Emídio Viana.

Os ex-alunos da rede estadual de ensino também podem participar do preparatório, na modalidade semipresencial. As inscrições também são pelo site.

G1 PB
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