O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (16) que as pessoas ligadas ao agronegócio nunca tiveram um Plano Safra como o do governo dele e, em seguida, questionou o motivo de o setor estar reclamando dos recursos liberados ao segmento.
"O agronegócio está reclamando do quê? Porque a verdade é o seguinte: nunca antes na história do Brasil o agronegócio teve o Plano Safra que teve no nosso governo", questionou Lula.
"Eu duvido eles mostrarem que, em algum momento, alguém tratou eles com a decência e o respeito que nós tratamos, eu e a Dilma [Rousseff]. E nunca pedimos um favor, e não vou pedir. Eles que falem o que quiser, façam o que quiser. Eu ajudo porque a agricultura é importante para esse país e para o mundo", prosseguiu o presidente.
O Plano Safra foi lançado pelo governo no mês passado. O objetivo é estimular a produção agropecuária por meio de empréstimos a juros mais baixos.
O plano também prevê juros especiais para agricultores que adotarem comprovadamente práticas ambientais sustentáveis.
As cheias históricas no Rio Grande do Sul fizeram, por exemplo, com que o governo decidisse zerar a taxa de importação de arroz e comprar o cereal de outros países, já que o estado detém 70% da produção do grão no país e enfrenta dificuldades para escoar a produção, além de perdas na lavoura.
'Insuficiente'
Esta não é a primeira vez que Lula diz que o setor reclama de falta de recursos. O presidente tem feito críticas reiteradas ao segmento, dizendo que o agro "sempre" diz que o dinheiro é "insuficiente".
"Todo mundo sabe, sou presidente dos banqueiros que não gostam de mim, dos empresários que não querem gostar de mim, do agro que não querem gostar de mim, mas esse ano receberam R$ 475 milhões de financiamento, coisas que nunca tiveram na vida, nem quando teve fazendeiro na presidência", afirmou Lula.
As declarações de Lula foram dadas durante um evento de entrega de casas no Rio Grande do Sul.
Entre os beneficiados estão pessoas afetadas pelas enchentes do início do ano. Mais cedo, Lula falou sobre as ações de reconstrução no estado em uma entrevista à Rádio Gaúcha.
g1
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Cinco cidades da Paraíba terão apenas um candidato nas Eleições 2024 para prefeito. As cidades que terão candidatura única são Ouro Velho, São João do Tigre, Junco do Seridó, Santa Cruz e São José do Sabugi.
Em Ouro Velho, apenas o candidato Dr. Júnior (União Brasil) enviou à Justiça Eleitoral o pedido de registro de candidatura dentro do prazo estipulado, que se nod ia 15 de agosto.
Em São João do Tigre, o cenário é semelhante, com apenas Márcio Leite (Republicanos) participando da disputa para a chefia do Poder Executivo da cidade.
No Sertão da Paraíba, em Santa Cruz, o ex-prefeito e pré-candidato Raimundo Antunes (União Brasil) retirou sua candidatura alegando problemas de saúde. Com isso, Alberto de Braz (PL) será o candidato único no pleito.
Também no Sertão, em Junco do Seridó, Dr. Saulo (PSB) foi o único a registrar candidatura e deve concorrer sozinho na eleição do dia 6 de outubro na cidade.
Já em São José do Sabugi, o eleitor deve ter apenas Emanuel Domiciano (União Brasil) como opção na eleição majoritária.
O que diz a lei eleitoral?
O artigo 224 da Lei Eleitoral revela que, em caso de eleições com candidaturas únicas, se o número de votos nulos for maior que a votação no candidato, a votação será considerada comprometida.
Nesse caso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) convocará uma nova eleição, que deve ocorrer entre 20 a 40 dias após o anúncio da nulidade.
g1 PB
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Os Estados Unidos apresentaram nesta sexta-feira (16) uma nova proposta de cessar-fogo na guerra em Gaza que permitirá a "rápida implementação do acordo" caso ele seja aceito por todas as partes.
A nova proposta foi apresentada durante a rodada de negociações realizada na quinta-feira (15) em Doha, no Catar, com a presença de representantes de Israel e dos mediadores do conflito -- EUA, Egito e Catar. O Hamas não quis participar.
Em comunicado comum, os participantes das conversas afirmaram que a proposta de Washington "resolve as lacunas restantes" nas negociações e permite um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Na declaração, os mediadores não detalharam a nova proposta, mas afirmaram que ela é "consistente com os princípios estabelecidos pelo presidente Joe Biden em 31 de maio".
As conversas foram concluídas nesta sexta-feira, e Israel levará a proposta de Washington para ser analisada. O texto também será entregue ao Hamas.
O governo de Netanyahu ainda não havia se pronunciado após o fim da rodada de negociações.
A Casa Branca está otimista, e, na quinta-feira (15), disse que as negociações de paz tiveram "um início promissor" Nesta sexta, o Departamento de Estado anunciou que o secretário da pasta, Antony Blinken, se encontrará na segunda-feira (19) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"Hoje tivemos um início promissor. Há muito trabalho a ser feito. Devido à sua complexidade, não prevemos que as negociações serão concluídas hoje com um acordo", disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança, John Kirby, que participou das reuniões junto do diretor da CIA, William Burns.
Kirby falou que alguns temas ainda são obstáculos para o acordo e os enumerou:
"Os obstáculos que ainda persistem podem ser superados para concluir este processo. Precisamos da libertação dos reféns, de ajuda aos palestinos em Gaza, de segurança para Israel e de menos tensões na região. Exigimos que isso aconteça o mais rápido possível".
Desafios do cessar-fogo
A marca dos 40 mil mortos no conflito entre Israel e o Hamas foi atingida no mesmo dia em que as negociações sobre um cessar-fogo em Gaza foram retomadas.
As conversas começaram nesta manhã e devem se estender pelo fim de semana. Representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Egito e do Catar, que mediam as conversas, voltaram a se reunir em Doha para tentar destravar a trégua, que vem sendo debatida há meses, mas não avança por falta de consenso entre as partes.
A proposta é que Israel deixe de bombardear Gaza de forma permanente, encaminhando a região para um fim gradual da guerra. Em troca, o Hamas devolve os reféns ainda sob poder do grupo e se compromete a não exercer novos ataques.
No entanto, a nova rodada para tentar destravar um cessar-fogo já começa com poucas chances de prosperar. Isso porque o Hamas se negou a participar das negociações por conta do assassinato de seu então líder, Ismail Haniyeh, em Teerã, no Irã, há duas semanas.
O Hamas, o Irã e diversos países do Oriente Médio culpam Israel, que não confirmou nem negou autoria no assassinato.
Na quarta-feira (14), mesmo às vésperas da retomada das negociações, Israel fez um novo bombardeio na Faixa de Gaza. Também na quarta-feira, um homem afirmou que seus filhos, gêmeos e recém-nascidos, morreram atingidos por um ataque aéreo no momento em que o pai registrava as crianças.
g1
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Foi preso nessa quinta-feira (15), na zona rural de Massaranduba, na Paraíba, um homem suspeito de ter provocado um grave acidente de trânsito que deixou duas estudantes mortas em setembro do ano passado. A Polícia Civil da Paraíba autuou o suspeito por duplo homicídio com dolo eventual e omissão de socorro.
Isso acontece porque, segundo as investigações, o homem tinha ingerido bebida alcoólica antes de dirigir e trafegava em um carro em alta velocidade quando atingiu as duas jovens. Depois da colisão, para completar, ele fugiu do local, abandonando o veículo.
O acidente aconteceu na noite de um domingo, 10 de setembro de 2023, numa rodovia estadual que liga Desterro e Teixeira, de forma que o homem era considerado foragido há mais de onze meses.
Giselly Lira Alves e Milen Kemylly de Almeida Leite, de 18 e 16 anos respectivamente, eram naturais de Teixeira e tinham ido de moto para a cidade vizinha de Desterro. Elas retornavam para casa quando a moto ficou sem gasolina. A partir daí, elas começaram a caminhar pelo acostamento, mas acabaram atropeladas pelo homem, que diria em alta velocidade, na contramão e pelo acostamento.
Giselly morreu no local e Milen chegou a ser transferida para o Hospital Regional de Patos, mas também não resistiu.
O caso provocou revolta no município de Teixeira e dias depois do atropelamento as famílias chegaram a realizar uma mobilização em protesto. Agora, o caso deve seguir o seu trâmite.
Isso porque o delegado Paulo Ênio, que é superintendente da Polícia Civil em Campina Grande, informou que o suspeito já deu o seu depoimento. Agora, as delegacias de Desterro e de Teixeira vão concluir o inquérito sobre o caso e enviar para a Justiça.
g1 PB
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A Polícia Civil da Paraíba indiciou nesta quinta-feira (18) o presidente da Ordem Nacional dos Advogados de Roraima (OAB-RR), Ednaldo Gomes Vidal, pelos crimes de falsidade ideológica e peculato. O inquérito investigou Vidal por atuar como "servidor fantasma" no governo da Paraíba por mais de vinte anos.
Procurado, Vidal informou que está tomando as providências jurídicas cabíveis contra "esdrúxula e ilegal material de cunho estritamente política partidária". O g1 também procurou o governo da Paraíba sobre o assunto e aguarda retorno.
As investigações da Civil iniciaram em maio deste ano, após o Ministério Público da Paraíba (MPPB) receber uma denúncia anônima sobre o caso. Outros três servidores do governo da Paraíba foram indiciados por participarem do esquema (leia mais abaixo).
A denúncia indica que Ednaldo era servidor da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap), com funções na Cadeia Pública de Santa Luzia (PB), desde 1985. Na década de 1990, se mudou para Boa Vista e não comparecia na unidade prisional.
Apesar disso, recebeu remuneração até abril de 2024, ocasião em que teve a aposentadoria anulada. A aposentadoria por tempo de serviço tinha sido concedida em portaria publicada no dia 12 de abril e o ato de anulação saiu no dia 24 do mesmo mês.
"[Ednaldo Vidal] Continou, nessas duas décadas, recebendo remuneração e todos os benefícios de um servidor público estadual, afetando assim os cofres do Estado da Paraíba. Durante as investigações, foi possível identificar outros servidores que, com suas condutas, contribuíam para falsidade em documento público e para o recolhimento indevido de verbas públicas", cita o documento.
Conforme o Portal da Transparência do Governo do Estado, ele recebia, pelo menos até fevereiro de 2024 (último mês informado no sistema), um salário entre R$ 2.732,57 e R$ 2.826,69. Vidal é presidente da OAB-RR desde 2019.
Investigações
No inquérito, a Polícia Civil detalha que em 1985 Vidal já atuava como professor em Boa Vista (RR), o que "torna humanamente impossível ele está presente em suas funções na Paraíba". De acordo com a Civil, no período, ele recebeu 352 remunerações sem trabalhar. Em 29 anos, os valores chegam a R$512.733,76, segundo cálculo da Civil.
Além disso, para a Polícia Civil, Ednaldo tinha pleno conhecimento de que a escala da presença era realizada e nunca foi marcada falta nas listas de presença. Os investigadores visitaram a cadeia pública em que Ednaldo era lotado, em Conceição (PB). Lá, ouviram diretores e servidores.
Apenas um dos cinco diretores interrogados afirma ter visto Ednaldo na unidade prisional. Ainda nas investigações, os policiais ouviram o irmão de Ednaldo, que também é servidor da cadeia pública do estado. Aos investigadores, ele disse que acredita que o irmão pagava para alguém realizar seu serviço na Paraíba.
O relatório final do inquérito policial concluiu que havia um esquema de "rachadinha", no qual diretores e funcionários das unidades prisionais se beneficiavam da remuneração de Ednaldo em troca de encobrir a ausência dele.
"O prejuízo ao Tesouro Público do Estado da Paraíba é gigantesco, já que o Estado pagou, durante mais de vinte anos, os serviços de um servidor que não comparecia ao trabalho. Sendo assim, não só o Estado é vítima, mas também todos os contribuintes que pagam tributos, com o intuito de serem agraciados com prestação de serviço", cita a investigação.
Além de Ednaldo, outras três pessoas foram indiciadas por suspeita de participarem do esquema. Todos por falsidade ideológica.
A Polícia Civil de Roraima, por meio da Divisão Especial de Combate à Corrupção (Decor), colaborou com a investigação fornecendo informações sobre Ednaldo Vidal. O inquérito foi enviado à 7ª Vara Criminal da Capital.
g1
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A economia brasileira apresentou crescimento de 1,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior, segundo a pesquisa Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com o estudo, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro somou R$ 5,437 trilhões, em valores correntes no segundo trimestre.
Na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta chegou a 2,9%, de acordo com a FGV. A taxa acumulada em 12 meses é de 2,3%.
A alta de 2,9% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, foi influenciada pelos crescimentos de 5,3% no consumo das famílias, de 7,3% na formação bruta de capital fixo (isto é, os investimentos) e de 6,4% nas exportações.
Por outro lado, as importações, que entram como um valor negativo no cálculo do PIB, cresceram 16,3% no período.
O Monitor do PIB não é o indicador oficial do PIB, mas serve como uma prévia dos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através de seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
O PIB oficial do segundo trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de setembro.
Agência Brasil
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A taxa de desocupação na Paraíba foi estimada em 8,6% no 2º trimestre de 2024, apresentando redução de 1,3 pontos percentuais em relação ao 1º trimestre deste ano (9,9%), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15), pelo IBGE. Essa variação, embora não seja estatisticamente significativa, dá continuidade à tendência de baixa observada nos últimos anos. Em relação ao 2º trimestre de 2023 (10,4%), houve recuo de 1,8 pontos percentuais.
O indicador paraibano ficou acima da média do Brasil (6,9%), mas abaixo da do Nordeste (9,4%). Na comparação com as demais unidades da federação, foi a 8ª maior taxa do país e a 5ª maior do Nordeste.
O levantamento estima que no 2º trimestre de 2024, na Paraíba, havia 151 mil pessoas desocupadas – que não estavam trabalhando, mas, no período investigado, adotaram alguma medida para buscar uma ocupação. Comparando com o 2º trimestre de 2023 (174 mil) e o 1º trimestre de 2024 (172 mil), não apresentou variação esttisticamente significativa em relação aos dois períodos.
Por outro lado, o contingente de pessoas ocupadas na Paraíba, estimado em 1.609 mil pessoas, aumentou em 109 mil pessoas, o que corresponde a 7,3% de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior (1,5 mil). No comparativo com o trimestre anterior (1.572 mil), houve crescimento de 37 mil pessoas, ou seja, variação de 2,4%.
Nível de ocupação cresce continuamente nos últimos anos
O levantamento apontou ainda que o crescimento de 7,3% (109 mil) no número de ocupados, entre o 2º trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, foi alavancado pela expansão de 16,4% (100 mil) no contingente de empregados no setor privado, sendo mais intenso entre os trabalhadores sem carteira de trabalho assinada, de 30,3% (75 mil), do que entre os com carteira de trabalho assinada, cuja variação foi de 6,9% (25 mil).
Também foi verificado aumento no número de empregadores, de 45,2% (20mil), tanto entre os com CNPJ (40,1%; 14 mil), quanto entre os sem CNPJ (63,6%; 6 mil). Por sua vez, o contingente de trabalhadores por conta própria teve retração de 8,6% (-38 mil pessoas), sendo mais intensa entre os com CNPJ (-32%; 24 mil) do que entre os sem CNPJ (-3,7%; -13 mil).
O crescimento geral do contingente de ocupados nos últimos três anos manteve a tendência de elevação contínua do nível da ocupação que, no 2º trimestre dos anos de 2021 a 2024, passou sucessivamente de 42% para 45,3%, 46,6% e 49,3%.
Apesar disso, o indicador do 2º trim./2024 foi o 7º menor percentual entre todas as unidades da federação, além de sido inferior ao observado na média do país (57,8%), embora levemente superior à média regional (48,9%). A proporção é calculada com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, que têm 14 anos ou mais.
A pesquisa mostra que a população ocupada informalmente, no estado, cresceu 9,5% (70 mil) entre o 2º trimestre de 2023 (739 mil pessoas) e o mesmo período de 2024 (809 mil pessoas), levando a taxa de informalidade a se elevar em 1 p.p. (de 49,3%, para 50,3%, respectivamente). O indicador estadual no 2º trimestre ficou semelhante ao regional (50,4%), mas foi 11,7 pontos percentuais maior que o verificado na média nacional (38,6%), sendo o 6º maior do país.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
A probabilidade de esta reportagem estar sendo lida em um celular é muito grande, uma vez que 98,8% dos brasileiros com 10 anos ou mais de idade acessam a rede por meio do telefone.
Esse dado e outras constatações, como o aumento da população idosa em contato com a internet, fazem parte de um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento – que traz também uma radiografia do uso da televisão pelos brasileiros – mostra que 88% da população com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet em 2023. São 164,5 milhões de pessoas. Em 2019, a proporção era 79,5%, e em 2016, 66,1%. A pesquisa leva em consideração qualquer tipo de acesso, seja no domicílio ou fora dele.
Entre as pessoas com mais de 60 anos, a proporção de quem usava a internet em 2023 ficou em 66% (22,5 milhões), a menor entre todas as faixas etárias. No entanto, esse grupo é o que mais cresce, proporcionalmente, desde 2019, quando menos da metade (44,8%) desse público tinha contato com a internet. A expansão foi de 21,2 pontos percentuais. Em 2016, menos de um em cada quatro (24,7%) idosos acessava a rede.
De acordo com o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto Fontes, o crescimento do uso internet entre idosos impressiona.
“No período curto de 2019 a 2023, houve aumento muito grande. Isso pode estar relacionado com a disseminação do uso da internet no cotidiano da sociedade e facilitação do acesso à internet por vários meios.”
“Muitas coisas hoje são feitas pela internet”, acrescenta Fontes, citando ligações por áudio e vídeo.
A pesquisa mostra que 86,5% dos idosos informaram usar a internet todos os dias. No conjunto da população, a marca chega a 94,3%.
As faixas etárias situadas entre 14 e 49 anos tiveram mais de 93% de seus indivíduos em contato com a internet em 2023. O percentual mais alto é o da população de 25 a 29 anos, 96,3%.
Finalidade e formas de uso
É crescente a presença da internet nos lares brasileiros. Em 2016, 70,9% utilizavam o serviço, patamar que chegou a 92,5% em 2023. Desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2016, a banda larga chega a praticamente todas as casas com internet. Em 2023 estava em 99,9% dos lares que acessavam a rede.
Ao investigar o uso que o brasileiro faz da internet, o IBGE constatou que as atividades mais citadas foram ligação de voz ou vídeo (94,6%), envio ou recebimento de mensagens por aplicativos (91,1%), assistir a vídeos (87,6%), redes sociais (83,5%) e ouvir música, rádio ou podcast (82,4%).
Ler notícias e livros figura em sexto lugar (69%), seguido por acesso a bancos (66,7%) e e-mail (60,5%). Pouco menos da metade (44,7%) das pessoas citou compras online e 35,9% responderam usar algum serviço público. No fim da lista estão jogos (30,9%) e vender ou anunciar bens ou serviços (13,2%).
O meio mais citado para uso de internet na população com 10 anos ou mais de idade foi o celular (98,8%), seguido por televisão (49,8%), microcomputador (34,2%) e tablet (7,6%). Nos últimos anos, a TV tem ganhado preferência no acesso à internet. Em 2016 a marca era de apenas 11,6%. No mesmo período, o microcomputador caiu de 63,2% para 34,2%.
O suplemento da Pnad mostra também que a presença de microcomputadores nos lares brasileiros vem caindo. Em 2016, eles estavam em quase metade (45,9%) das residências. Já em 2023, em apenas 39% dos domicílios.
Desde 2022 o IBGE apura a presença de dispositivos inteligentes que podem ser acessados pela internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc. No primeiro ano da apuração, esses dispositivos estavam em 14,3% das residências brasileiras, patamar que subiu para 16% em 2023.
Cerca de 12% da população com 10 anos ou mais de idade (22,4 milhões de pessoas) informaram não ter usado a internet nos 90 dias anteriores à entrevistada do IBGE. Desse público, 75,5% eram sem instrução ou com ensino fundamental incompleto e 51,6% eram idosos.
Dos 22,4 milhões, 46,3% disseram que o principal motivo para a falta de acesso era não saber utilizar a internet. Entre os idoso, esse percentual sobe para 66%.
Telefones
O levantamento apurou também a inserção do telefone celular no cotidiano do brasileiro – independentemente de ser usado para acessar a internet. Em 2023, 87,6% tinham celular. Em 2016, o patamar era 77,4%. Entre as pessoas que possuíam telefone móvel celular no ano passado, 96,7% tinham acesso à internet por meio do aparelho.
Enquanto no Centro-Oeste (92,1%), Sudeste (90,9%) e Sul (90%) a posse de celular ficava na casa dos 90%, no Nordeste e Norte passava pouco de 80%, sendo 81,9% e 81,2%, respectivamente.
Assim como acontece no uso da internet, o maior crescimento na posse de celular acontece entre os idosos. Em 2022, 73,7% tinham o aparelho, marca que subiu para 76,1% em 2023.
Enquanto o celular fica mais e mais presente no cotidiano brasileiro, a telefonia fixa perde relevância. Em 2016, 93,1% dos domicílios tinham aparelho celular; e 32,6%, telefone fixo. Em 2023, as proporções passaram para 96,7% e 9,5%, respectivamente.
Agência Brasil
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Nos últimos anos, a proporção de domicílios brasileiros com sinal de televisão e com assinatura de serviços por TV fechada tem caído, enquanto os serviços de streaming têm aumentado: estão em quatro de cada dez lares com televisão.
A constatação faz parte de um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que, em 2023, dos 78,3 milhões de domicílios no país 4,5 milhões não tinham televisão, o que representam 5,7% do total. Os dados mostram um aumento gradativo da ausência da televisão nos lares brasileiros. Em 2016, o percentual era de 2,8% e em 2022, 5,1% (3,8 milhões de famílias).
“Pode ser uma mudança de hábitos da sociedade. Lenta, de forma muito gradual, mas consistente”, sugere o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto Fontes.
Outro item que está ficando menos comum nas residências é a TV por assinatura. Em 2016, um em cada três (33,9%) lares tinham o serviço. Em 2022, eram 27,7% e, no ano passado, o percentual caiu para 25,2% (18,6 milhões de endereços).
O IBGE perguntou aos entrevistados o porquê de não aderirem ao serviço. Cada pessoa podia apontar uma razão principal. De 2016 a 2019, o principal motivo era o fato de o serviço ser considerado caro. Em 2016, 56,1% atribuíram o fato ao custo do serviço e, em 2019, foram 51,8%.
O segundo motivo mais apontado foi falta de interesse: 39,1% das respostas em 2016 e 40,9% em 2019.
Nos anos seguintes, esses motivos se inverteram nas respostas dos entrevistados. Em 2023, a maioria (64%) passou a apontar a falta de interesse como principal motivo para não assinar TV fechada. O custo do serviço foi citado por 34,9% dos respondentes.
Em 2016, apenas 1,6% das famílias entrevistadas justificou como principal motivo o fato de vídeos acessados pela internet substituírem o serviço. O percentual cresceu consistentemente até alcançar 9,5% em 2023, se tornando a terceira razão mais citada.
Desde 2022, a pesquisa do IBGE acompanha a presença nos domicílios brasileiros do streaming de vídeo pago. O número de lares com o serviço aumentou de 31,061 milhões, em 2022, para 31,107 milhões, em 2024.
Apesar do aumento numérico, em termos percentuais houve redução de 43,4% para 42,1% dos lares com TV. De acordo com o IBGE, a presença do streaming é um dos fatores que explicam a televisão aberta e fechada perder espaço nas casas brasileiras.
Por meio de streaming, o assinante tem acesso a uma oferta de filmes, séries, desenhos infantis e eventos esportivos, por exemplo. Com exceção de programações ao vivo, as atrações são sob demanda, ou seja, ficam disponíveis para serem vistas a qualquer momento.
Em 2022, 4,7% das residências que tinham streaming não tinham acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura. No ano seguinte, esse indicador subiu para 6,1%.
Para o analista da pesquisa, Leonardo Quesada, a disseminação do streaming ajuda a explicar a menor presença da televisão nos lares dos brasileiros.
“O streaming não responde tudo. Ele pode responder uma parte, mas existe uma possibilidade de as pessoas estarem usando menos TV”, pondera.
A pesquisa revela que o rendimento médio mensal real per capita das famílias com streaming era de R$ 2.731, mais que o dobro daquelas que não tinham acesso ao serviço (R$ 1.245). Os dados também revelam uma desigualdade regional. Enquanto no Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%) praticamente metade dos domicílios têm canais de streaming pagos, no Norte e no Nordeste as proporções são 37,5% e 28,2%, respectivamente.
Fim da parabólica analógica
A Pnad revela que 88% das famílias brasileiras tinham em casa sinal digital ou analógico de TV aberta. Dos domicílios com televisão, 21,4% (15,8 milhões) recebem sinal por antena parabólica, sendo 17,5% nas regiões urbanas e 52,3% nas rurais.
O IBGE lembra que há no país a política pública de substituição das antenas parabólicas analógicas, também conhecidas como parabólicas grandes, pela mini parabólica (digital).
As parabólicas grandes podem sofrer interferência do sinal de internet de quinta geração (5G). Por isso, o Brasil pretende encerrar completamente a transmissão de sinal de TV aberta por parabólicas grandes.
Segundo a pesquisa, em 2023 o país tinha cerca de 772 mil famílias (1% dos domicílios com televisão) com sinal de televisão somente por meio de parabólica grande. Em 2022, eram 911 mil (1,3%).
Agência Brasil
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Os bancários na Paraíba ameaçam entrar em greve, caso os bancos não apresentem proposta salarial que atenda a categoria. Eles estão, hoje (15), em luta nacional para que os bancos apresentam uma “proposta digna”. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira, o presidente do Sindicato dos Bancários, Lindonjhonson Almeida, disse que os trabalhadores já estão fechando algumas agências para advertir os bancos.
A categoria busca, segundo consta em seu site, é “pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira (20).”
“Nós estamos retardando [o horário] todas as agências do Centro e algumas da Caixa porque os bancos estão intransigentes. Fizemos negociação, eles não colocaram nenhuma proposta de avanço, de índice da cláusula econômica e nós estamos paralisando as agências”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários ao Arapuan Verdade, como verificou o ClickPB.
Ainda segundo Lindonjhonson Almeida, “caso não venha proposta de cláusulas econômicas, vamos fechar por um dia, por mais de um dia, podemos até entrar em greve. Esperamos que os bancos venham colocar uma proposta decente para os bancários porque nós estamos aqui atendendo, sendo pressionados, há adoecimento por causa das metas, mas nós não vamos aceitar o que os bancos estão fazendo.”
Reivindicações
Entre as reivindicações dos bancários estão o aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%), melhorias na participação nos lucros e resultados e aumento no vale alimentação, vale refeição, no auxílio babá e no auxílio creche.
Há também cláusulas sociais e de saúde na proposta dos bancários, como o pedido de combate ao assédio moral e sexual, mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos e igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
Os bancários pedem, ainda, o fim das terceirizações, garantia de emprego e dos direitos conquistados, indenização adicional em caso de demissão, garantias para mães e pais de PCDs, segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro e outros termos.
ClickPB
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