Com o equivalente a R$ 122 milhões escondidos nas paredes e no teto de casa, um alto funcionário da polícia da Espanha foi preso suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. A investigação levou a uma apreensão recorde de cocaína que estava em um contêiner vindo do Equador.
Considerado discreto e trabalhador, Óscar Sánchez Gil ocupava até poucos dias o renomado cargo de chefe da Unidade de Crimes Econômicos e Fiscais (Udef) da Polícia Nacional de Madri.
No entanto, na semana passada ele foi detido juntamente com "outras quinze pessoas", incluindo a companheira dele e um agente da polícia da região de Madri. As informações foram reveladas por uma fonte policial à AFP, nesta terça-feira (12).
Durante a operação, os agentes encontraram 20 milhões de euros (cerca de R$ 122 milhões) em dinheiro escondidos atrás das paredes e tetos da casa do policial em Alcalá de Henares. A cidade tem cerca de 195 mil habitantes e fica a 30 km de Madri.
Durante buscas, os investigadores encontraram um milhão de euros, dividido em notas de 50 e 500, que estava escondido em dois armários no escritório do policial suspeito.
Após a prisão, Óscar Sánchez Gil e a esposa foram colocados à disposição de um juiz da Audiência Nacional — o tribunal penal espanhol que trata de casos mais graves e complexos.
Uma fonte judicial disse à AFP que o policial foi mantido em prisão provisória, sendo investigado por tráfico de drogas, suborno, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O Irã iniciou a construção de um túnel "defensivo" integrado à rede de metrô de Teerã para "enfrentar situações de emergência", informaram os veículos oficiais de imprensa nesta terça-feira (12).
"Pela primeira vez no país, está sendo construído um túnel com características defensivas em Teerã", disse Jafar Tashakori, chefe da comissão de transportes do Conselho Municipal, à agência oficial de notícias Irna.
Tashakori não forneceu mais detalhes sobre o túnel "defensivo". Em persa, a palavra "defesa" pode ter múltiplos significados, uma vez que os médicos e enfermeiros são chamados de "defensores da saúde" e os policiais de "defensores da segurança".
"Esta iniciativa inovadora representa um grande avanço para melhorar a preparação de Teerã para emergências e possíveis crises", acrescentou Tashakori segundo a Sepah News, órgão da Guarda Revolucionária.
O anúncio da construção deste túnel surge em um contexto de crescentes tensões entre Irã e Israel, que atacou instalações militares em território iraniano em 26 de outubro. A operação foi uma resposta aos disparos de mísseis iranianos contra Israel em 1º de outubro.
Quatro soldados morreram no ataque israelense, segundo as autoridades iranianas, que afirmaram que o ataque causou apenas danos limitados aos sistemas de radar.
Segundo a imprensa local, um civil também morreu no ataque, ao qual o Irã prometeu responder.
France Presse
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta terça-feira (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou um recuo de 0,6 ponto na passagem de outubro para novembro. Com a queda, o indicador saiu de 53,2 pontos para 52,6 pontos.
Divulgado todos os meses, o ICEI é composto por dois componentes: o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas.
"Ambos quantificam a percepção dos industriais em relação aos próprios negócios e à economia do país", registra nota divulgada pela CNI.
Na atual edição, foram consultadas 1.209 empresas, das quais 482 são de pequeno porte, 455 de médio porte e 272 de grande porte. O levantamento dos dados se deu entre os dias 1º e 7 de novembro de 2024.
De acordo com os resultados, o Índice de Condições Atuais recuou 0,5 ponto, fechando em 48,3 pontos. Em nota, a CNI aponta que essa variação foi influenciada principalmente pela piora da percepção dos empresários sobre o atual momento vivido pela economia do país.
O Índice de Expectativas – que projeta os próximos seis meses – também registrou queda e fechou em 54,7 pontos. A variação negativa entre outubro e novembro foi 0,7 ponto.
"Os empresários continuam otimistas, embora de forma mais moderada do que no mês anterior", registra a nota divulgada pela CNI.
O levantamento indica que a queda no Índice de Expectativas teve como principal influência o maior pessimismo dos industriais quanto ao futuro da economia: esse quesito caiu 2,5 pontos, passando de 49,2 pontos para 46,7 pontos.
De outro lado, as projeções dos empresários para o futuro das empresas são mais positivas, registrando 58,6 pontos.
Agência Brasil
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Representantes de diversas categorias de servidores públicos criticaram nesta terça-feira (12), em audiência pública na Câmara dos Deputados, a maneira como o governo federal vem conduzindo as mesas de negociações sobre reajustes salariais e reestruturação de carreiras. Durante o debate promovido pela Comissão de Administração e Serviço Público, eles sugeriram a definição de regras claras sobre negociações coletivas na administração pública e a regulamentação do direito de greve.
Segundo os representantes de sindicatos e associações de servidores, o governo Lula acertou ao abrir as mesas de negociação após um período de “desmonte” e “sem reajustes”, mas acabou frustrando grande parte do funcionalismo ao longo do processo.
Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), entidade que representa 33 associações e sindicatos que congregam cerca de 200 mil servidores, Rudinei Marques criticou o andamento negociações, ressaltando que “foram mal conduzidas”. Ele relatou ainda a imposição de um “contrato de adesão”.
“A negociação foi mal conduzida e um contrato de adesão foi jogado na mesa assim: assina, senão você tá fora. Isso foi feito conosco e com várias entidades, que foram submetidas a essa pressão”, disse.
Marques defendeu regras claras para a negociação salarial no serviço publico, incluindo a regulamentação do direito de greve. “Precisamos fazer tramitar então a lei de negociação coletiva no serviço público, com regras bem definidas, a lei do direito de greve, e, por fim, a lei da organização sindical”, acrescentou.
Coordenadora de Administração e Finanças da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil, Márcia Abreu destacou que a greve de 113 dias realizada neste ano refletiu a insatisfação dos servidores com um plano de cargos e salários de mais de 20 anos. Ela informou que o acordo firmado com a categoria prevê um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e de 5% em abril de 2026, mas deixou clara a frustração dos servidores com 0% de reajuste em 2024.
Representando o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Karla Bertotti criticou a lentidão do governo federal em atender as demandas da categoria após mais de 100 dias de greve. “Existem alguns pontos do acordo que não estão sendo cumpridos ou estão sendo cumpridos de forma lenta”, disse.
O debate foi proposto pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) e pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). “Eu quero dizer que estamos anotando ponto a ponto e que, evidentemente, para nós foi um avanço levarmos os sindicatos até uma mesa negocial, mas, ao mesmo tempo, é importante que apontemos todas as inconsistências ainda decorrentes desse processo”, disse a deputada.
Ela informou ainda que terá uma reunião amanhã com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e sugeriu que as entidades encaminhem por escrito as principais pendências das negociações.
Também participaram da audiência representantes da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico; dos funcionários do Banco Central; e da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal.
Agência Câmara
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem avaliação positiva de 35,5% dos brasileiros, a menor entre os três mandatos, segundo a pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (12). O levantamento mostra que 12,2% consideram a gestão ótima, e 23,3%, boa. O resultado apresentou uma queda de 1,9 ponto percentual na comparação com maio, quando teve 37,4%.
O balanço foi realizado presencialmente com 2.002 entrevistados de 7 a 10 de novembro de 2024. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e tem 95% de confiança do TSE.
Segundo o levantamento, 32,1% consideram o governo regular, enquanto 9,4% avaliam como ruim e 21,4% péssimo. Outro 1,6% não respondeu.
Para efeitos de comparação, em dezembro de 2004, Lula teve 45% das avaliações positivas. No mesmo mês de 2008, no segundo mandato do petista, 71% dos brasileiros consideraram a gestão ótima e boa.
Aprovação da gestão
A pesquisa mostrou ainda que a aprovação do presidente Lula reduziu de 50,7% em maio de 2024 para 49,7% em novembro. Já a desaprovação subiu de 43,7% para 45,7%.
Sobre as decisões do presidente, 25,9% dos entrevistados consideram a maioria delas boa. Outros 43,2% responderam que as decisões são boas e ruins de maneira igual. Já 28,3% consideram a maioria das decisões ruins, e 2,6% não souberam ou não responderam.
Governo Lula x Bolsonaro
Em comparação com o governo anterior, de Jair Bolsonaro, 41,1% dos entrevistados afirmaram que a gestão está melhor e 36,2%, pior. Outros 21,4% responderam que o governo continua semelhante, e 1,3% não soube ou não respondeu.
Eleições presidenciais 2026
Se as eleições presidenciais de 2026 fossem hoje, Lula e Bolsonaro estariam empatados tecnicamente com 35,2% e 32,2%, respectivamente, no cenário estimulado, quando os nomes dos entrevistados são apresentados ao eleitor. Pablo Marçal, Simone Tebet e Ciro Gomes estariam em empate técnico, com 8,4%, 8% e 6,2%, respectivamente.
No levantamento espontâneo, quando os nomes dos entrevistados não são apresentados, 27,4% disseram que votariam em Lula e 20,4% em Jair Bolsonaro. Os candidatos Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal e Simone Tebet empatam tecnicamente, com 1,8%, 1,4% e 1,1%, respectivamente.
Economia
Segundo a pesquisa, 44,2% dos brasileiros consideram a economia deste ano regular. Outros 21% acham ruim, e 18,1%, boa. Os que avaliaram como muito ruim representam 13,9% e 1,6% consideram boa. Não soube ou não respondeu foi 1,2%.
Em relação ao ano passado, 35,9% consideram que a economia de 2024 está igual e 34,7% disseram que piorou. Como avaliação positiva, 27,7% responderam que o setor melhorou e 1,7% não soube ou não respondeu.
Entre os maiores problemas enfrentados, os entrevistados responderam que a inflação (52,6%) é o pior deles, seguido da alta de juros (50,9%), desemprego (43,5%) e desigualdade social (37,8%), falta de investimento (28,3%), déficit fiscal e dívida pública (19,3%), outros (1,1%). Não souberam ou não responderam foram 1,8%.
Eleições Municipais
Sobre as eleições municipais de 2024, 77,4% disseram que votaram em algum candidato e 13,6% que se abstiveram. Os votos brancos e nulos foram 6,4%, e 2,6% não souberam ou responderam.
Dos que votaram em algum candidato, o principal fator que influenciou na escola foi o histórico do candidato (36,4%), proposta de governo (34%), ideologia política (8,8%), recomendação de amigos e familiares(7,9%), debate eleitoral (5,4%), rede sociais (1,4%), outros motivos (3,9%). Não souberam ou não responderam foram 2,2%.
R7
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A Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou nesta terça-feira (12) projeto que estabelece que a segurança das comunidades escolares será assegurada pelos estados, Distrito Federal e municípios, com o apoio técnico e financeiro da União. O PL 1.676/2023, do senador Marcos do Val (Podemos-ES), recebeu parecer favorável do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e segue agora para análise da Comissão de Educação e Cultura (CE).
O texto altera a Lei das Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei 9.394. de 1996) para dar prioridade aos estabelecimentos considerados inseguros ou localizados em áreas de risco. Essa avaliação será feita com base em monitoramentos e no histórico de eventos de violência nesses locais.
— Garantir a segurança de crianças e adolescentes, principalmente no ambiente escolar, é essencial para assegurar o mínimo de gozo de direitos desses indivíduos, que são vulneráveis por natureza. O projeto vai ao encontro da necessidade de se garantir que os adultos de amanhã estejam seguros hoje, brincando, aprendendo e se desenvolvendo de modo saudável — defendeu o relator.
A proposta elenca como possíveis soluções de segurança sistemas de controle de acesso de pessoas e objetos, na entrada das escolas; sistemas de alarme; bases de segurança e apoio, compostas por força humana; ou outras ações aprovadas pelas comunidades escolares.
Segundo Marcos do Val, o objetivo da proposta é assegurar meios para a redução da violência nas escolas. Ele cita casos de ataques a estabelecimentos de ensino que resultaram em mortes, como o ocorrido em uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, em 2023.
Agência Senado
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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira uma mensagem do Poder Executivo (MSF 27/2024) que corrige uma resolução aprovada pelo Senado no ano passado. A matéria autoriza o Brasil a contratar operação de crédito externo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de até US$ 54 milhões.
Segundo a mensagem, durante a votação da Resolução 53, de 2023, houve um “equívoco” no dispositivo que trata das condições financeiras da operação. O montante máximo definido para a comissão de compromisso foi de 0,5% ao ano sobre o saldo não desembolsado do empréstimo. De acordo com o Poder Executivo, o índice deveria ter sido de 0,75% ao ano — como havia sido firmado no contrato negociado com o BID.
O relator da MSF 27/2024, senador Jader Barbalho (MDB-PA), defendeu a aprovação da matéria, que ainda precisa ser votada pelo Plenário. Os US$ 54 milhões devem ser aplicados no programa Promoção de Novas Estratégias de Habitação no Brasil para a População de Baixa Renda (ProMorar Brasil).
Agência Senado
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O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (12) que considera uma "tendência" a redução da jornada de seis dias de trabalho por um de descanso, o chamado 6x1, e que o debate deve ser feito pela sociedade e pelo Congresso.
Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio, comentou o tema ao ser questionado durante entrevista no Azerbaijão, onde chefia a delegação brasileira da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 29.
"Isso não foi ainda discutido, mas acho que é uma tendência no mundo inteiro. À medida em que a tecnologia avança, você pode fazer mais com menos pessoas, você ter uma jornada menor. Esse é um debate que cabe à sociedade e ao parlamento a sua discussão", disse Alckmin.
O tema ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias. A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) tem recolhido assinaturas para apresentar à Câmara dos Deputados uma proposta que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais.
O texto ainda não foi protocolado na Câmara dos Deputados e tem como objetivo central:
Atualmente, a Constituição estabelece que a jornada de trabalho normal:
✏️não pode ser superior a 8 horas diárias;
✏️não pode superar 44 horas semanais; e
✏️poderá ser estendida por até 2 horas.
Incentivo ao debate
A proposta da reduzir a escala recebeu o apoio do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, que é deputado federal licenciado. Pimenta afirmou que a posição é uma posição pessoal.
"A proposta de alterar escala 6x1 tem meu apoio. Toda iniciativa que tem por objetivo melhorar as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora terá sempre nosso apoio. Se eu estivesse na Câmara já teria assinado a PEC. Temos uma luta histórica em defesa da redução da jornada de trabalho", publicou em uma rede social.
Em nota, o Ministério do Trabalho afirmou que tem "acompanhado de perto o debate" e que a redução da jornada é "plenamente possível e saudável", mas a questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados.
A proposta também foi comentada pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato a presidente da Câmara. O parlamentar disse não ser "a favor ou contra" e defendeu um debate plural.
"É um tema que nós temos e vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Temos que ouvir também quem emprega, temos que ouvir os dois lados. Para que, a partir daí, nós não venhamos a ter o avanço de uma pauta que possa amanhã ser danosa ao país", afirmou.
"Não estou dizendo que sou a favor ou contra. Estou aqui dizendo que o Parlamento tem que, na sua maturidade, discutir esses temas. E discutir respeitando quem pensa contrário", acrescentou.
g1
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux afirmou, nesta terça-feira (12), que o mercado de apostas online (bets) no Brasil não pode ficar sem regulação.
Fux encerrou na manhã de hoje a audiência pública convocada por ele para ouvir os argumentos de especialistas sobre os efeitos da proliferação das apostas na economia e na saúde mental dos apostadores.
No entendimento do ministro, a conclusão da audiência é que o mercado não pode funcionar sem regulação. "Essa questão da regulação ficou muita clara. Sem regulação, não se pode permanecer nessa atividade. Isso é o que eu vou avaliar", declarou.
Ontem (11), no primeiro dia da discussão, Fux não descartou a concessão de uma liminar (decisão provisória) sobre a questão. O ministro afirmou que avalia a urgência do caso.
O processo que motiva o debate foi protocolado na Corte pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Fux é o relator do processo.
A entidade questiona a Lei 14.790/2023, norma que regulamentou as apostas online de quota fixa. Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI), a CNC diz que a legislação, ao promover a prática de jogos de azar, causa impactos negativos nas classes sociais menos favorecidas. Além disso, a entidade cita que o crescimento do endividamento das famílias.
De acordo com levantamento divulgado em agosto deste ano pelo Banco Central, os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets.
Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (12) com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e com os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM), que defendem a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas.
A possibilidade de exploração do recurso natural na Margem Equatorial pela Petrobras é alvo de críticas de ambientalistas e um pedido da estatal sobre o tema foi rejeitado, no mês passado, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Na ocasião, o órgão solicitou mais informações à companhia sobre os planos para o local.
O encontro entre Lula e os políticos do Amazonas ocorre em meio à participação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29), em Baku, no Azerbaijão. O petista não foi ao evento e está sendo representado por Geraldo Alckmin.
Após o encontro com o presidente da República, Omar Aziz afirmou que Lula teria dito que pretende explorar petróleo na Margem Equatorial.
"O presidente disse que vai também realizar essa obra importante. Nós estamos perdendo muito petróleo para a Guiana francesa, que está absorvendo esse petróleo. Isso é um campo só", declarou Aziz.
De acordo com Eduardo Braga, o presidente teria dito que o licenciamento para a Petrobras realizar prospecções na região deve sair.
"Ele apenas disse que os estudos estão acontecendo e de que o governo deverá licenciar a área para poder fazer as prospecções de exploração e de pesquisa na região da faixa equatorial", disse Braga.
Procurada, a assessoria do presidente Lula informou que não comentará o assunto.
Petista já defendeu a exploração
Lula já defendeu os planos da Petrobras na margem equatorial. Em maio, o presidente declarou que, se houver "problemas para a Amazônia", não haverá exploração do petróleo. Ele, contudo, disse achar "difícil" que haja impactos negativos.
"Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]", declarou na ocasião.
Em junho, Lula admitiu que a decisão de explorar as reservas na região é uma contradição em relação ao discurso ambiental do seu governo.
"É contraditório? É, porque nós estamos apostando muito na transição energética. Ora, enquanto a transição energética não resolve o nosso problema, o Brasil tem que ganhar dinheiro com esse petróleo", disse.
Um dos principais projetos da Petrobras
A exploração de petróleo ao norte, na costa brasileira, figura entre os principais planos da Petrobras.
No planejamento estratégico, a companhia prevê investimento de US$ 3,1 bilhões para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial – área que se estende pela costa do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte - no período de 2024 a 2028.
Um dos focos é na região da Foz do Amazonas, onde a estatal possui projeto para perfuração de poço a cerca de 170 km da costa do Amapá e a 2.880 metros de profundidade.
Ambientalistas são contrários à exploração de petróleo na região, alegando que pode trazer prejuízos à fauna e à flora locais, além de gerar riscos à população.
Para ser executado, o projeto da Petrobras precisa da concessão de uma licença para Avaliação Pré-Operacional (APO), que ainda está em análise pelo Ibama, considerando os indicadores de biodiversidade, magnitude dos impactos, persistência dos impactos e comprometimento da área prioritária.
O pedido de licenciamento avaliado pelo Ibama é referente aa bloco FZA-M-59. O projeto para perfuração de poço está a cerca de 500 Km da foz do Rio Amazonas, a 175 km da costa do Amapá e a 2.880 metros de profundidade.
g1
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