O dólar opera em alta nesta segunda-feira (13), chegando a bater R$ 4 diante da aversão ao risco no exterior, com uma escalada das tensões entre China e Estados Unidos após o governo do país asiático anunciar plano de retaliar o aumento tarifário norte-americano.
Às 15h42, a moeda norte-americana subia 0,81%, vendida a R$ 3,9772. Na máxima do dia, o dólar bateu R$ 4,0047.
A guerra comercial também afetava a Bolsa de São Paulo - a queda chegou a passar de 2%.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,17%, vendida a R$ 3,9452. Na semana passada, no entanto, o dólar teve leve avanço de 0,16%. No ano, acumula alta de 1,83%.
Guerra comercial
A China anunciou na manhã desta segunda que planeja elevar de 5% a 25% as tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos importados dos EUA, com a taxa entrando em vigor em 1º de junho.
A medida anunciada pelos chineses aumenta as dúvidas em relação a um possível acordo comercial com os Estados Unidos, já que nenhum dos países parece disposto a ceder.
Além da elevação das tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o representante de comércio do país, Robert Lighthizer, comece a estabelecer tarifas sobre as demais importações chinesas, o que inclui cerca de outros US$ 300 bilhões em produtos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês havia afirmando mais cedo que a o país nunca vai se render à pressão externa.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo também influenciou os mercados na sexta-feira, quando os Estados Unidos elevaram as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses depois que Trump disse que o governo da China "quebrou o acordo" ao voltar atrás em compromissos anteriores feitos durante meses de negociações.
Cenário local
O mercado segue monitorando avanços na tramitação da Previdência, que atualmente se encontra na comissão especial da Câmara dos Deputados, e o noticiário político em geral.
No domingo, o presidente Jair Bolsonaro prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda pela inflação neste ano, um dia depois de dizer que é preciso aprovar a reforma da Previdência "sem tantas modificações para que o mercado ganhe a confiança no Brasil". Mas, segundo o Blog do Camarotti, a equipe econômica não vê espaço fiscal para correção, e indica impacto nas contas públicas de R$ 50 bilhões no próximo ano com essa medida.
O Banco Central vendeu nesta segunda-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em oito operações, o BC já rolou US$ 2,020 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
G1
Portal Santo André em Foco
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