O Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou nesta quarta-feira (8) a decisão do tribunal de reduzir a pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex em Guarujá (SP).
Na prática, a publicação abre prazo de dois dias para a defesa do ex-presidente apresentar os chamados "embargos de declaração". Por meio deste recurso, os advogados podem esclarecer pontos da decisão, pedir nova redução da pena e até absolvição.
Passada esta etapa, o caso de Lula deve ser encerrado no STJ e seguir para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula está preso desde abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal. Condenado em um processo da Lava Jato, o ex-presidente afirma que não cometeu crimes, e a defesa dele diz que não há provas.
Redução da pena
No mês passado, por unanimidade, os ministros do STJ reduziram de 12 anos e 1 mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias a pena de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Também reduziram as penas de multa: de R$ 1,2 milhão para R$ 181 mil e de R$ 29 milhões para R$ 2,4 milhões (valor do apartamento).
No entendimento da Justiça até agora, Lula recebeu um apartamento da OAS em retribuição a contratos da empresa com a Petrobras. A defesa do ex-presidente nega.
Progressão de regime
De acordo com a legislação penal, um preso tem direito a reivindicar progressão para o regime semiaberto depois de cumprir um sexto da pena. A pena imposta a Lula pelo TRF-4, portanto, exigiria pelo menos dois anos de prisão em regime fechado.
Com a decisão da Quinta Turma do STJ, Lula terá que cumprir 17 meses para reivindicar a transferência para o semiaberto. Com a redução, Lula teria direito a pedir progressão em setembro, mas alguns juristas defendem que isso pode ser antecipado.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.