Setembro 30, 2024

Prisão em 2ª instância: Alcolumbre diz que busca acordo com Câmara sobre propostas

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quinta-feira (21), em nota divulgada pela assessoria, que busca um acordo com a Câmara dos Deputados sobre as propostas que permitem a prisão após condenação em segunda instância.

Enquanto a Comissão de Constituição e Justiça do Senado analisa um projeto de lei sobre o tema, a CCJ da Câmara aprovou nesta semana a tramitação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a prisão. O texto será analisado, agora, por uma comissão especial.

"Trabalhamos pela construção e aperfeiçoamento de uma proposta comum entre as duas Casas", afirmou Alcolumbre na nota.

No último dia 7, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância.

Com isso, o Congresso Nacional passou a discutir propostas que permitam esse tipo de prisão.

Impasse
O avanço do tema na Câmara gerou impasse no Senado e foi assunto de reuniões entre líderes partidários nesta quinta-feira.

Ao todo, sete propostas sobre segunda instância tramitam no Senado. Uma delas – que altera o Código de Processo Penal – está pronta para ser votada na CCJ da Casa já na próxima quarta-feira (27). Na próxima terça-feira (26), está marcada uma audiência pública para a discussão do projeto.

Em uma das reuniões desta quinta, foi levantada a hipótese de o Senado suspender os debates sobre o assunto e aguardar o envio da proposta da Câmara para análise dos senadores, o que só deve acontecer no próximo ano.

A possibilidade é alvo de críticas entre os defensores da retomada da prisão após a segunda instância. Um parlamentar dessa ala disse ao G1 que o avanço na Câmara está sendo usado como “pretexto” por senadores contrários à mudança para travar o assunto no Senado.

Julgamento no STF
No último dia 7, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 6 votos a 5 derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento adotado desde 2016.

A maioria dos ministros entendeu que a prisão de uma pessoa condenada só pode ser decretada após o trânsito em julgado, isto é, quando se esgotarem as possibilidades de recurso a todas as instâncias da Justiça.

Um dia após a decisão do STF, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a sala em que estava preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

G1
Portal Santo André em Foco

Rate this item
(0 votes)
Last modified on Quinta, 21 Novembro 2019 17:34

Leave a comment

Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.

© 2019 Portal Santo André em Foco - Todos os Direitos Reservados.

Please publish modules in offcanvas position.