O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desconversou nesta terça-feira (3) sobre a possibilidade de o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) assumir o lugar de Márcio Macedo na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ele foi questionado sobre a reforma ministerial, mas respondeu a jornalistas que não iria responder à pergunta.
"Primeiro, não é correto o presidente numa entrevista dizer se vai trocar alguém ou não. Segundo, dizer quem é que vai ser candidato, se vai ser ou não. Vai ter um momento em que a gente vai parar para discutir política. Por enquanto eu estou naquela fase de anunciar mais três programas sociais neste país", afirmou.
"Vou fazer uma reunião ministerial, vou discutir com os outros partidos, inclusive com todos os partidos de oposição que tem ministro dentro do governo para que a gente possa fazer uma decisão política nesse país. A questão da troca de ministro tem uma coisa pessoal minha. Eu tiro quando for necessário tirar e ponho quando for necessário pôr. Então, quando eu fizer isso, você vai ficar sabendo",prosseguiu Lula.
O presidente ainda salientou que está satisfeito com a sua equipe.
"Eu estou satisfeito com o trabalho de todo mundo. Todo mundo que está aqui foi escolhido por mim. Então eu estou satisfeito. Na hora que eu não estiver satisfeito, eu troco", concluiu.
Boulos é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente ocupada por Márcio Macedo. A mudança sinaliza mais um passo da reforma ministerial do governo Lula (leia mais abaixo).
A Presidência da República convocou nesta terça uma coletiva de imprensa onde o presidente falou de diversos assuntos e respondeu as perguntas de jornalistas
A convocação foi atípica e tem relação com a nova estratégia de comunicação na gestão do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira.
Dança das cadeiras
Com Boulos na Secretaria-Geral, Macedo poderá ser realocado para a presidência do Ibama.
Segundo o blog da Andréia Sadi apurou, interlocutores avaliam que, com as eleições do próximo ano no horizonte, Boulos pode contribuir significativamente, especialmente se a atuação da pasta for direcionada à organização dos movimentos sociais.
Embora conte com o apoio da primeira-dama Janja, Macedo tem sido avaliado como de desempenho pífio por setores expressivos do PT e do próprio governo.
Boulos também tem boa articulação nas redes sociais — campo em que o governo Lula patina.
Caso vá para o governo, Boulos pode ter de abrir mão de disputar vaga na Câmara na próxima eleição.
g1
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