Cotado para assumir o ministério da articulação política do Palácio do Planalto e, depois, para presidir o PT, o deputado José Guimarães (PT-CE) elogiou as escolhas dos próximos ocupantes dos cargos – respectivamente, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o senador Humberto Costa (PT-PE).
"O PT acerta na escolha do senador Humberto Costa para presidência interina do partido, e o presidente Lula na escolha da deputada Gleisi para o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais. São dois companheiros preparados para o exercício das funções", publicou Guimarães nesta sexta-feira (7) em uma rede social.
Na postagem, Guimarães informou que seguirá na liderança do governo na Câmara. A publicação foi feita um dia após Guimarães ter recebido uma sinalização positiva da futura ministra responsável articulação política, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e no mesmo dia da escolha do novo presidente interino do PT.
Cotado para ambos os cargos
Atual vice-presidente do PT, Guimarães foi apontado ao longo das últimas semanas no Congresso Nacional como um dos cotados para assumir a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha. A expectativa não se confirmou, e a pasta passará a ser comandada por Gleisi.
Após o anúncio do presidente Lula, Guimarães, então, passou a ter o nome cotado para a presidência interina do PT, sucedendo Gleisi na função, o que também não se concretizou – o partido decidiu deixar na função o senador Humberto Costa (PT-PE), também um dos vice-presidentes da legenda e que já atuou como líder do PT no Senado e ministro da Saúde.
"Como vice-presidente do partido e líder do governo na Câmara dos Deputados, juntamente com o companheiro Humberto e com a companheira Gleisi trabalharemos para realização de um governo de grandes transformações, capaz de construir um futuro próspero e democrático para todas as brasileiros e brasileiros", acrescentou o líder.
'Fritura'
No Congresso Nacional, Guimarães é visto como uma espécie de "ponte" entre o governo do presidente Lula e deputados de partidos que integram o Centrão. Parlamentares ressaltam, por exemplo, a relação próxima que Guimarães tinha com o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Aliados de Guimarães atribuem, de forma reservada, o fato de o deputado não ter assumido a Secretaria de Relações Institucionais a um processo de "fritura" por parte de integrantes do Palácio do Planalto, isto é, dizem avaliar que ele não passou a comandar o ministério porque houve uma articulação com esse objetivo.
Esses mesmos aliados relatam que, quando o nome de Guimarães passou a ser cotado para a presidência interina do PT, foi colocada a condição de que ele não se candidatasse em julho, quando o partido elegerá o presidente definitivo para os próximos quatro anos.
Ainda segundo esses relatos, Guimarães não aceitou, pois tinha o objetivo de comandar a legenda definitivamente, não somente com "mandato-tampão".
Um integrante da Comissão Executiva Nacional do PT disse reservadamente que, para ser indicado pela corrente Construindo um Novo Brasil, ala majoritária do partido, Humberto Costa teve de aceitar a interinidade.
Questionado sobre isso, o novo presidente em exercício do PT disse ter o "compromisso" de conduzir o partido até o Processo de Eleição Direta (PED), em julho – quando o partido elegerá o novo presidente em definitivo.
Continuidade é 'boa'
Em sua primeira entrevista coletiva após ter sido anunciado presidente em exercício do PT, Humberto Costa foi questionado sobre José Guimarães e respondeu:
"É uma atribuição do presidente da República, escolher os seus líderes nas duas Casas. Mas o sentimento de todo mundo é de que essa continuidade é boa para o PT, é boa para o Brasil e é boa para o governo."
g1
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