O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta sexta-feira (20) com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a crise no Oriente Médio e a situação de civis mantidos como reféns pelo grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Segundo o governo brasileiro, na ligação, Lula agradeceu o apoio francês à proposta de resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no início da semana.
Presidido pelo Brasil neste mês, o conselho teve 12 dos 15 votos favoráveis à resolução, incluindo o da França – mas o texto foi vetado pelos Estados Unidos.
"Ambos [Lula e Macron] trataram da importância de se estabelecer corredor humanitário para a saída de estrangeiros e entrada de água potável, alimentos e remédios na Faixa de Gaza", diz material divulgado pelo Palácio do Planalto.
"Os dois presidentes concordaram sobre a necessidade de libertação imediata dos reféns pelo Hamas e sobre o terrível impacto do conflito nas crianças palestinas e israelenses. Manifestaram preocupação com os riscos de escalada do conflito", prossegue.
O telefonema, ainda segundo o governo brasileiro, tratou também dos avanços nas negociações para a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela, e de negociações ligadas ao tratado de cooperação na Amazônia.
Lula também convidou Macron a visitar o Brasil – e, segundo o Planalto, o presidente francês confirmou sua primeira visita oficial no primeiro semestre de 2024.
Telefonemas de auxiliares de Lula
Nesta quinta-feira (19), o assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, conversou por telefone com Emmanuel Bonne, assessor de Macron.
A GloboNews apurou que, na conversa, Bonne transmitiu a Amorim o recado do presidente francês de agradecimento à tentativa brasileira de aprovar no Conselho de Segurança da ONU a resolução sobre o conflito em Israel.
Além disso, manifestou o entendimento de Macron de que Brasil e França deveriam seguir trabalhando juntos na busca de uma solução.
A França, diferentemente do Brasil, tem direito ao chamado assento permanente no Conselho de Segurança e, com isso, tem poder de veto no conselho durante votação de resoluções.
Além da conversa de Amorim com Bonne, o chanceler Mauro Vieira também tem conversado com representantes de outros governos, entre os quais a própria França, mas também Egito, Reino Unido e Rússia.
Em todos os casos, a discussão sobre a busca por uma solução para o Oriente Médio.
g1
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