O governo da Venezuela e a oposição devem anunciar na tarde de hoje um acordo sobre as eleições no país no ano que vem. O encontro entre representantes do governo Maduro e da oposição na Venezuela será às 15h, em Barbados, e mediado pela Noruega.
Segundo auxiliares do Planalto, governo e oposição venezuelanas vão anunciar que as eleições do ano que vem terão observadores internacionais (incluindo União Europeia), imprensa livre e liberdade total, nenhum candidato será impedido de concorrer. Em retribuição, os americanos levantarão as últimas sanções que restam, especialmente às do petróleo venezuelano.
O Brasil, por meio do ex-ministro Celso Amorim, teve papel central na negociação. Amorim está em Barbados para acompanhar o anúncio.
“Vemos como um passo muito importante o estabelecimento de um roteiro daqui até as eleições. Isso deve implicar em garantir observadores internacionais durante o processo eleitoral, liberdade de imprensa, entre outras medidas”, disse Amorim ao blog.
O assessor para assuntos internacionais de Lula destacou a questão das sanções. “E, por outro lado — isso não deve estar no acordo de hoje, mas tem sido tratado pelos Estados Unidos — o levantamento de sanções também é fundamental para a paz social na Venezuela e para toda a região. Vemos, portanto, todo esse processo, que acompanhamos - e para o qual as atitudes do Presidente Lula certamente contribuíram de forma muito positiva"
O anúncio foi o tema da conversa de ontem entre Lula e Maduro. Segundo fontes do Planalto, tanto Maduro quanto a oposição estão “auspiciosos” com o processo. Amorim esteve em Caracas no início do ano, também tratou disso em encontros em Bogotá e em bilaterais com americanos e noruegueses.
g1
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