A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (12) que o setor de serviços ainda é uma preocupação para a análise da reforma tributária no Congresso Nacional. De acordo com ela, o setor é um “pedregulho” nas discussões sobre o texto, e é preciso manter o diálogo com a classe para superar os pontos de conflito.
Segundo Tebet, o Congresso conseguiu encaminhar a resolução do impasse envolvendo a arrecadação de estados, mas será necessário negociar a situação do setor de serviços.
“Nós tínhamos dois problemas [nos debates no Senado]. Por ser a Casa da Federação, um problema era com os governadores: estados que produzem versus estados que consomem. Isso, pela transição longa e gradual [da reforma], resolve praticamente 80% dos conflitos. Ficam alguns pontos menores. O segundo ponto conflituoso que, este sim, vai requerer muito diálogo é com o setor de serviços”, disse ela em entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada.
“Essas foram sempre as duas grandes pedras no caminho da reforma tributária no Senado. Uma virou um pedregulho [setor de serviços] e a outra é uma pedra de menor tamanho [arrecadação de estados]. Então, é diálogo, é debate, é verificar o que pode ser melhorado, aperfeiçoado na reforma”, acrescentou a ministra.
O setor de serviços teme o aumento da carga tributária e a perda de postos de trabalho. No fim de junho, antes de a reforma ser aprovada na Câmara dos Deputados, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou um levantamento mostrando que 3,8 milhões de empregos estariam ameaçados, e que a carga tributária dos serviços poderia subir 73%.
R7
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