Novembro 27, 2024

‘Não interessa a ninguém uma Rússia debilitada e enfraquecida’, diz Amorim

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26) que “não interessa a ninguém uma Rússia debilitada e enfraquecida”. A declaração ocorre após combatentes mercenários russos avançarem em direção a Moscou no último final de semana depois de tomarem uma cidade do sul do país de Vladimir Putin.

“Evidentemente nós temos todo interesse na volta da normalidade. Não interessa a ninguém uma Rússia debilitada e enfraquecida. E eu acredito que vai voltar à normalidade”, disse Amorim no Palácio do Itamaraty, em Brasília, antes de uma agenda com o presidente argentino Alberto Fernández.

Combatentes mercenários russos amotinados avançavam em direção a Moscou neste sábado (24), depois de tomar uma cidade do sul durante a noite, com os militares da Rússia disparando contra eles do ar, mas aparentemente incapazes de retardar seu avanço-relâmpago.

Enfrentando o primeiro desafio sério ao seu controle do poder em seu governo de 23 anos, o presidente Vladimir Putin prometeu esmagar um motim armado que ele comparou à Guerra Civil da Rússia de um século atrás. Os combatentes do exército privado Wagner, comandado pelo ex-aliado de Putin Yevgeny Prigozhin, já estavam a caminho da capital, tendo capturado a cidade de Rostov e iniciado uma corrida de 1.100 km até Moscou.

Um helicóptero disparou contra transportes de tropas e um caminhão-plataforma que carregava um tanque na cidade de Voronezh, a mais da metade do caminho para Moscou, mas não houve relato de os rebeldes terem encontrado resistência substancial na rodovia.

A segurança foi reforçada no centro de Moscou neste sábado (24). As medidas de proteção foram intensificadas em prédios do governo, instalações de transporte e outros locais importantes da capital russa, o que ocasionou a interdição da praça Vermelha.

Com a ofensiva, as pessoas que circulam pela capital russa observam o Kremlin cercado por veículos militares e tapumes de proteção, com diversos agentes policiais ao redor dos prédios da administração presidencial. Horas antes, as autoridades russas haviam acusado o chefe da milícia privada Wagner de organizar um motim armado, depois que ele prometeu vingar o que alegou ter sido a morte de 2.000 de seus combatentes pelo Exército russo.

R7
Portal Santo André em Foco

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