O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta quinta-feira (22), em Paris, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Lula chegou à capital francesa mais cedo, após passagem por Roma, na Itália. Paris é sede, nestes próximos dias, da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que reúne chefes de Estado de todo o mundo.

De acordo com o governo brasileiro, o encontro com Ramaphosa discutiu os Brics (grupo de países que, além de Brasil e África do Sul, tem China, Índia e Rússia). Eles convrsaram também sobre a viagem de Ramaphosa para Kiev e São Petersburgo e suas reuniões com os presidentes Vladimir Putin e Volodymir Zelensky.

Ainda nesta quinta, Lula vai jantar com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Além disso, convite do vocalista da banda Coldplay, Chris Martin, Lula vai fazer um discurso em um festival de música.

Segundo o Palácio do Planalto, a viagem de Lula encerra um período de sete anos sem visitas oficiais de um presidente brasileiro à França.

Depois de se encontrar com Ramaphosa, Lula conversou com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e com Ariel Henry, primeiro- ministro do Haiti.

Cúpula
Idealizada por Macron, a "Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global" tem o objetivo de discutir o sistema financeiro internacional e a redução de desigualdades. Também devem ser abordados o combate às mudanças climáticas e a preservação do meio ambiente.

Além de Lula e do líder francês, devem participar do evento:

• o chanceler alemão, Olaf Scholz;
• presidente do Senegal, Macky Sall;
• secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres;
• presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen;
• e representantes do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI)

Reunião com Macron
Na sexta-feira (23), Lula terá uma reunião bilateral com Emmanuel Macron.

O presidente francês mantém boa relação com o líder brasileiro — diferente do que ocorreu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No governo passado, a relação entre Brasil e França foi marcada por trocas de críticas a respeito da preservação da Amazônia. Em um episódio, Bolsonaro ofendeu a primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

Com a vitória de Lula nas eleições, o governo francês se reaproximou do Brasil. Lula e Macron conversaram por telefone em janeiro e se reuniram em maio, no Japão, durante reunião do G7.

Lula pretende tratar com Macron de temas como o combate ao desmatamento, a guerra entre Ucrânia e Rússia e divergências que impedem a entrada em vigor do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

De acordo com o Planalto, o Brasil é o principal parceiro comercial da França na América Latina. No ano passado, o fluxo comercial entre os países atingiu US$ 8,4 bilhões.

Na relação entre os países, o Brasil importa produtos manufaturados, como motores e máquinas. Do outro lado, o país vende aos franceses farelo de soja, petróleo bruto, minério de ferro e celulose.

g1
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